Wilma Rejane
“Vós pois, todos os homens de
guerra, rodeareis a cidade, cercando a cidade uma vez; assim fareis por
seis dias….Porém, ao povo Josué tinha dado ordem, dizendo: Não
gritareis, nem fareis ouvir a vossa voz, nem sairá palavra alguma da
vossa boca, até ao dia em que eu vos diga: gritai! Então gritareis”. Josué 6: 3-10.
O livro de Josué tem sido a minha leitura, por dias e dias. As palavras
ali escritas têm me fortalecido de um modo que somente Deus poderia
fazer. Glória ao Senhor! E foi exatamente o versículo chave com o qual
iniciei o artigo que me fez mudar de atitude em relação ao modo de me
comunicar com Deus. Depois de ler sobre o silêncio do povo rodeando a
cidade, fiquei a pensar no sentido e significado da ordem de Josué.
Ora, Josué estivera com Moisés e o povo no deserto, era conhecedor das
consequências advindas dos murmúrios e lamentações, atitudes que
desagradara profundamente a Deus. O tempo no deserto fora aumentado, não
se sabe o plano inicial de Deus em relação ao período de caminhada, o
certo é que aquele povo ficou 40 anos dando voltas e mais voltas. Tantos
sinais e maravilhas realizados por Deus, como prova de amor e cuidado e
parecia ser insuficiente.
Podemos considerar absurda a condição de israel no deserto, mas se
olharmos para nós, nos dias de hoje, encontraremos semelhanças. Nossas
orações, na maioria das vezes, são lamentos e petições. No cotidiano,
vivemos como se Deus estivesse distante, alheio a nós. Não é de se
estranhar que a fadiga mental e o desânimo espiritual nos assaltem.
Coisas de humanos. Diga-se: de humanos perdidos em suas convicções sobre
o Deus da graça e providência.
A ordem de Josué ao povo continha a essência da adoração. “Não murmurem,
não lamentem, não deem gritos antecipados de vitória, não fustiguem os
inimigos com palavras vãs, apenas confiem em Deus, pois no tempo certo a
vitória virá. E o tempo de gritar chegará!”. Há muros intransponíveis à
nossa frente? Desejaríamos conquistar territórios de paz, tranquilidade
e prosperidade? E tudo isto parece impossível, uma cidade fechada, de
chaves inacessíveis? Pratiquemos a Palavra dada por Deus a Josué:
prossigamos a vida, com os trabalhos e labutas diárias, sem lamentações.
Quando o murmúrio quiser sair dos nossos lábios, por já ter enchido
nossos corações: sejamos gratos. Elevemos o pensamento a Deus, em
silêncio que seja, no meio do dia, na madrugada, onde for, confessemos: “
oh Deus, Tú És Soberano, bom e poderoso. Confio em Ti. Obrigada por
restaurar meus dias, por cada detalhe da minha vida, que Tú cuidas, se
importas, como ninguém. Vejo muros, não sei o que vem depois deles, mas
sei que podes prepara-me para hoje, e amanhã, e depois. Perto estás,
Jesus é tão real quanto o ar invisível que me é vital. Obrigada,
obrigada, obrigada!”
É incrível o que pode fluir em nosso coração a partir da gratidão.
Salmo 37: 3-5 diz:
“Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente
serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos
do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o
fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como
o meio-dia. Descansa no Senhor, e espera nele; não te indignes por
causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que
executa astutos intentos.” Salmos 37:3-7
Que assim seja, que assim seja.
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Digno é o Cordeiro, com Tabernacle Choir
http://www.atendanarocha.com/2016/05/rodeando-jericos.html
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