Existe um homem de muitos superlativos, e é
dele que queremos falar. Será que ele aparece no Livro dos Recordes
Mundiais? Muita gente se empenha com todas as forças e usa todos os seus
recursos apenas para ver seu nome no Guiness.
Nenhum desses recordistas é o nosso homem dos superlativos. Seu nome
está inscrito em um livro muito mais importante que o Guiness; ele está
na Bíblia. Este, sim, é um livro repleto de superlativos. Já em suas
primeiras páginas, no relato da criação do mundo, o leitor é apresentado
a um superlativo depois do outro. E isso continua até sua última
página. O Apocalipse fala de um banco de dados que contém mais
informação do que qualquer pessoa jamais poderia conhecer:
“Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida,
foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o
que se achava escrito nos livros” (Ap 20.12). Esse é o banco de
dados de Deus. Esses livros registram cada ser humano, nome por nome,
incluindo todos desde Adão e Eva até nós que vivemos hoje. O registro
não contém apenas as informações constantes nos órgãos oficiais como
data de nascimento, altura ou cor dos olhos, mas inclui o tamanho do
sapato, cor do cabelo, quantidade de fios de cabelo e milhares de outros
detalhes de cada um de nós. Só os dados de cada um dos cidadãos do
mundo já ultrapassam a capacidade da imaginação humana.
Mais significativo ainda é que esses livros tenham o registro de
todos os nossos pensamentos e de todos os nossos atos. Tudo está
listado, as coisas que agradam a Deus juntamente com cada um dos nossos
pecados. E nenhum desses dados jamais será perdido. A Bíblia conta que,
um dia, cada um de nós será julgado segundo nossa biografia completa
gravada nos livros de Deus. Tudo o que passou pela nossa cabeça em forma
de pensamento e tudo o que moveu nossa língua está escrito ali. E tudo
será revelado e exposto. Só podemos ficar assustados com essa
contabilidade minuciosa. Mas, graças a Deus, também existe a ordem de
“deletar”. E essa ordem apaga os pecados. Quando alguém chega à cruz de
Cristo trazendo seus pecados, recebe perdão. Então, aos olhos de Deus, é
como se eles jamais tivessem constado em Seu banco de dados. Mais
ainda: depois que os pecados foram apagados a pessoa passa à condição de
completamente justa diante de Deus – tão justa como se jamais tivesse
cometido um único pecado. Esse pleno perdão também é um dos superlativos
que a Bíblia nos apresenta.
Mas, a seguir vamos nos ocupar com nosso “homem de superlativos”, que
tem muito a dizer dentro da Bíblia. Ao ler esse título, muitos
personagens bíblicos podem ter vindo à nossa mente, por exemplo, Sansão
ou Moisés ou Jó, mas hoje nos ocuparemos com alguém que não nos ocorre
de imediato. Mesmo assim, esse homem pode ser enquadrado em pelo menos
dez superlativos. É o apóstolo Paulo.
1. O mais zeloso em Israel
Saulo, como ele se chamava originalmente, queria servir a Deus e
zelava pelos interesses do Senhor como nenhum outro em sua época. Quando
Estêvão foi apedrejado, tornando-se o primeiro mártir cristão, Saulo “consentia na sua morte” (At 8.1).
Saulo pensava que acabar com esse homem era prestar um serviço a Deus. E
se alegrava com isso. Fez da perseguição aos cristãos sua grande causa.
Ele achava que os cristãos tinham de sumir do mapa, e pensava estar
servindo a Deus ao persegui-los. “Saulo, respirando ainda ameaças e
morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe
pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse
alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse
presos para Jerusalém” (At 9.1-2). Isso era zelo por Deus e empenho máximo pela Sua causa!
Saulo foi um homem de grande força de vontade. Ele
colocava suas idéias em prática sem poupar esforços, tempo ou dinheiro. O
que planejava, ele realizava. Também possuía mais alguns pré-requisitos
que o fizeram o maior missionário de todos os tempos: era judeu e
cidadão romano ao mesmo tempo. Isso lhe dava livre acesso a todo o
Império Romano daquela época. E ele tinha um conhecimento fora do comum
das Sagradas Escrituras, pois foi “instruído aos pés de Gamaliel” (At 22.3),
ou seja, estudou as Escrituras bíblicas com um renomado mestre judeu.
Paulo tornou-se ele mesmo um grande erudito; além disso, era um profundo
conhecedor do hebraico e do grego.
Apenas um único pré-requisito, o mais importante, ainda faltava para
Paulo ser um missionário: ele não tinha Jesus Cristo. Ninguém pode ser
missionário sem Jesus. Depois de uma palestra, um ouvinte me disse: “Se
esse negócio de Evangelho é tão importante, então devo ir imediatamente à
Índia ou a qualquer outro lugar para falar de Jesus às pessoas”. Eu
respondi: “Meu jovem, não vá de jeito nenhum! Você vai fazer mais
estrago do que ajudar”. – “Por quê?” – “Se você não se converter e for
pregar o Evangelho do jeito que está, você vai causar mal ao invés de
bem. O mais importante, que você ainda não tem, é Jesus”. Só quando
Jesus torna-se nosso Senhor pessoal poderemos começar com a missão de
pregar o Evangelho aos outros.
Saulo estava em viagem para perseguir a Igreja dos cristãos. Aí, no
deserto, aconteceu o fato mais relevante de toda a sua vida: “Seguindo
ele estrada afora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do
céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe
dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu,
Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9.3-5).
Nesse encontro com Jesus, Saulo caiu literalmente do cavalo e se
converteu. Deus tem muitos meios de interferir na vida de alguém. Ele
não usa moldes, pois dispõe de muitos e variados métodos para tocar os
corações, e nenhuma conversão é igual à outra. Dessa forma, cada um tem a
sua história bem particular de encontro com Jesus.
A partir daí Saulo, mais tarde chamado de Paulo (At 13.9) passou a
estar profundamente ligado a Jesus, o que pode ser visto na resposta que
ele deu ao carcereiro de Filipos. Este clamou quando os muros da prisão
tremeram: “que devo fazer para que seja salvo?”. Paulo não respondeu: “Creia em Deus e você estará salvo”, mas afirmou categoricamente: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (At 16.31).
Essa resposta esclarece muitas coisas, mas acima de tudo mostra que
Paulo era um homem que, acreditando no Deus dos patriarcas do Antigo
Testamento, de repente exclama de forma espontânea: “Crê no Senhor Jesus !”. Jesus já havia ensinado um fato básico acerca da salvação e do acesso ao céu : “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
Essa é uma declaração que exclui toda e qualquer exceção. Muitos dos
nossos contemporâneos não gostam dessa exclusividade. Mas para Paulo não
havia alternativa à frase: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo”.
Desde que ele próprio havia experimentado a salvação por Cristo, tinha
em mãos a preciosa bússola que indica o caminho certo para todos os
homens. E agora ele se punha a caminho carregando essa preciosa mensagem
do Evangelho da salvação em Jesus Cristo, o Filho de Deus.
2. Convertido diretamente pelo Senhor ressuscitado
Nenhuma pessoa se encontrou com Jesus Cristo depois de Sua
ressurreição de forma tão direta como aconteceu com Paulo. Como a
Escritura testemunha e como a História da Igreja documenta muito bem, é
da vontade de Deus que pessoas proclamem a mensagem do Evangelho. Homens
longe de Deus ouvem de outros homens a salvadora Palavra do Senhor e
têm a liberdade de aceitar ou rejeitar a mensagem ouvida. A conversão de
alguém sempre se dá com a cooperação de outras pessoas usadas por Deus.
Paulo foi a única exceção – ele se converteu diretamente pelo Cristo
ressuscitado, sem intermediação humana!
Deus estabeleceu que Sua mensagem não seria pregada por anjos, mas por pessoas. Jesus ordenou a Seus discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...” (Mt 28.19).
O campo missionário é tão vasto e tão cheio de gente precisando ouvir o
Evangelho que, até Jesus voltar, não vai faltar serviço aos crentes. E
esse trabalho todo, esse campo a ser arado, foi confiado por Deus a
homens, não a anjos.
Certo homem ouviu a mensagem de Jesus em uma evangelização realizada
numa tenda. Ficou irritado e começou a perturbar e blasfemar contra
Deus. No final, ele alfinetou: “Ei, se o Deus de vocês existe mesmo,
então Ele deveria mandar um anjo agora mesmo para me dar uma surra bem
em frente de vocês todos. Felizmente não preciso ter medo disso, porque
isso não vai acontecer!”. Aí, do outro lado do salão se levantou um
ferreiro de dois metros de altura e ombros largos que lhe respondeu:
“Para isso Deus nem precisa mandar anjo algum. Eu mesmo resolvo essa
questão agora mesmo”. Sabemos que Deus tem os seus em todos os lugares.
3. Cristo acima de tudo
Na vida de Paulo, Jesus realmente estava em primeiro lugar. Ele descreveu sua posição: “Mas
o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo.
Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas
as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.7-8).
Paulo havia experimentado uma completa inversão de todos os seus
valores. Comparadas com Cristo, todas as outras coisas preciosas de sua
vida se tornaram “refugo”. Cristo estava em primeiríssimo lugar em sua
lista de prioridades. Não era um enfeite qualquer, mas detinha a
primazia em todas as áreas de sua existência.
Esse fato coloca o leitor diante da pergunta: que lugar Jesus Cristo
ocupa na minha escala de valores? Não deveríamos nos esquivar dessa
questão fundamental da vida espiritual. Deveríamos pensar nela
seriamente quando nos recolhemos em silêncio. Onde me encontro realmente
em relação ao Senhor? Existe alguma coisa na minha vida que vem antes
de Jesus – talvez algum passatempo, minha profissão ou minha família?
Nossa vida depende basicamente de nossa posição em relação a Cristo, de
nosso relacionamento com Ele, e esse relacionamento influencia todas as
áreas de nossa existência terrena.
4. Maior pregador para os judeus
A pregação do Evangelho que Paulo realizava acontecia através de uma
estratégia bem definida: primeiro ele dirigia-se aos judeus. Quando
chegava em algum lugar, ia sempre à sinagoga: “E logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus” (At 9.20).
Esse texto breve nos mostra qual era o centro de sua pregação: que
Jesus era o Filho de Deus. Se ele tivesse pregado que Jesus foi um homem
bom, um benfeitor e amigo dos pobres ou até um revolucionário e tivesse
acrescentado “Ele ama vocês!”, teria colhido gratidão e aplauso.
A salvação do mundo e do indivíduo não depende de qualquer outro
parâmetro – não depende de boas obras, nem de um caráter nobre. Depende
de uma única Pessoa, depende de Jesus Cristo.
Mas Paulo chegava ao ponto sem rodeios: “Jesus é o Filho de Deus”. E
sempre enfatizava que a salvação do mundo dependia apenas e
exclusivamente de Jesus. É exatamente o que nós também temos que
testemunhar a todos: que a salvação do mundo e do indivíduo não depende
de qualquer outro parâmetro – não depende de boas obras, nem de um
caráter nobre. Depende de uma única Pessoa, depende de Jesus Cristo. Mas
era isso que os ouvintes nas sinagogas geralmente rejeitavam, e então
jogavam Paulo na rua. Esse era o resultado que ele conseguia com sua
pregação “simplista”! Mas ele não pregava outra coisa, pois se não fosse
tão exclusivista, não estaria lhes trazendo a salvação. Paulo amava
seus patrícios, como gostava de chamá-los, e por isso dizia-lhes toda a
verdade. Todo o seu amor por seus compatriotas fica evidente nesta sua
declaração: “porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de
Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne” (Rm
9.3). Por amor, Paulo teria trocado a própria salvação pela salvação de seu povo judeu.
Esse é um amor humanamente inconcebível. Paulo, por estar tão cheio
desse sentimento, pregava a verdade sem reservas e sem rodeios. O que
ele transmitia tinha mais ou menos este sentido: “Pessoal, o que importa
é que vocês acreditem em Jesus. Todo o resto, tudo o que vocês fazem ou
deixam de fazer, não adianta nada para chegar ao céu”. Paulo reagia à
rejeição dos judeus, e o que ele lhes disse me comoveu profundamente: “Cumpria
que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus;
mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida
eterna, eis aí que nos volvemos para os gentios” (At 13.46). Tão decisiva e importante é a mensagem de Jesus! Quem a rejeita perde a chance da vida eterna.
Essa é a conseqüência de se decidir contra Jesus, e Paulo somente
conseguia colocar seu povo diante dessa alternativa porque o amava de
verdade. Certamente ele pregou o Evangelho com muito carinho, e talvez
tenha suplicado que aceitassem a Jesus: “Meus queridos, por favor,
aceitem o Único que dá salvação! Com certeza, Jesus os levará ao céu!
Todo o empenho de vocês até aqui não vale nada!”.
Certa vez assisti uma palestra do professor Pinchas Lapide
(1922-1997), um reconhecido erudito e teólogo judeu. Ele fez uma longa
explanação sobre Jesus. Citou diversos textos do Novo Testamento e
comentou-os tão cientificamente que sua própria opinião acerca de Jesus
nem chegou a transparecer. Apesar de sua postura positiva em relação aos
Evangelhos, sua palestra foi tão neutra como se discorresse sobre
alguma fórmula matemática. Mas Jesus Cristo é uma Pessoa, e se engana
quem pensa que pode falar dEle de forma neutra. Falar de Jesus sempre
exige um posicionamento. No final de sua palestra, Lapide deu
oportunidade para perguntas. Eu me manifestei: “Estou interessado em
saber quem é esse Jesus para você pessoalmente?” Ele respondeu: “Para
nós judeus, Jesus é um profeta como Jeremias, por exemplo”. Senti que,
com essa resposta genérica, “para nós judeus”, ele estava se esquivando
de uma resposta franca. Mas ele continuou: “Para você...” – e isso ele
também não precisaria ter dito – “...Jesus é o Messias que já veio”.
Somente na minha terceira tentativa ele respondeu de fato à minha
pergunta: “Agora eu quero dizer o que Ele é para mim. Ouça bem! Possivelmente – e essa palavra deve ser sublinhada em negrito três vezes – possivelmente
o Messias, que já veio para você e pelo qual nós judeus ainda
esperamos, seja a mesma Pessoa”. É admirável como alguém pode chegar tão
perto de Jesus sem reconhecê-lO como Aquele quem Ele realmente é! Se
esse nobre sábio judeu retirasse seu “possivelmente”, teria encontrado a
Cristo como seu Salvador pessoal. O próprio Jesus elogiou um homem que
deu uma resposta boa e bem fundamentada biblicamente: “Não estás longe do reino de Deus” (Mc 12.34). “Não estar longe” significa perto, mas não dentro. Ainda falta um pouco!
Muitas pessoas estão a quilômetros de distância do reino de Deus.
Essas precisam ser buscadas metro a metro. Fico admirado como isso pode
acontecer rapidamente. O marido de uma mulher crente, uma parente
distante minha, aceitou o convite para assistir a uma de minhas
palestras perto de onde mora. Ele veio me ouvir por razões puramente
familiares. Logo no início, ao me cumprimentar, ele já foi dizendo: “Vim
meio arrastado para essa reunião cristã. Para que tudo fique bem claro e
você conheça minha opinião: eu sou ateu”. Meio sem pensar, respondi
espontaneamente: “Isso não vai ficar assim por muito tempo”. Durante a
palestra, ele ficou calmamente sentado, só ouvindo. No final do culto eu
ofereci aconselhamento a quem estivesse interessado em saber mais
acerca do caminho a Cristo. Para minha grande surpresa, Bernard também
veio à frente. Quase não consegui acreditar no que meus olhos estavam
vendo e achei que ele tinha vindo apenas por curiosidade, para ver o que
acontecia nesse tipo de reunião de aconselhamento. Como costumo fazer,
depois das explicações acerca da salvação, perguntei a cada um dos que
estavam lá: “Você quer aceitar Jesus?”. Fiquei pasmo: meu parente ateu
convicto aceitou a salvação! Seu propalado ateísmo não durou muito
tempo! Naquela noite ele conheceu a Cristo. Ele parecia tão longe, e
estava tão perto!
O que o levou a dizer “sim”? Devo ter falado alguma coisa que tocou
seu coração. Todo o seu ateísmo ruiu naquela noite como se fosse um
castelo de cartas. De repente, reconheceu que ele próprio precisava de
Jesus. Deus dobra pessoas assim, que parecem tão longe da verdade. Ele
reparte os despojos “com os poderosos” (Is 53.12).
Muitas pessoas estão a quilômetros de distância do reino de Deus. Essas precisam ser buscadas metro a metro.
O que os pregadores não podem fazer, o Espírito Santo faz. Ele
fornece as palavras certas no tempo certo. Jesus prometeu a Seus
discípulos: “Por minha causa sereis levados à presença de
governadores e de reis... não cuideis em como ou o que haveis de falar,
porque, naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer” (Mt
10.18-19). Esse deve ser o ponto de partida de cada pregador: contar com a ação do Espírito Santo.
5. O maior missionário para os gentios
Quando Paulo foi de navio da Ásia Menor para Neápolis (atual Kavala),
pisou em solo europeu pela primeira vez. Ele nem imaginava a
importância e as conseqüências desse passo. Talvez até duvidasse de que
esse fosse o destino certo, pois logo foi açoitado e jogado na prisão
por causa da mensagem que pregava. Mas seu trabalho produziu frutos. A
primeira pessoa que se converteu na Europa é conhecida pelo nome. Foi
uma mulher chamada Lídia. A mensagem tocou seu coração tão fortemente
que ela se entregou espontaneamente a Jesus. Vemos Paulo pregando aos
gentios e colhendo os frutos de seu trabalho.
Paulo escreveu aos gálatas: “...o evangelho da incircuncisão me fora confiado” (Gl 2.7).
Depois de fundar igrejas em diversos lugares, escreveu cartas aos novos
convertidos. Essas cartas continham as diretrizes para o viver cristão,
de grande ajuda para as igrejas em suas situações particulares,
formando hoje um terço do Novo Testamento. O que é feito em Nome de Deus
permanece. As cartas de Paulo alcançaram significação mundial e foram
traduzidas nas mais variadas línguas da terra. Hoje o Novo Testamento
pode ser lido por quase todos os povos e tribos em sua própria língua –
que fruto inimaginável do ministério de um só homem! Temos de lembrar
que Paulo não escreveu suas cartas apenas na teoria, sentado diante da
janela, admirando uma bela paisagem. Escreveu muitas delas em meio às
maiores dificuldades pessoais, inclusive na prisão. Mas ficou firme em
Nome de Jesus e cumpriu sua missão.
Isso ficou muito vivo para mim quando estive na Austrália. Lá preguei
em diversos lugares, inclusive em uma igreja no extremo Leste do país.
Olhando a partir de onde estamos agora, esse seria um dos lugares mais
distantes do planeta. No domingo pela manhã, uma grande igreja se reuniu
para ouvir a Palavra de Deus. “Incrível”, pensei comigo, “essa mensagem
realmente chegou até aos confins da terra, bem como o Senhor Jesus
predisse”. E lá também foi lido um trecho de uma das cartas do apóstolo
Paulo. Sim, Paulo foi mesmo o maior dos missionários entre os gentios.
6. O desafio maior da pregação
Homem algum jamais desafiou tanto os seus ouvintes como Paulo – com
exceção do próprio Jesus, mas este era o Filho de Deus. A pregação de
Paulo tinha um efeito impressionante e um grande poder de convencimento
sobre as platéias. Em Filipos, sua primeira base na Europa, Paulo foi
açoitado e jogado na prisão por causa de suas palavras. Em Tessalônica
ele foi acusado de “transtornar o mundo” (At 17 6). Em Éfeso toda a cidade ficou agitada porque ele anunciava um Deus “não feito por mãos humanas” (At 19.26).
Isso colocou-o em conflito com todo o sindicato dos ourives e seu líder
Demétrio. Os ourives confeccionavam e vendiam modelos do templo da
deusa Artêmis, também chamada Diana. No final, todo o povo estava
reunido no anfiteatro gritando por quase duas horas: “Grande é a Diana dos efésios!” (At 19.34).
Em todos os lugares por onde passava, Paulo fazia uma faxina nos
deuses pagãos. No Areópago de Atenas (At 17.22-31) ele enfatizou: “O
Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e
da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é
servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele
mesmo é quem dá vida, respiração e tudo mais. (...) Não devemos pensar
que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados
pela arte e imaginação do homem” (At 17.24-25,29). Todos os deuses e
deusas que os antigos gregos veneravam e aqueles que as pessoas de hoje
chamam de deuses não passam de deuses falsos e ídolos. E adorá-los é
pecado.
Paulo tinha a coragem de referir-se a Adão como tendo sido o primeiro homem: “de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra...” (At 17.26).
Depois que me converti, quando me deparei com essa frase tive certeza
de que a Teoria da Evolução é apenas uma construção do pensamento humano
originado nas mentes de homens pecadores. Paulo também poderia ter
falado em acaso e necessidade, como já ensinavam os filósofos gregos.
Mas ele proclamava acerca de Deus: “pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17.28).
Isso já era tão inacreditável naquela época quanto é hoje. Mas cada
pessoa, de ontem e de hoje, vive e se move nesse Deus invisível, já que
Deus é onipresente. Onde quer que alguém se encontre, jamais estará fora
do alcance de Deus. Paulo manteve sua mensagem clara e direta, sem
fazer concessões de qualquer espécie.
Em Corinto, uma cidade cheia de paganismo e pecado, Paulo encontrou
um enorme complexo de templos dedicados a Apolo. Provavelmente ele se
arrepiou e ficou comovido ao ver tanta gente seguindo esse culto pagão.
Ele, por sua vez, não tinha nada de visível para apresentar. Sua arma
eram as palavras. Mas, talvez, ele tenha pregado assim: “Os fundamentos
que vocês estabeleceram com seus templos não permanecerão. Um dia, todos
eles desaparecerão”. Mais tarde, ele escreveu aos cristãos de Corinto: “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Co 3.11).
Hoje, quem faz uma visita à Corinto antiga pode entender muito bem essa
declaração de Paulo, já que restaram apenas algumas ruínas dessa cidade
idólatra. Os templos desapareceram há muito tempo. Mas o fundamento que
é Jesus Cristo ficou e ficará por toda a eternidade. Quem fundamenta
sua vida em Jesus Cristo tem uma base firme e duradoura, que permanecerá
para todo o sempre.
7. A maior autoridade
O apóstolo Paulo não atribuiu a si mesmo sua autoridade para ensinar
nem sua eficácia no ministério. Também não foram outros homens que o
chamaram para sua nobre tarefa: “...o evangelho por mim anunciado
não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem
algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo” (Gl 1.11-12). O
apóstolo Paulo freqüentou o seminário do próprio Jesus Cristo. Foi Jesus
quem lhe passou as informações que proclamava ao mundo, e esse era o
segredo de sua eficiência e efetividade. A receita da legítima
autoridade espiritual é a pregação baseada na Palavra de Deus e
inspirada pelo Filho de Deus, Jesus Cristo. Nesse sentido Paulo se
mantém fiel e irredutível: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo
vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado,
seja anátema” (Gl 1.8).
Hoje em dia, muitas modificações no Evangelho estão em curso. Ele
continua sendo pregado, mas com seu conteúdo alterado. Opiniões que nem
se encontram na Bíblia são acrescentadas. Em contrapartida, passagens
importantes são excluídas por não combinarem com a idéia sobre Deus que
os pregadores fabricaram para si mesmos. Por exemplo, fala-se de um Deus
de amor mas ignora-se o Dilúvio, já que esse juízo terrível não
combinaria com a imagem de um Deus bonzinho.
Mas Deus realmente mandou vir uma enchente global sobre a terra,
afogando literalmente milhares de pessoas. Isso aconteceu por causa de
seu pecado. Arrisco dizer que “eles se afogaram em seus pecados”, pois
viviam longe de Deus. O mundo de hoje, que vive segundo suas próprias
leis e se mantém distante da Palavra de Deus, também experimentará o
juízo divino, mesmo que não acredite nele.
Infelizmente, muitas publicações e programas cristãos de rádio e
televisão deixam de tocar no centro da mensagem da Bíblia. Isso engana
as pessoas a ponto de tornar inócuo tudo o que ouvem, assistem ou lêem. É
trágico ver declarações bíblicas básicas sendo tratadas tão
superficialmente. Nessas pregações genéricas, talvez em algum momento
apareça a palavra “Deus”. Pessoas que estão longe do Evangelho e ouvem
esse tipo diluído de pregação sentem-se bem pois foram fortalecidas e
confirmadas em sua maneira de pensar. “Ah! Bom! Então posso continuar
seguindo meu caminho!”. Dessa forma, muita gente dirá, com razão, quando
estiver diante do juízo de Deus: “Eu não sabia disso! Os pregadores que
eu escutava me faziam crer que tudo isso era ninharia”. Como será
terrível esse dia!
Quem fundamenta sua vida em Jesus Cristo tem uma base firme e duradoura, que permanecerá para todo o sempre.
Publicações e pregações cristãs precisam conter a clara mensagem de
Jesus Cristo. Paulo é um bom exemplo de pregador genuíno. Ele não deixou
de lado nenhum tópico da Palavra de Deus, nem mesmo o juízo. Ainda
assim, esse homem amava seus ouvintes, judeus ou gentios, e eles sentiam
sua empatia. Ele queria a salvação daqueles a quem pregava, e por isso
se empenhava ao máximo “a fim de ganhar o maior número possível” (1 Co 9.19).
Seu anseio era estar junto com todos eles no céu! O caminho até lá era
Jesus, e essa era sua mensagem. Era isso que lhe conferia autoridade
espiritual.
Jesus deixou estabelecido a Seus discípulos: “quem vos der ouvidos ouve-me a mim...” (Lc 10.16).
Para os cristãos de hoje, isso somente é válido sob a condição de
dizer, sem tirar nem por, tudo aquilo que está nas Escrituras. Ao pregar
todo o desígnio de Deus, cada um, individualmente, poderá tomar para si
o que Jesus prometeu aos que pregam Sua Palavra. Depois de salvo, o
cristão terá uma missão a cumprir onde quer que viva e onde quer que
Deus o enviar.
Há anos minha esposa mantém amizade com uma vizinha nossa. Ela ainda
está muito longe de um relacionamento com Jesus, e só podemos avançar
com sensibilidade e muito tato. Recentemente seu cachorro ficou doente.
Já que ela sabia que costumamos orar, pediu: “Será que vocês poderiam
orar pelo meu cachorro?”. Minha esposa prometeu fazê-lo. Por que não
orar pela saúde de um animal se isso contribuir para o bem do Evangelho?
Há poucos dias minha esposa me disse: “Imagine só, a vizinha ligou.
Sabe o que ela me disse? ‘Aquele lá de cima ouviu duplamente’.” Ela
própria tinha orado a Deus, e Ele ouviu os pedidos – dela e nossos. Foi a
primeira experiência com Deus dessa mulher. Talvez seu progresso em
direção a uma fé genuína avance lentamente, mas ela deu um passo na
direção certa. Que Deus conceda a ela a plena salvação!
8. O maioral dos pecadores e o maior trabalhador para Deus
Quando Paulo testemunha acerca de sua própria pessoa, muitas vezes
ficamos estupefatos. Quase não podemos crer que passou e suportou tanta
coisa. Mesmo assim, ele não exagera nem minimiza suas experiências: “Digo a verdade em Cristo, não minto...” (Rm 9.1).
Paulo passou por incontáveis perigos, mas preferia ir preso a dizer
alguma coisa errada. Preferia apanhar a proclamar a mensagem pela
metade. É impressionante ver o quanto ele vivia aquilo que pregava!
Diante desse pano de fundo deveríamos olhar para as seguintes
declarações:
1. Paulo dizia que era “o principal dos pecadores” (1 Tm 1.15) e que era “nascido fora de tempo”
entre os apóstolos (1 Co 15.8). Esse também é um superlativo: Paulo
assumindo o primeiro lugar entre os pecadores. Esse é um grande consolo
para quem duvida de si mesmo e costuma dizer: “Amontoei tantos pecados
na minha vida, estraguei tudo! Será que ainda posso ser perdoado?”.
Minha resposta é: “Fique tranqüilo. No máximo você vai tirar o segundo
lugar entre os pecadores, porque o primeiro já está ocupado pelo
apóstolo Paulo, e, se ele conseguiu perdão, você também conseguirá”.
2. Ele foi o maior trabalhador no Reino de Deus. “...trabalhei muito mais do que todos eles...” (1 Co 15.10). Isso soa como autoelogio, mas ele acrescentou: “todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (v.10b).
Paulo sabia qual era a fonte de seu vigor para o ministério, que era o
próprio Senhor, e mesmo assim colocava a si mesmo como exemplo de
obreiro: “Sede qual eu sou...” (Gl 4.12). Esse é o tipo de
conselho que dificilmente alguém teria coragem de dar em público. Paulo
podia fazer isso porque sua vida sublinhava e confirmava suas palavras.
Por essa razão ele exortava: “O que também aprendestes, e recebestes e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco” (Fp 4.9).
3. Paulo reconhecia crer “em todas as coisas que estejam de acordo com a Lei e nos escritos dos Profetas” (At 24.14).
Ele acreditava em cada palavra da Escritura. Naquela época, o Antigo
Testamento já estava completo e disponível. Portanto, Paulo também
acreditava em cada palavra do relato da Criação. Ele aceitava todos os
detalhes, inclusive aqueles que hoje são uma pedra no sapato de muita
gente. A declaração de Paulo posicionando-se totalmente em favor das
Escrituras tornou-se uma passagem-chave na minha vida de fé. Ainda hoje
Paulo é um exemplo excelente quando está em jogo aceitar
incondicionalmente ou não aceitar tudo aquilo que está registrado na
Bíblia.
4. Paulo viajava sem conforto. Por ocasião de uma
viagem sob o lema “Nas pegadas do apóstolo Paulo”, conscientizei-me de
quantas fadigas Paulo deve ter sofrido em suas andanças pelo mundo. Nós
estávamos bem instalados em nosso ônibus climatizado, viajando por
regiões de Atenas, Corinto e pela Turquia. Quando o ônibus parava para
pernoitar, íamos diretamente para um hotel confortável. Depois de
acomodados nos quartos, éramos recepcionados com um jantar maravilhoso.
Tudo estava muito bem organizado, só esperando por nós!
Paulo também passou por ali, mas suas experiências foram bem
diferentes das nossas. Ninguém esperava por ele. No máximo havia algum
grupo de pessoas que haviam jurado matá-lo: “Quando ele aparecer por
aqui, a primeira coisa que vamos fazer é açoitá-lo para valer!”. Ninguém
preparava um jantar saboroso para esperar por Paulo. Em 2 Coríntios
11.23-27 ele desfila o catálogo das dificuldades que costumava
enfrentar: “Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em
prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes.
Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui
três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três
vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas
vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre
patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no
deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em
trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em
jejuns, muitas vezes; em frio e nudez”.
Ele compartilhou com os cristãos de Filipos: “...aprendi a viver
contente em toda e qualquer situação. Tanto sei ser humilhado como
também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho
experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de
escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.11-13). E já
que Cristo estava em primeiro lugar na sua vida, ele tinha condições de
suportar tudo o que a pregação do Evangelho trazia consigo. Deveríamos
parar e analisar o que significa a seguinte declaração: “como
desconhecidos e, entretanto, bem conhecidos; como se estivéssemos
morrendo e, contudo, eis que vivemos; como castigados, porém não mortos;
entristecidos, porém sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos;
nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Co 6.9-10). Muitas coisas
entristeciam a Paulo, mas em Cristo ele era feliz – apesar de tudo. Seus
bolsos estavam vazios e muitas vezes ele não tinha o que comer.
Dependia de que alguém lhe desse um pedaço de pão, mas assim mesmo esse
homem tinha tudo, que é a vida eterna, que ele compartilhava com quem
quer que fosse, e por ela ansiasse. Através de sua mensagem, cada
ouvinte poderia tornar-se imensuravelmente rico.
Essa última verdade também se aplica a nós, cristãos de hoje. Como
Paulo, também possuímos um grande tesouro. Somos imensamente ricos por
podermos transmitir a outros a palavra da vida eterna, tornando ricos os
nossos ouvintes.
9. Tudo voltado para a salvação
Cada pessoa desenvolve seu próprio conceito de vida. Às vezes, esse
conceito precisa ser corrigido e revisado aqui e ali, mas geralmente o
alvo supremo, uma vez estabelecido, norteia toda uma vida. Isso nos
permite falar de um “programa de vida” que rege a nossa existência.
Paulo programou sua vida única e exclusivamente para salvar outras
pessoas: “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível” (1 Co 9.19).
Ganhar o maior número possível de pessoas para Cristo, essa era a
estratégia de vida de Paulo. Para ele, nada mais tinha prioridade.
“Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de
ganhar o maior número possível” (1 Co 9.19). Ganhar o maior número
possível de pessoas para Cristo, essa era a estratégia de vida de Paulo.
Para ele, nada mais tinha prioridade.
Justamente isso os crentes podem aprender com Paulo. Cada um deve se
perguntar: “Até que ponto minha vida é orientada para a suprema missão
de ganhar almas? Também tenho como único alvo de vida ganhar o maior
número de pessoas para Jesus?”. Quanta coisa poderia ser alcançada se os
cristãos pensassem intensamente em ganhar almas, planejando e
imaginando como fazer isso lado a lado com seus afazeres diários!
10. Morrer por um só Nome
Os faraós egípcios construíam enormes pirâmides para serem sepultados
quando morressem. Os reis micenos tinham ricos objetos de ouro em seus
sepulcros. Os gregos mandavam colocar esculturas e bustos em mármore e
bronze junto de seus corpos. Paulo não queria nada disso quando
morresse. Não precisava de máscaras mortuárias de ouro, não precisava de
um monumento, de um mausoléu ou de um enorme tapete de flores, como
aquele que se viu estendido na rua quando morreu a princesa britânica
Diana, avaliado em centenas de milhões de reais. Tudo o que Paulo
precisava para morrer era uma pessoa, um nome: Jesus. Nesse Nome ele viveu e nesse Nome ele morreu: “Porque,
se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos.
Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Rm 14.8).
Paulo resumiu seu alvo de vida: “para mim, o viver é Cristo, e o
morrer é lucro... tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é
incomparavelmente melhor” (Fp 1.21,23). Agora, depois de ter
viajado tanto, depois de ter trabalhado e ganho muitas pessoas para o
Reino de Deus, mas depois de ter sofrido e suportado muita coisa, um
anseio se apossou de Paulo: “Tenho desejo de estar com Cristo”, ou seja,
ele ansiava por ver a Jesus novamente. Montado em seu cavalo, ele tinha
visto a Cristo, mas agora ele queria ver o Senhor face a face
continuamente e desejava estar com Ele eternamente. “Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. Ao morrer, Paulo recebeu toda a eternidade para estar com seu Senhor.
A Timóteo ele escreveu de dentro da prisão: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada...” (2 Tm 4.7-8). Toda a luta valera a pena. A coroa, porém, não será recebida apenas por Paulo, mas por todos aqueles que amam ao Senhor Jesus.
Tudo isso nos anima a focar nossa vida em Jesus, a alinhar com Ele
como nossa bússola e a segui-lO como Paulo seguiu. Então teremos ganho o
que existe de mais sublime e superlativo, o que de melhor se pode
ganhar na vida. Quando vier a hora de morrer, cada um de nós poderá se
entregar nas mãos de Jesus Cristo com a mesma certeza de Paulo:
estaremos para sempre com Ele. Mas até lá continuaremos seguros como
Paulo estava quando disse: “Porque eu estou bem certo de que nem a
morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do
presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a
profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de
Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.38-39). (Werner Gitt — Chamada.com.br)
http://www.chamada.com.br/mensagens/paulo.html
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