A oração do hissopo


Wilma Rejane

Purifica-me com hissopo - Salmo 51:7

Hissopo é uma planta citada na Bíblia em associação a purificação. Sua primeira aparição foi no ritual de Páscoa, os israelitas deveriam fazer um molho de hissopo, misturar com sangue de cordeiro e passar nas ombreiras das portas: "E o Senhor passará por aquela porta e não deixará o destruidor entrar em vossas casas" (Êxodo 12:21,13).

Por instrução Divina, o hissopo era usado na limpeza dos locais onde se realizavam os cultos de sacrifícios em prol do perdão de pecados e gratidão a Deus.

E um homem limpo tomará hissopo, e o molhará na água, e a espargirá sobre a tenda, e sobre todos os objetos e sobre as pessoas que ali estiverem, como também sobre aquele que tiver tocado o osso, ou um morto, ou um morto, ou uma sepultura: E o homem limpo aspergirá sobre o imundo ao terceiro dia, e no sétimo dia, e no sétimo dia ele se purificar, e lavará as suas vestes, e se banhará em água, e serão será limpo ". (Números 19:18-19) Também Levítico 14:4-4 e 49 -53)

Poderíamos argumentar que essa planta era usada em todos esses rituais, porque não havia equivalentes industrializados na época: detergentes, desinfetantes e etc. Mas Deus escolheu justo uma planta purificadora não apenas com substâncias eficazes na limpeza de pisos e paredes, mas nos rituais onde o sangue do Cordeiro estava presente. Um detalhe que não deve passar desapercebido, especialmente porque no sacrifico expiatório de Jesus, lá estava o hissopo!

No passo do boi


João Cruzué

No passo do boi. Ouvi esta frase, muitas vezes, da boca de um pastor nosso que já está com o Senhor, desde 2001. Ele era da geração dos antigos pastores que se gastavam em oração pelas madrugadas orando por "A" ou por "B", de acordo com a voz do Espírito.

Pr. Luiz Vicente, mas conhecido por Luiz Branco, era filho de portugueses. Portugueses evangélicos, coisa rara de se ver. Nas reuniões de obreiros, do Setor Seis, uma vez por mês , domingo pela manhã, foram uma das melhores oportunidades que tivemos para estar ouvindo aquele homem de Deus. Ele costumava dizer que "nem sempre tinha pão no balcão da padaria" ao referir-se à falta de mensagem que poderia acontecer na rotina de um pastor em suas lides.

Mas não me lembro de ter faltado "pão" nos ensinos do Pr. Luiz.

Antes de ir ao assunto do "passo do boi" seria muito razoável que registrasse um testemunho que ele contava sobre uma experiência de oração do seu pai, crente português. Contava o Pr. Luiz que sua mãe estava morrendo de câncer no intestino. E que o pai ao ver o médico pressionando o ventre da esposa para eliminar muito pus, se indignou e tomou uma firme atitude .

O velho português desceu ao porão de sua casa e passou a manhã inteira orando. Quando acabou-lhe a voz, atravessou a tarde gemendo. A esposa não morreu. Só tempos bem mais tarde, porque do câncer ela foi curada na força de uma atitude de oração.

Os que bebem como cães do exército de Gideão


Israel Biblical Studies
Parceiro do Tenda na Rocha

No post de hoje, vamos dar uma olhada mais de perto na famosa história de Gideão e os 300 valentes. Este certamente é um dos episódios mais curiosos e incompreendidos da Bíblia Hebraica. No capítulo 7 do Livro dos Juízes, o Senhor instrui Gideão a reduzir seu enorme exército a um grupo de elite de apenas 300 soldados por meio de um estranho teste de beber água. Por que Gideão precisa se livrar de tantos soldados? Que possível conexão poderia haver entre o modo como um soldado bebe e suas habilidades de combate?

Primeiro, alguns antecedentes ... O que exatamente a palavra juiz se refere? No Livro dos Juízes, a palavra “juiz” ( shofet ?) não é um magistrado ou um oficial judicial que se senta em um tribunal de justiça. Pelo contrário, se refere a um guerreiro cujas vitórias sobre os inimigos de Israel são consideradas "justiça" divinamente ordenada.

O Período dos Juízes foi um interlúdio de aproximadamente dois séculos começando com a conquista da Terra por Josué (1200 aC) e terminando com a entronização do primeiro rei de Israel, Saul (1050 aC). Esta foi uma época marcada por anarquia e desunião, já que os israelitas ainda não haviam dominado todas as tribos cananéias nativas e a autoridade não era centralizada. A Bíblia expressa claramente uma avaliação negativa desse período: “Naqueles dias não havia rei em Israel; todo o povo fez o que era certo aos seus próprios olhos. ”(Juízes 17: 6) Como não havia autoridade central, a liderança surgiu episodicamente na forma de chefes locais conhecidos como juízes, incluindo: Othiel, Eúde, Débora, Baraque, Gideão Abimeleque, Jefté e Sansão.

O cronograma de Deus nas setenta semanas de Daniel


Mark Hitchcock


Daniel 9.24-27 é uma das passagens proféticas mais importantes da Bíblia. Ela é a chave indispensável para toda a profecia. Muitas vezes ela foi denominada “a espinha dorsal da profecia bíblica” ou o “relógio de ponto de Deus”. Essa profecia nos comunica que Deus determinou exatamente o cronograma para o futuro de Israel.

A moldura para essa profecia é encontrada em Daniel 9.1-23. O profeta vivia na Babilônia, onde o povo judeu se encontrava exilado por quase 70 anos. Daniel descobriu, através das profecias de Jeremias, que o cativeiro do povo duraria 70 anos. Por isso, nessa passagem, ele confessou os pecados do povo judeu e orou pedindo pela sua restauração. Ele sabia que o tempo de cativeiro estava quase no fim (9.1-2) e, assim, intercedeu pelo povo. Enquanto ele ainda orava, Deus reagiu à sua oração, através do anjo Gabriel (9.21). Daniel 9.24-27 mostra a maneira como Deus atendeu à oração de Daniel. Ao responder a essa oração, Deus foi muito além da retirada do povo da Babilônia. Ele vislumbrou o futuro até à sua restauração definitiva sob o reinado do Messias:

“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos. 25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. 26Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. 27 Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele” (Dn 9.24-27).

Meditando sobre Laodiceia


Wilma Rejane

" Conheço as tuas obras, que nem és frio, nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!”Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vou vomitar-te da minha boca” (Ap 3:15-16)

Estudando sobre as cartas destinadas as sete igrejas do Apocalipse, parei de forma mais demorada na sétima carta; "aos de Laodiceia". E aqui não se pretende esmiuçar cada linha da mensagem de Jesus àquela igreja, mas de modo especifico destacar a mornidão espiritual que reinava naquela comunidade. Não é surreal saber que Jesus estava do lado de fora, batendo à porta da igreja em Laodiceia? (Apocalipse 3:20) Assim sendo, os crentes por lá estavam vivendo um tremendo engano em nome da tolerância, palavra tão usada também em nossos dias para invocar "aceitação as diferenças, respeito à conduta dos outros. 

Tolerar = “tolerare” = "suportar, aceitar".

Laodiceia era uma igreja rica, situada em uma região próspera, bancária, de produção de lã negra e de um famoso remédio para os olhos. As pessoas se vestiam bem, comiam regaladamente, nada lhes faltava. Porém, Laodiceia tinha seus contrastes e um deles era o de apesar de ser grande centro comercial, dependia de abastecimento externo de água. A cidade era abastecida com fontes quentes e termais de Hierápolis e as águas frias de Colossos que se misturavam em canais e desembocavam mornas na cidade, causando náusea em quem provasse de imediato. E Jesus ao falar da mornidão literal em Laodiceia, faz uso da simbologia das águas que correm pela cidade.As águas mornas eram impróprias para o consumo, nauseantes. 

A igreja de Laodiceia não servia aos sedentos, não pagava o preço da santidade. Auto-suficiente em bens de consumo e insuficientes no servir a Cristo e aos irmãos. Jesus estava se oferecendo como o remédio capaz de curar aquela mornidão.

"Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas." Apocalipse 3: 17-18.

O poder restaurador do perdão


Wilma Rejane


Deus incluiu o perdão no plano de salvação, ele está no centro da vida cristã e homem algum poderia desfrutar da vida eterna, de uma esperança renovada, sem o perdão. Salach, é a palavra hebraica mais comumente usada para definir o perdão na Bíblia ( Strong 05545) a tradução significa: " aliviar alguém de uma carga". Salach sempre se refere ao perdão de Deus para com os homens: "É Ele quem perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as suas enfermidades" Sl 103:2. Jesus também usou Salach para dizer ao paralítico: "Homem, os teus pecados estão perdoados!" Lc 5:20.

Perdoar, portanto, é remover uma carga. Nenhum de nós gostaria de caminhar com uma pesada carga sobre os ombros, não fomos feitos para tal negócio e Jesus vem e faz uma proposta para que lancemos sobre Ele as cargas que nos impedem de caminhar. Contudo, para não ficarmos vazios, correndo riscos de acumular outras cargas, Ele sugere que usemos o Seu jugo:"Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu fardo é leve.” Mateus 11:28-29.

No tempo de Deus


Os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um homem.
Marcel Proust


Wilma Rejane


Falar sobre o tempo é algo transcendente porque a memória remete a um mundo de coisas procurando selecionar o que realmente importa relembrar. O tempo é, e quando percebemos, já foi! E o que foi no tempo, jamais volta! O tempo é descrito em fases ( e perfeitamente) no livro de Eclesiastes 3:1 “ Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu”. É confortante saber que existe propósito na vida, que nada é vão. Isso também pode ser assustador para alguns que teimam em usar o tempo como uma arma carregada prestes a disparar; são os que vêm o tempo como inimigos e se “escondem” nas veredas de trevas para que suas obras não sejam descobertas -João 3:19.Triste realidade .

Deus nos deu o tempo, esse que se mostra no relógio, em uma dimensão feita especialmente para nós. Tempo para Deus está além de nossa compreensão: "Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia" - 2 Pedro 3:8. No livro de Apocalipse, a nova Jerusalém, morada eterna dos salvos, é descrita como um lugar onde não há noite: “ E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite” Ap 21:25. Portanto, o tempo que vemos e contamos no “tica-tac” dos ponteiros, não corresponde ao tempo de Deus. Tenhamos fé e não percamos a paciência porque Deus tem o controle de absolutamente tudo, sem escapar uma aresta! “Pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança”- Rm 15:4

Os vários significados de tempo

Na Bíblia encontramos o tempo descrito em pelo menos quatro formas:


'et
Chronos
mo'ed
Kairos

'et: “E haverá estabilidade nos Teus tempos ('et), abundância de salvação, sabedoria e ciência; e o tempo do Senhor será o seu tesouro” Is 33:6

Coração enganoso


Enganoso é o coração mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Jr 17:9


Wilma Rejane


Você sabe qual a origem da palavra “engano”? Significa “plane” : peregrinação ( Stong 4106) , é raiz de “planeta”. Eu nunca tinha parado para refletir sobre essa palavrinha de três silabas até ler na epístola de Judas: “Ai deles, porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré” Jd verso 11. Caim agiu enganosamente porque ao invés de cuidar do irmão, o matou. Balaão foi tentado a aceitar dinheiro e recompensas de Balaque para amaldiçoar Israel e Coré foi “engolido” pelo chão, após liderar uma rebelião contra Moisés (Nm 16:1-24). Judas compara a ação dos três aos falsos mestres.

O engano faz com que cometamos coisas terríveis! Engano torna o homem peregrino, andando em círculos, “planeteando”. Andar em círculos não é algo agradável porque faz com que passemos pelos mesmos lugares muitas vezes sem nunca chegar a um destino. Ou melhor: o destino do peregrino é o abismo ( a exemplo de Coré). Por que? De tanto caminhar em círculos acaba por formar uma depressão bem abaixo dos pés vindo a ser “engolidos” por ela. Foi isso que aconteceu com a maioria dos Israelitas quando da caminhada de 40 anos pelo deserto. Uma caravana de 600 mil homens (sem contar mulheres e crianças) saiu do Egito rumo a terra prometida e somente dois conseguiram chegar lá: Josué e Calebe.

Josué e Calebe não se deixaram enganar pelas propostas do mundo nem pelas dúvidas lançadas por Satanás. Os demais murmuravam de tudo e todos: “ ah os alhos do Egito eram tão deliciosos ! A comida de lá era muito melhor que esse maná horrível vindo do céu! Não Moisés, não queremos esse seu Deus que faz mar se abrir e monte fumegar, queremos um bezerrinho de ouro que não fala, nem vê, nem ouve, sabe? É melhor porque ele não nos corrige, para ele tá tudo bem! Oh vida, Deus disse que nossa terra era a melhor de todas, mas só estamos vendo gigantes! Eles vão acabar conosco, afinal somos muito fraquinhos. Não queremos esses cachos de uvas enormes, nem as graúdas azeitonas, queremos alho, alho do Egito, será que nos entende?!"
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