por Karl Diestelkamp
Que dor! Que
sofrimento! Que tristeza! Tudo porque alguns na igreja estão
inclinados a seguir por um caminho com "discórdias, dissensões, facções"
(Gálatas 5:20). Geralmente são coisas que se associam para causar
tristeza para o cristão e grande prejuízo ao corpo de Cristo. Quem nunca
viu essas "obras da carne" trabalhando e se intrometendo nas várias
igrejas de Cristo?
A discórdia é
"vã ambição" com o objetivo de ganhar seguidores. Uma pessoa
com o espírito de discórdia está tão tomada de seus desejos pessoais e ambições
que para ela a pureza, a paz e a santidade da igreja podem ser sacrificadas.
A discórdia exige uma "divisão" dos irmãos, e é improvável que
alguém tomado desse espírito esteja disposto a ficar sozinho. Ele buscará
outras pessoas para acompanhá-lo na separação, apoiando sua "posição"
e criando facções sectaristas. O padrão é progressivo. A pessoa
facciosa permanece em meio à igreja enumerando os seus seguidores. Essa
postura, levada à conclusão lógica, traz divisão, a qual leva às facções
estabelecidas, que buscam outras pessoas para integrar a sua "causa".
Nada há mais feio ou
mais prejudicial do que aquele que professa ser um seguidor do Príncipe da Paz
ao mesmo tempo que demonstra uma agressão voluntariosa contra os irmãos.
Os que sectarizam a igreja como em "Eu sou de Paulo, e eu, de
Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo" (1 Coríntios 1:12) são
advertidos: "Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o
destruirá" (1 Coríntios 3:17). O cristão que se envolve com
qualquer uma das obras da carne não apenas se fere, mas prejudica a
igreja. As brigas levam à discórdia, as discórdias levam às dissensões e
as dissensões levam às facções. O resultado é trágico. O avanço do
evangelho é impedido, os fiéis são desencorajados, o irmão fraco é prejudicado
e a desconfiança geral, a intranqüilidade e dúvida predominam. Mas, o que
é mais triste, quase sempre, perdem-se almas!
Quando o homem vai
aprender que a palavra de Deus não reserva nada de bom para aqueles que têm em
mente a "preeminência", os seguidores pessoais, a divisão entre os
irmãos ou a formação de facções no corpo de Cristo? O Espírito Santo é
inequívoco sobre esse assunto. "Evita o homem faccioso, depois de
admoestá-lo primeira e segunda vez" (Tito 3:10). "Noteis
bem aqueles que provocam divisões e escândalos . . . afastai-vos deles"
(Romanos 16:17).
Seria bom que ficássemos avisados sobre algumas das coisas que podem levar à participação nessas impiedades. Nenhum de nós está imune contra a tentação de transformar a popularidade em orgulho, os elogios em transigência, o talento em tirania, as habilidades em vantagem e as aptidões em suposta superioridade. Alguns desejam ser mestres, "não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações" (1 Timóteo 1:7). Outras deviam ter crescido espiritualmente, mas não cresceram (1 Coríntios 3:1-3; Hebreus 5:12-14), permanecendo como crianças, carnais e sem desenvolvimento. Essa paralisia infantil cria um material ideal para o faccioso buscar um adepto. Outros, com falta de coragem ou de convicções, dobram-se aos presbíteros teimosos, "dominadores dos que vos foram confiados" (1 Pedro 5:3), ou a algum Diótrofes autodesignado e servidor de si mesmo, a quem temem que vá expulsá-los da igreja (3 João 9-10).
"De onde me
virá o socorro." Um apelo forte, firme e insistente para um
"assim diz o Senhor" e para um compromisso pessoal com um ato
autorizado, cada um de nós fazendo a nossa parte, fará muito para impedir a
destruição da força e da unidade do corpo. A indiferença, a frouxidão e a
transigência da verdade contribuem para um sementeiro fértil para esses e
outros erros ao passo que a vigilância, o zelo junto com a convicção e a
firmeza impedirão bastante o avanço deles em qualquer igreja ou indivíduo.
Não é provável que qualquer pessoa que verdadeiramente busque em primeiro
lugar o reino de Deus (Mateus 6:33), que ame os santos, seus irmãos, "de
coração . . . ardentemente" (1 Pedro 1:22) e que estime outros
cristãos melhor do que ela (Filipenses 2:3) seja facilmente tomada pela dissensão,
pela discórdia e pelas facções. Isso seria incoerente!
Usando o plano de
Deus, podemos acabar com tal iniqüidade. "Se há, pois, alguma
exortação em Cristo, alguma consolação de amor . . . se há entranhados afetos e
misericórdias . . . penseis a mesma cousa . . . nada façais por partidarismo
ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores
a si mesmo" (Filipenses 2:1-4). A discórdia, a dissensão e as
facções não podem ter sucesso num ambiente desse. Seja forte!
fonte: http://www.estudosdabiblia.net/a11_8.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário