O que a Bíblia ensina sobre a doutrina da justificação?
Nenhuma doutrina é mais crucial – nem mais mal interpretada e
negligenciada, mesmo pelos protestantes – do que a doutrina da
justificação exclusivamente pela fé.
A Bíblia ensina que qualquer pessoa que crê simples e verdadeiramente
em Jesus Cristo como seu Salvador pessoal que o livra do pecado, nesse momento é irrevogável
e eternamente justificada. O que é a justificação? A justificação é o
ato de Deus por meio do qual Ele não somente perdoa o pecado dos
crentes, mas também os declara perfeitamente justos por meio da
imputação da obediência e da justiça do próprio Cristo sobre eles,
mediante a fé. Para entendermos melhor, vejamos o seguinte exemplo: se
um tio rico deposita um milhão de dólares na conta corrente de um jovem
sobrinho, o dinheiro agora é propriedade do sobrinho, apesar do jovem
nunca tê-lo adquirido nem trabalhado para ganhá-lo e nem sequer o
merecia. Na justificação, Deus "deposita" a justiça de Cristo na conta
do crente – Ele atribui ao cristão a perfeição moral de Seu próprio
Filho. A justificação é, portanto, um ato perfeito de Deus, e porque é
inteiramente realizado por Deus em sua totalidade, uma vez para sempre,
não se trata de um processo que abarca toda a vida, como no caso da
santificação (crescimento pessoal em santidade de vida).
Os versículos seguintes mostram que a justificação é: (1) o crédito da
justiça com base na fé da pessoa; (2) um ato completo de Deus; (3) algo
que acontece inteiramente à parte dos méritos pessoais ou de boas
obras:
"...Mas ao que... crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça... bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras" (Romanos 4.5-6, ênfase acrescentada).
"Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" (Romanos 3.28, ênfase acrescentada, veja também Filipenses 3.9).
"Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5.1, ênfase acrescentada).
"Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. (Romanos 5.9, ênfase acrescentada; ver Romanos 9.30-10.4; 1 Coríntios 6.11; Gálatas 2.16; 3.8-9, 21, 24).
Infelizmente, alguns católicos têm interpretado mal a posição de
alguns protestantes neste assunto, pensando que a simples concordância
com a doutrina da salvação salva inteiramente e que os protestantes dão
pouca importância às boas obras e à santificação. Pelo contrário, as
Escrituras ensinam claramente que as boas obras e a santificação são de
crucial importância – realmente, é o pleno conhecimento da graça (num
sentido protestante) que produz as boas obras e o crescimento na vida de
santidade (ver Efésios 2.8-10; 1 Pedro 5.12; 2 Pedro 3.18; Colossenses
1.6; 2.23). Mas as boas obras e a santificação nada têm a ver com a
nossa justificação. O que a justificação significa para os protestantes é
que os crentes devem pleitear diante do trono de Deus os méritos de Cristo ao invés dos seuspróprios méritos. Por isso é que os cristãos bíblicos aceitam o "dom da justiça" (Romanos 5.17) e "nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne" (Filipenses 3.3).
Justificação significa que um cristão pode ter a segurança de que, aos olhos de Deus, agora ele possui a perfeita santidade necessária para sua entrada no céu. Por quê? Se a morte de Cristo perdoou todos os pecados e satisfez completamente a pena divina devida por eles, e se Deus declara que os crentes são completamente justos com base na fé em Cristo, nada mais é necessário para
permitir sua entrada no céu. Assim, porque a justificação – i.e, porque
a justiça e os méritos de Cristo são creditados ao crente (no que se
refere a Deus) – o cristão agora possui santidade perfeita nesta vida e a tem desde o momento da
fé salvadora. Não lhe fazem falta os sacramentos, as indulgências, o
rosário ou o purgatório para entrar no céu. Esse é o significado da
doutrina bíblica da justificação.[1]
Uma palavra pessoal aos católicos
Os católicos, talvez mais do quaisquer outras pessoas, crêem que não é
possível ter a segurança da salvação nesta vida (exceto, talvez, em
circunstâncias muito raras). Você tem sido ensinado que a crença na
segurança da salvação é uma "presunção quanto à misericórdia de Deus"[2]
e que o pecado mortal resulta em "eterna separação de Deus", requerendo
a penitência para a restauração.[3] Você tem ouvido acerca dos perigos
pessoais do "triunfalismo", algo que resulta da "segurança de haver sido
salvo", e que é "perigoso [defender] tal posição".[4] Mas a "segurança
de haver sido salvo" é uma doutrinabíblica, como é demonstrado em 1 João 5.13.
Você também sabe que, pelo fato do catolicismo ensinar que um cristão
pode perder sua salvação, essa religião argumenta que "nem mesmo a
fé... ou a conversão... ou a recepção do batismo... ou a constância ao
longo da vida... podem fazer merecer o direito à salvação..." e que
todas essas coisas devem ser consideradas somente como "precursoras para
a obtenção" da salvação.[5]
Entretanto, repetimos que esse não é o ensinamento bíblico. O próprio Jesus ensinou que a fé é que traz o direito à salvação: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poderde serem feitos filhos de Deus" (João 1.12, ênfase acrescentada). A
Bíblia ensina claramente que só pela fé uma pessoa pode saber que é
salva eternamente, porque no momento em que tem a fé salvadora ela ganha
a vida eterna. Você pode saber disso ao confiar de fato em Cristo para o
perdão dos pecados e aceitá-lO como seu Salvador pessoal.
Se você é católico e deseja receber a Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal, queremos animá-lo a fazer a seguinte oração:
Amado Deus, desejo ter uma relação pessoal contigo através da morte
do Teu Filho Jesus na cruz. Apesar de ter crido muitas coisas sobre
Jesus, confesso que nunca O recebi verdadeiramente e de maneira pessoal
como meu Salvador e Senhor. Eu nunca tinha percebido que na realidade a
salvação é um presente que me ofereces gratuitamente. Agora eu recebo
esse presente e creio que Cristo morreu na cruz pelos meus pecados – por
todos os meus pecados. Eu creio que Ele ressuscitou dentre os mortos e
desejo que Ele seja meu Senhor e Salvador, e agora O convido para entrar
em minha vida, fazendo-o Senhor de todas as áreas de minha vida,
inclusive sobre qualquer crença ou prática pessoal que não seja bíblica.
Ajuda-me a dedicar-me ao estudo da Tua Palavra e a crescer como
cristão de maneira que Te honre. Dá-me forças para enfrentar
dificuldades ou rejeições quando precisar tomar posição ao Teu lado. Se é
da Tua vontade e necessário que eu abandone esta Igreja, dirige-me a
uma boa igreja e comunhão cristãs, para que eu possa Te conhecer e Te
glorificar mais. Oro assim em nome de Jesus, confiando que Tu me
guiarás. Amém. (John Ankerberg e John Weldon - http://www.chamada.com.br)
fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/fatos_catolicismo.html
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