Pergunta: “A ordem bíblica de que a esposa deve submeter-se ao marido ainda é válida hoje em dia? E quando ele nem é crente?”.
Resposta: Todo o Universo é mantido coeso pelas leis naturais. Sem elas, tudo sucumbiria no caos e a vida seria impossível no planeta Terra. A Bíblia nos diz que Deus é o Criador deste Universo e estabeleceu as leis que o regem e garantem seu funcionamento: “Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; quando firmava as nuvens de cima; quando estabelecia as fontes do abismo; quando fixava ao mar o seu limite, para que as águas não traspassassem seus limites; quando compunha os fundamentos da terra; então, eu estava com ele e era seu arquiteto...” (Pv 8.27-30). “Ou podes tu atar as cadeias do Sete-estrelo ou soltar os laços do Órion? Ou fazer aparecer os signos do Zodíaco ou guiar a Ursa com seus filhos? Sabes tu as ordenanças dos céus, podes estabelecer sua influência sobre a terra?” (Jó 38.31-33). Essas ordens firmadas e estabelecidas por Deus asseguram que o Universo siga seu curso harmoniosamente.
Com o mesmo propósito, porém em um âmbito mais restrito, Deus deu à humanidade os Seus mandamentos e as Suas ordens. Quando nos norteamos por elas, torna-se possível uma coexistência harmoniosa. Quer seja o relacionamento entre marido e mulher, entre pais e filhos ou entre governos e cidadãos, a aplicação das leis e regras divinas ajudará a proteger e manter a ordem e contribuirá para o bem de todos. E todas essas ordens são uma glorificação dAquele que as criou.
Submissão é sujeitar-se a uma instância superior. Isso nada tem a ver com discriminação. Pelo contrário, representa o mecanismo na dinâmica do relacionamento. É como uma engrenagem que se encaixa perfeitamente na outra, fazendo o todo funcionar. Quando a ordem divina é obedecida, instala-se a harmonia, semelhante ao funcionamento de um relógio de precisão.
Deus espera que obedeçamos aos Seus preceitos. Se o fizermos, seremos abençoados pessoalmente e, juntamente conosco, todos aqueles com quem convivemos. O resultado de ater-se às regras bíblicas é a bênção de Deus e a paz no coração.
Das ordens de Deus também faz parte o princípio da submissão. Vemos, por exemplo, que Jesus se submetia a Seu Pai, pois Ele mesmo disse: “Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (Jo 5.19). Assim como o Filho se submetia ao Pai, na igreja local os membros devem submeter-se aos anciãos (segundo a Bíblia, sempre homens). Na família, as mulheres devem submeter-se a seus maridos e os filhos aos pais.
Esses princípios bíblicos foram dados por Deus para nosso próprio bem. Quando os seguimos, o casamento funciona, a família é funcional e a igreja também convive em harmonia. Isso acontece porque os princípios e mandamentos correspondem Àquele que os inventou. É como um computador, que só funciona a contento quando recebe os programas compatíveis. Somente assim ele desempenhará ao máximo todas as funções para as quais foi concebido.
As diretrizes divinas e os Seus mandamentos não têm o alvo de tolher nossa liberdade, mas servem de orientação para nossa vida e propiciam a melhor convivência entre os seres humanos.
A Bíblia diz a respeito: “Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura. Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor. Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados. Servos, obedecei em tudo ao vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão-somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor. Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens” (Cl 3.18-23). Na carta aos Efésios, Paulo escreve: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor, porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela. Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja” (Ef 5.21-25,28-29).
O apóstolo Pedro complementa: “Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido, como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma” (1 Pe 3.5-7).
Em todo esse contexto a regra áurea deve ser aplicada sempre: “sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Ef 5.21). Ou, como disse o Senhor Jesus: “Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos” (Mc 9.35). Depois de conhecer, é hora de colocar em prática na nossa vida diária todos esses princípios preciosos. Mais uma vez: os membros da igreja se submetem aos seus anciãos, que por sua vez têm grande responsabilidade diante de Deus. Na família, primeiramente o marido sujeita-se a Cristo. A mulher é instada a sujeitar-se ao marido, e os filhos, por sua vez, obedecem aos pais. Na sociedade, as autoridades são instituídas por Deus (Rm 13) e deveriam governar de forma responsável diante de Deus; o povo deve submeter-se aos líderes e orar por eles.
Quando lemos atentamente as passagens bíblicas citadas percebemos que existem mais exigências voltadas ao comportamento do marido do que ao da mulher! O esposo é instado a amar sua esposa, a sacrificar-se por ela, a respeitá-la e a valorizá-la, não criticando-a nem tratando-a rudemente. O marido deve amar sua esposa da forma que Cristo ama Sua Igreja.
Submissão não significa rebaixamento ou obediência a qualquer custo. Deus não manda que a esposa seja capacho do marido. Submissão bíblica é sujeição voluntária ao parceiro. Mas isso apenas funcionará quando nem um nem outro usar o cônjuge como um meio para alcançar algum fim, ou o relacionamento matrimonial para realizar seus próprios interesses egoístas. No relacionamento entre marido e mulher segundo a Bíblia, nenhum dos dois deve buscar seus próprios alvos egocêntricos ou suas preferências pessoais, antes, cada um deve servir e amar ao outro.
Quando uma esposa experimenta esse amor despreendido de seu marido, procurará fazer-lhe o bem e não terá dificuldades em submeter-se e em deixá-lo assumir a responsabilidade final. Quando a esposa tratá-lo assim, ele terá alegria em desempenhar seu papel, conduzindo sua família e seu casamento da maneira que Deus quer.
E quando um dos cônjuges não é crente? Também nesse caso nós cristãos somos exortados a nos portar segundo os padrões bíblicos. Os maridos crentes devem amar suas esposas não-crentes da forma já descrita: sacrificialmente, com respeito, valorizando-a, não sendo rude, nem magoando-a. As mulheres cristãs também devem comportar-se para com seus maridos não-cristãos como lemos no Novo Testamento: “Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido”. “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor. Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus (Ef 5.24; 1 Pe 3.1-4).
A palavra-chave em todo esse assunto é sempre o amor. Amor que valoriza o próximo, que o honra e demonstra boa vontade, colocando o outro acima de si mesmo. (Samuel Rindlisbacher)
Fonte: http://www.chamada.com.br/perguntas_respostas/esposa_submissao.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário