Wilma Rejane
O sacrifício de Isaac é relembrado como um gesto de fé de Abraão que
obedecendo a uma instrução de Deus, viaja cerca de 90 km, por três dias,
de Berseba até o Monte Moriá, para oferecer o filho em holocausto.
Abraão comprovou ter uma fé inabalável porque acreditou que Deus era
poderoso para ressuscitar seu filho, caso viesse a ser sacrificado
(Hebreus 11:18). Ele caminhou por três dias movido pela fé de que Moriá
não seria uma tragédia, mas um meio de contemplar a glória de Deus: o
que de fato aconteceu.
Teve um outro momento na vida de Abraão que não é relembrado com tanto
entusiasmo por comunidades de fé judaica e cristã: a separação entre ele
e Ismael. Imagino quanta dor não deve ter sofrido Abraão por mandar
embora de sua vida - de uma vez por todas - o filho Ismael e sua mãe
Agar. Considero esse também um grande sacrifício! Não o digo em
concordância com a fé muçulmana que acredita ser Ismael o filho do
sacrifico, digo pelo amor que sentia o pai pelo filho.
Meditar sobre essas renúncias de Abraão é motivo de grande aprendizado,
pois há momentos em nossas vidas que somos confrontados a deixar para
trás ou se dirigir ao Moriá entregando coisas que consideramos tão
necessárias para nossa felicidade. Há momentos em que temos que
desapegar para crescermos e contemplarmos a glória de Deus em nossas
vidas . Não sei se você já parou algum dia para pensar no desapego de
Deus ao enviar Seu filho Jesus até a terra, renunciando a glória
celeste para ser humilhado.
Somente quem ama é capaz de sentir a dor de amar e do “desapegar”.
Porque desapegos são esquinas certeiras da vida: e lá se vai alguém,
dobrando a rua sumindo de vista e nossas lágrimas descendo as ladeiras
do rosto, moldura da alma. Viver às vezes dói e esse doer só não destrói
porque olhar para Deus, caminhar com Ele é um Bálsamo curador. Quando
pensamos que as renuncias, desapegos,medos irão nos consumir, Deus vem
dizendo que jamais desapegará de nós. Essa lição Ele ensinou para
Abraão. Ele escreveu em cruz, em sangue, na eternidade do horizonte!
Como o arco-íris mostrado a Noé depois do dilúvio, um desapego da
humanidade corrompida.
Gênesis 9: 13- O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre mim e a terra.
Mais uma vez a glória de Deus é revelada após um desapego. Quantas
coisas não deixaram de existir com o dilúvio? E quantas não passaram a
ter novos significados depois disso? Assim é a nossa vida. Haverá
momentos em que teremos de sacrificar Isaac's, despedir Ismaei's. O que
jamais devemos fazer é desapegar de Deus porque Nele tudo se recompõe,
especialmente a alma.
Escrevo sobre desapego porque tenho sido confrontada com isso nos últimos dias, quem sabe, você também. Escrevo sobre desapegos depois de saber que alguém muito querido está com câncer e vejo essa pessoa tão cheia de vida dizer que a doença exigirá dela desapegos. Escrevo porque meu esposo Franklin tem me falado que preciso desapegar de pessoas que amo demais para que essas pessoas possam aprender a caminhar sozinhas rumo a seus desapegos: Crescendo, mudando, reeditando.
Escrevo sobre desapego porque tenho sido confrontada com isso nos últimos dias, quem sabe, você também. Escrevo sobre desapegos depois de saber que alguém muito querido está com câncer e vejo essa pessoa tão cheia de vida dizer que a doença exigirá dela desapegos. Escrevo porque meu esposo Franklin tem me falado que preciso desapegar de pessoas que amo demais para que essas pessoas possam aprender a caminhar sozinhas rumo a seus desapegos: Crescendo, mudando, reeditando.
E que não sejam nossos desapegos tristezas, mas a razão de contemplarmos a glória Divina nos conduzindo nos Moriás da vida.
Deus o abençoe,amado leitor.
fonte:http://www.atendanarocha.com/2015/09/os-desapegos-da-vida.html#more
Nenhum comentário:
Postar um comentário