Anos atrás, participei de um debate no
Fórum da Universidade de Oxford, na Inglaterra. O tema era: “Esta
instituição crê que o fim está próximo!”. Eu estava argumentando a favor
dessa posição. Levantei três pontos principais para darem suporte à
minha afirmativa de que o fim está próximo. Primeiro, observei o
restabelecimento da nação de Israel. Nenhum outro povo na história da
humanidade foi removido de sua terra natal, espalhado por todo o globo,
manteve sua identidade étnica e depois retornou à sua terra de origem.
Ninguém jamais fez isso, exceto Israel, a nação de Deus. Segundo, pela
primeira vez na história, estamos vendo que a globalização está sendo,
de fato, implementada em nossos próprios dias. A Bíblia prediz um
governo mundial durante a Tribulação. Terceiro, o surgimento da União
Européia parece ser um precursor de um Império Romano revivido, que
Daniel e o Apocalipse predizem como o centro do governo global vindouro.
A Questão Obama
Uma das alunas fez uma pergunta durante o período de participação dos
presentes ao debate. Ela queria saber o que eu pensava sobre o impacto
que a [então] recente eleição de Obama como presidente dos Estados
Unidos teria sobre a globalização. Eu disse a ela que uma das razões
principais pelas quais a comunidade global não gostava do presidente
George W. Bush era porque ele estava disposto a agir unilateralmente em
favor dos interesses americanos. O candidato Barack Hussein Obama
anunciou ao mundo, durante seu discurso em Berlim, que era um cidadão do
mundo. Eu disse que os EUA eram o último importante reduto no mundo
ocidental que estava disposto a agir como nação, em vez de agir em favor
de interesses internacionais; agora, com Obama na Casa Branca, isso
terminaria. Isto aconteceu cinco anos atrás.
Hoje, vemos Obama implementando uma agenda global para os Estados
Unidos. Os Estados Unidos já não desenvolvem mais suas políticas com
base naquilo que é bom para o povo americano. Na verdade, a maior parte
das políticas de Obama é ruim para os Estados Unidos e destrutiva para
os interesses da maioria dos americanos. A única coisa que faz algum
sentido é que Obama, como ele mesmo disse em Berlim, está agindo como
cidadão do mundo. A América já não é mais um obstáculo para um governo
global. O atual governo está abrindo o caminho para ele ao renunciar a
tantos aspectos da soberania americana.
Foi relatado na mídia americana que Obama emitiu uma ordem executiva
para sua administração mover-se adiante a toda velocidade na
implementação de sua política contra o aquecimento global. Creio que os
defensores do aquecimento global ou da mudança climática estão usando
esse falso pânico com o propósito de instaurar um sistema de governo
global. Mudanças climáticas são importantes para os globalistas, uma vez
que eles as vêem como a melhor maneira de ganhar controle de todas as
nações com o pretexto de salvar o planeta. Quão nobre!
Vemos uma pressa pelo globalismo pelo menos nas seguintes áreas:
governo, economia, religião, meio ambiente, militar, comércio, produção,
bancos, negócios, controle populacional, educação, administração,
publicação, entretenimento, saúde e bem estar pessoal, redistribuição de
riquezas, agricultura, legislação, ciência, medicina, esportes,
viagens, música, eletrônica, a internet, a disponibilidade de
informações, e muitas outras áreas. Algumas outras áreas para as quais o
governo Obama está realizando mudanças nos EUA, com a finalidade de
implementar os objetivos do globalismo, são as seguintes: cuidados
universais com a saúde, mudança do papel das forças militares americanas
(Obama dispensou cerca de 250 generais e almirantes a quem os
globalistas viam como aqueles que não se davam bem com a nova orientação
dele para as forças armadas), tentativas de implementar o controle de
armas, uso de instituições governamentais como o Serviço do Imposto de
Renda para controlar grupos e organizações que resistem à agenda de
Obama. A degradação das instituições americanas por Obama inclui o fato
de que os principais meios de comunicação raramente o criticam e quase
sempre apóiam-no em sua maneira de manipular as notícias e de usar a NSA
[Agência Nacional de Segurança] como sua rede pessoal de espionagem. O
aparente esforço de Obama é levar os EUA à falência por meio de gastos
extremos com programas sociais, tais como a previdência social, a fim de
reestruturar a nação dentro de uma estrutura global. Na velocidade que
estamos caminhando durante o governo Obama, os EUA deverão estar em uma
grande posição para o futuro Anticristo, que assumirá seu posto depois
do Arrebatamento.
Por Que a Globalização?
A globalização passou a fazer bastante sentido para um número cada
vez maior de pessoas nos EUA nas últimas décadas. Por que isto acontece?
Creio que a comunidade acadêmica conduziu as coisas dessa maneira. A
academia nos Estados Unidos é dominada por aqueles que rejeitam a Bíblia
como a revelação de Deus à humanidade. Portanto, eles ficam apenas com
os pressupostos e as teorias humanísticas a respeito das pessoas e da
sociedade, como a evolução, por exemplo. O homem está sozinho no
universo e tudo tem bilhões de anos de idade. As coisas estão
simplesmente evoluindo e a vida consiste de ciclos sem significado que
levam a lugar nenhum. Os teóricos sociais rejeitam o relato da criação
em Gênesis e, por isso, acham que a sociedade evoluiu a partir do
indivíduo para uma família; a partir da família para as tribos; a partir
das tribos para comunidades maiores; a partir das comunidades para
cidades; a partir das cidades para Estados; e, finalmente, a partir do
nacionalismo para o globalismo. Eles afirmam que o nacionalismo produziu
um tempo em que aconteceram as maiores guerras na história da
humanidade (o século XX). Isto ocorreu porque as nações não conseguiam
estabelecer suas disputas sem guerras. Assim, o nacionalismo apenas
produz guerras que trazem grande destruição e fome à humanidade. É por
isso que precisamos dar o passo seguinte e nos mover em direção ao
globalismo, para que sejamos capazes de eliminar a base da divisão entre
nós (isto é, o nacionalismo). Isto significa que apenas a globalização,
de acordo com os intelectuais, pode ser vista como o próximo passo
lógico na evolução da humanidade.
A humanidade sempre será decaída e será pecaminosa e jamais será capaz de viver em paz.
Se você se opuser à tendência da globalização, então você é um Homem
de Neanderthal e pode apenas desejar a discórdia e a prosperidade
pessoal, em vez de querer uma grande paz e harmonia que eles crêem que
um governo global produzirá. (Quer saber um segredo? A humanidade ainda
estará decaída e será pecaminosa e jamais será capaz de viver em paz.)
Como “todos” os que têm um cérebro apóiam a globalização no mundo das
pessoas com educação formal, então aqueles que se opõem a ela são vistos
como os não-iluminados que precisam ser reprogramados para o bem de
todos. Embora tenha-se falado sobre a globalização há séculos no
passado, foi apenas nos últimos 100 anos que passos reais em direção à
sua implementação têm acontecido. Aqueles dentre nós que estão
informados pela Bíblia e pelo plano de Deus para a história, são vistos
pelos globalistas como pessoas que estão completamente fora do compasso
da história atual. No curto prazo, esses globalistas estão certos acerca
das tendências atuais, pois a história está se movendo em direção a um
governo global.
Globalização e Babilônia
A Bíblia ensina que, durante a tribulação de sete anos, haverá um
governo global ao menos nos três anos e meio finais. Apocalipse 17-18
nos diz que a globalização babilônica será construída sobre três
plataformas principais: a falsa religião, o comércio e a economia, e o
governo centralizado. Como foi observado acima, isto parece ser
exatamente o caminho que o governo Obama está trilhando agora. “O
processo de globalização está sendo dirigido pelas atividades das
empresas privadas”, diz Rubens Ricúpero, ex-secretário-geral da
Conferência da ONU Sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).[1]
A maioria dos cristãos tem pelo menos uma vaga familiaridade com o
incidente da Torre de Babel, logo depois do Dilúvio, que levou à
pulverização da raça humana em facções. O entendimento tradicional sobre
esses eventos (Gn 10.8-14,30-31; Gn 11.1-9) indica que a edificação da
Torre de Babel corresponde ao início do reinado do homem, com Ninrode,
em Babel (Gn 10.10).[2] Desta forma, Ninrode é visto como o pai do
reinado do homem como veículo de rebelião contra Deus e Seu reino. Foi
neste ponto que Deus julgou o primeiro prédio das Nações Unidas,
confundindo a única linguagem humana em muitas línguas, e estabeleceu a
Instituição Divina da “diversidade tribal” para promover a estabilidade
social.[3] Babilônia será restaurada como cidade durante a Tribulação,
como a sede do globalismo difundido e espalhado. O espírito de Babilônia
está vivo e passa bem nos dias de hoje, como é evidente pelo fato de
que a União Européia construiu o edifício de seu parlamento na forma de
uma Torre de Babel não terminada. A implicação é que a UE terminará o
que Deus proibiu em Gênesis 11.
Conclusão
Obviamente, ainda não estamos vivendo nos tempos da Tribulação
vindoura de sete anos. Mas vivemos, sim, em um tempo em que Deus está
montando o palco para os eventos que acontecerão depois do
Arrebatamento, durante a Tribulação. A globalização é uma daquelas
coisas que caracterizarão a Tribulação. Estamos vendo a globalização se
desenvolver diariamente, em tudo ao nosso redor. O desenvolvimento
contemporâneo do comércio global está na vanguarda das forças que movem a
todos nós naquela direção. Em nossos dias, “a globalização está
acontecendo no comércio do clique do mouse e nas fusões de empresas uma a
uma”.[4] Uma crença atual é que o globalismo é uma força que está se
movendo com tamanho ímpeto que nada nem ninguém poderá impedir seu
sucesso final.
Com Israel de volta à sua terra e a unificação da Europa, Deus está
movendo a história em direção ao tempo em que o Anticristo do Império
Romano Revivido fará um tratado com Israel. Esse acontecimento dará
início à Tribulação de sete anos, que precederá a Segunda Vinda de
Cristo. A Rússia e seus aliados árabes estão posicionados, preparando um
golpe contra Israel. Os inimigos de Israel desde a antiguidade, tais
como Egito, Síria, Babilônia (Iraque) e Pérsia (Irã), também estão
posicionados. Tudo o que está faltando é que aquele indivíduo final, que
está destinado a ser parte do Corpo de Cristo, seja salvo (veja Rm
11.25) e, então, o Arrebatamento acontecerá. Quando aquele que detém o
Anticristo tiver partido daqui (veja 2Ts 2.7), a Tribulação se abaterá
sobre um mundo pronto. Você está preparado para que tais eventos ocorram
rapidamente? Você conhece a Cristo como seu Salvador? Você está vivendo
para Ele hoje? Você está divulgando o Evangelho a todos que estão ao
seu alcance? Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - Chamada.com.br)
Notas:
- Patrick McDowell, “Nations Ponder Globalization” [As Nações Ponderam Sobre a Globalização], The Washington Post, 11 de março de 2000, http://washington post.com/wp-srv/aponline/20000211/aponline040400–000.htm.
- Josephus, Antiquities of the Jews [Antiguidades dos Judeus], I, iv.
- Agradeço a Charles Clough por seu ensinamento sobre essa divina instituição em Laying the Foundation [Lançando os Alicerces] (Lubbock, TX: impresso privadamente por Lubbock Bible Church, [1973], 1977), pp.83-84.
- Patrick McDowell, “Nations Ponder Globalization.”
fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/globalizacao.html
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