Diante de
qual tribunal você comparecerá? Irá à presença de Jesus Cristo para ser julgado
como um filho amado de Deus e receber seu galardão, ou será levado como um réu
acorrentado para receber sua condenação?
Observe
que o subtítulo oferece apenas duas possibilidades. De acordo com a Palavra de
Deus não existem brechas legais e nem mesmo um advogado experiente poderá
ajudá-lo a escapar do julgamento. É uma coisa ou outra, e ponto final! Todos os
homens que já viveram, ou que ainda nascerão, terão de enfrentar esse dia de
julgamento, do qual não se pode fugir e, não se engane — a justiça perfeita
prevalecerá.
Alguns
irmãos cristãos enganam-se ao ensinar que haverá um único julgamento geral,
porque a Bíblia ensina de modo diverso. Outros estão confusos quanto às várias
ressurreições e sua cronologia, de modo que em um esforço para ajudar a enfocar
melhor o assunto e na esperança de esclarecer os mal-entendidos, oferecemos os
comentários a seguir.
Para que
qualquer posição seja válida, ela deve estar de acordo com as Escrituras e não
contradizer aquilo que é afirmado claramente — porque a Palavra de Deus não se
contradiz, se bem manejada [2 Timóteo 2:15]. Infelizmente, muitos se prendem a
crenças que violam esse princípio. O julgamento único geral de toda a humanidade
é um ponto em foco. A referência seguinte afirma de modo bem claro que os
crentes da Época da Igreja — os cristãos — serão julgados no "Julgamento
do Tribunal de Cristo":
"Porque
todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba
segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal." [2 Coríntios 5:10].
A quem o
apóstolo Paulo se refere aqui? Observe que ele diz "Porque todos
devemos comparecer..." Isto quer dizer todos os homens em toda parte,
sem distinção? Absolutamente não! As regras da gramática — especificamente o
contexto — exigem que analisemos essa declaração antes de nos lançarmos a
conclusões infundadas. A quem se refere o "nós" aqui? Bem, se nos
detivermos para considerar o fato de que esse versículo, ou declaração, é parte
da epístola de Paulo aos crentes em Corinto, a questão se responde por
si mesma! "Nós" aqui inclui Paulo também e, juntamente com o
"todos", restringe a declaração aos crentes — não a toda a
humanidade, como seria o caso para um julgamento geral. Então, quando juntamos
isso com o fato que "tribunal" é bema em grego, descobrimos
uma direção inteiramente diferente para as coisas. O que é bema? A
Concordância Bíblica de Strong diz o seguinte:
Bema, item 968.
Bema, da base do grego 939; um passo,
isto é, por implicação uma plataforma, ou seja, o assento do juiz no
tribunal, colocar [o pé] em, trono. (ênfase nossa).
A imagem
mental que Paulo está projetando para nós diz respeito a um de seus métodos
favoritos de ilustração — o esporte da época — os jogos greco-romanos. Bema
era uma plataforma elevada na qual os juízes das diversas competições atléticas
ficavam para premiar os vencedores. Isso se parece com o assento elevado de um
juiz — alguém que detém o poder da vida e da morte em suas mãos? De forma
alguma! É uma imagem de grande consolação para o cristão, pois combina o
aspecto solene do julgamento com o de uma recompensa em potencial. Nosso
grande, misericordioso e gracioso Deus prometeu que o serviço fiel não ficará
sem recompensa! Observe o que Paulo tem a dizer em 1 Coríntios 3:11-15:
"Porque
ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus
Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata,
pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na
verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará
qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte
permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá
detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo." [ênfase adicionada].
Jesus
Cristo se assentará para julgar as obras dos membros do seu corpo, a Sua noiva,
a igreja, provando-os pelo fogo. Observe a ordem descendente do seu valor
relativo: "Ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha". O
ouro, a prata e as pedras preciosas resistem ao calor, mas a madeira, o feno e
a palha são queimados. O Senhor determina o grau de valor e o fogo revelará o
resultado. Se as obras de um cristão forem inteiramente consumidas no processo
e assim se revelarem inúteis, ele sofrerá a perda de não ser o "vencedor
da corrida", porém sua salvação nunca estará em questão. Esse ponto foi
definitivamente estabelecido na cruz do Calvário.
A igreja
é uma entidade separada de Israel, a mulher infiel de Jeová do Antigo Testamento, e
não devemos confundir a distinção entre elas. Os profetas do Antigo Testamento
não viram a igreja, porque ela era um mistério divino — não revelado nas
Escrituras até que Paulo teve o privilégio de receber essa revelação. Os
profetas viram a igreja, como se fosse um vale entre o topo de duas montanhas,
e viram apenas o reino milenar do Messias. Os santos do Antigo Testamento não
têm parte na igreja porque viveram e morreram debaixo de uma aliança totalmente
diferente — a Lei, e não a Graça. Portanto, outro julgamento será obviamente
necessário para eles, sem mencionar aqueles que serão salvos durante o período
da Tribulação após a igreja ser removida, e então os salvos durante o período do
Milênio!
Neste
ponto provavelmente será útil discutir as ressurreições associadas com o
julgamento. Com base em Apocalipse 20:4-6, muitos (com exceção dos que insistem
em um único julgamento geral) argumentarão que haverá apenas dois julgamentos —
um antes do milênio e outro imediatamente após — o julgamento do "Grande
Trono Branco" de Apocalipse 20:11.
"E
vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi
as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra
de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal
em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil
anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta
é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na
primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão
sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos." [Apocalipse 20:4-6; ênfase
adicionada].
"E
viveram" obviamente denota uma ressurreição, porque eles tinham sido
"decapitados". Essa ressurreição, e não aquela do versículo 5,
tem de ser a "primeira ressurreição", porque a ressurreição dos
perdidos não é com certeza para aqueles "bem-aventurados e santos"
[verso 6]. A estrutura da frase parece confusa, mas o bom senso a esclarece. De
modo que essa "primeira" ressurreição é enfatizada como sendo
distinta daquela na qual os perdidos serão ressurretos no fim do milênio. Mas a
"primeira" ressurreição compreenderá apenas um único acontecimento?
Insistimos que esse não pode ser o caso, porque houve uma ressurreição dos santos
à época da morte de Cristo [Mateus 27:52]. Como, então, devemos encarar isso,
uma vez que há somente duas? Obviamente isso abre um precedente para que os
adeptos dessa posição argumentem contra o arrebatamento da igreja. Dizer que um
evento é "anterior" não o exime necessariamente de conter diversas
partes, porque "anterior" é um termo relativo. A Segunda Guerra
Mundial precedeu a Guerra da Coréia e por isso dizemos que ela aconteceu
"primeiro". Mas um exame mais detalhado mostrará que a Segunda Guerra
Mundial consistiu de pelo menos duas guerras separadas — uma na Europa contra a
Alemanha e outra no Pacífico contra o Japão — com a guerra na Europa terminando
antes da guerra contra o Japão. O mesmo é verdade no que se refere às
ressurreições. A "primeira" ressurreição já teve um de seus elementos
completados, com mais por vir no futuro.
Observe
que Paulo diz aos crentes em 1 Tessalonicenses 3:13 que o Senhor virá "com
todos os seus santos". Isso significa que no arrebatamento, esses santos
do Antigo Testamento ressuscitados com Cristo virão com ele para saudar a
Igreja! Encontramos essa ressurreição em Mateus 27:
"E
eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e
fenderam-se as pedras; e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que
dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição
dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos." [Mateus 27:51-53].
Tecnicamente
falando, Cristo foi ressuscitado primeiro — porque é "o primogênito dos
mortos" [Colossenses 1:18], mas os santos do Antigo Testamento foram
ressuscitados ao mesmo tempo. O tipo no Antigo Testamento para a ressurreição
de Cristo era o molho movido [Levítico 23:10-12] e o uso desse símbolo
definitivamente indica pluralidade.
"Na
verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não
morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto." [João 12:24].
O grão de
trigo (Cristo) foi enterrado e ressurgiu como um molho de muitos grãos. A
interferência é que essa ressurreição "despovoou" o Paraíso de seus
habitantes. (O túmulo, a habitação dos mortos — o sheol em hebraico e o hades
em grego — aparentemente consistia em dois compartimentos: O paraíso, o lugar
para os eleitos de Deus — e o próprio hades, o lugar de tormento. Isso
depreendemos do ensinamento do Senhor com relação ao "homem rico e
Lázaro" em Lucas 16:19-31.
Então, em
Efésios 4:8, o apóstolo Paulo cita o Salmo 68:18 e diz: "Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons
aos homens."
A
ilustração é a de um general conquistador liderando um desfile triunfal na sua
cidade natal para exibir os "despojos de guerra" — o povo tomado
cativo e seus bens. Isso fala do triunfo de Jesus Cristo sobre o pecado e a
morte — aquilo que torna o homem cativo — e assim ele tornou cativo o próprio
cativeiro, libertando os redimidos de suas cadeias. Também precisamos observar
que diz "...e deu dons aos homens." O general triunfante
freqüentemente demonstrava sua generosidade lançando moedas à multidão que o
venerava e até mesmo àqueles que eram seus cativos — assim permitindo-lhes
compartilhar de sua riqueza. O Senhor não somente levou seus santos para o céu,
mas os recompensou graciosamente também.
Assim, ao
voltarmos ao texto em 1 Tessalonicenses, vemos que em alguns versículos
adiante, no capítulo 4, Paulo explica o arrebatamento. O contexto dessas duas
passagens define o que ele queria dizer com "virá com todos
os seus santos" — ou seja, ele está falando dos crentes do Antigo
Testamento. O arrebatamento, que envolve a ressurreição dos "mortos em
Cristo", ocorrerá em seguida, com os santos mortos na Tribulação sendo
ressuscitados posteriormente para completar a "primeira
ressurreição". Os santos do Milênio representam um problema à parte para o
qual não podemos oferecer uma resposta definitiva nas Escrituras. Parece que
tanto (1) nenhum dos eleitos de Deus morrerá durante o milênio, ou (2) se isso
ocorrer, a ressurreição deles terá de ser, necessariamente, a "fase
final" da primeira ressurreição. A longevidade, usufruída pelo homem
anteriormente ao dilúvio, será restaurada durante aquele período [Isaías
65:20], de modo que viver durante os mil anos não está fora de questão.
(Teremos em breve outro artigo para tratar do Milênio em maiores detalhes).
Mas,
voltando ao nosso assunto — Apocalipse 20:4 levanta uma questão interessante,
de modo que vamos ver novamente o que diz ali e depois comentar:
"E
vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi
as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra
de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal
em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante
mil anos."
Agora
João os vê como tendo sido ressuscitados e reinando com Cristo durante o
Milênio. Alguns de vocês provavelmente estarão dizendo: "Mas eu sempre
pensei que a igreja reinaria com Cristo! O que significa isso?" Bem,
"reinar" é de certo modo uma questão de semântica, porque devemos ter
em mente que os doze apóstolos julgarão as doze tribos de Israel durante o
Milênio [Mateus 19:28 e Lucas 22:30]. Eles atuarão como regentes — assim como
aqueles mencionados no versículo acima — e esse é o sentido da palavra grega
traduzida como "reinar".
Basileuo, item 936 na Concordância de
Strong
Basileuo, do grego 935 (basileus);
reger (literal ou figurativamente): rei, reinar (ênfase adicionada).
A igreja,
porém, é exaltada a uma posição muito superior! Lembre-se de que fomos
escolhidos "em" Cristo desde antes da fundação do mundo [Efésios
1:4]. Essa frase "em Cristo" repete-se constantemente no Novo
Testamento e quando consideramos o fato de que a igreja é a noiva de Cristo e
que o casamento faz com que "os dois se tornem uma só carne" [Mateus
19:5-6], o versículo abaixo adquire um significado muito maior:
"Ao
que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu
venci, e me assentei com meu Pai no seu trono." [Apocalipse 3:21].
Somos
co-herdeiros com Cristo, de acordo com o seguinte:
"E,
se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e
co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com
ele sejamos glorificados." [Romanos 8:17].
Ser
co-herdeiro com Cristo obviamente coloca a Igreja muito acima daqueles que
meramente governam e esse pensamento deve nos humilhar grandemente.
Agora que
exploramos o julgamento de Cristo, e quanto ao julgamento dos santos do Antigo
Testamento, do Período da Tribulação, e do Milênio? Em Mateus 25:32 vemos que
quando Cristo separar as "ovelhas dos bodes" na Segunda Vinda, o
contexto do capítulo indica que então haverá o julgamento. Fica claro em
Apocalipse 20:4, referido anteriormente, que os santos martirizados no período
da Tribulação serão ressuscitados nessa ocasião, e terão de ser julgados após
terem recebido seus corpos glorificados [1 Coríntios 15:35-54, explicado em
seguida] para reinar com Cristo durante o Milênio. Os santos que sobreviverem
ao período da Tribulação entrarão no Reino em seus corpos terrenos — mas
e quanto aos santos do Antigo Testamento? Foi-lhes prometido que
compartilhariam do reino milenar do Messias, de modo que a lógica manda que
recebam corpos glorificados e que sejam julgados em algum momento antes de
herdarem o reino. Lembre-se das palavras de Jó: "Ainda em minha carne
verei a Deus" [Jó 19:26], de modo que parece razoável concluir que os
santos do Antigo Testamento receberão seus corpos glorificados e serão julgados
na ocasião da sua ressurreição em Mateus 27:52, ou o serão por ocasião do
julgamento das "ovelhas e bodes" antes do Milênio. Sinto-me inclinado
a crer nesta última hipótese.
A
respeito dos corpos glorificados, na referência anterior a 1 Coríntios, Paulo
declara abertamente que "carne e sangue" não herdarão o reino de Deus
[verso 50]. Em um contexto direto, ele está falando aos cristãos e, no
versículo 51, lança-se imediatamente à revelação do segredo divino — "o
mistério" — com relação ao arrebatamento da igreja. Em Filipenses 3:21,
ele diz o seguinte acerca do que o Senhor fará por nós:
"O
qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da
sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si
todas as coisas." [ênfase
adicionada].
Daí se
origina o termo "corpos glorificados". Enquanto estamos neste corpo
vil — este corpo depravado, caído e pecaminoso — não podemos comparecer
diante de Deus! A santidade de Deus não permitiria isso. Portanto,
precisamos ser "transformados" em um momento, em um "piscar de
olhos" [1 Coríntios 15:52] e receber um corpo perfeito, glorificado,
exatamente igual ao que nosso Salvador tem agora. Embora a Bíblia não declare
especificamente que isso será feito para ninguém além da igreja, parece
razoável concluir que o restante dos santos de Deus terão de passar pelo mesmo
processo antes que lhes seja permitido comparecer à sua presença.
Hebreus
9:27 diz: "E, como aos homens está ordenado
morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo."
Então,
com esse ponto em mente — isto é, que os homens terão de morrer antes de serem
julgados — e quanto aos homens, mulheres, meninos e meninas que sobreviverem à
Tribulação? Todos serão salvos — 100% deles, porque os demais terão sido
julgados e condenados ao inferno — e é possível que muitos, se não todos, vivam
os mil anos completos porque a longevidade será restaurada. Entretanto, existem
aqueles que insistem que o reino será espiritual e que humanos pecadores não
entrarão nele. Para aqueles que têm essa visão, devo fazer a pergunta óbvia: de
que grupo Satanás levantará o seu exército no final dos 1000 anos? Apocalipse
20:8 diz a respeito de Satanás, após ser ele libertado:
"E
sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e
Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em
batalha." [ênfase
adicionada].
A palavra
grega traduzida como "nações" é ethnos e refere-se à raça, ou
etnia. Devemos observar que são nações — plural. Satanás convenceu uma
inumerável companhia de anjos a segui-lo na rebelião antes da criação, mas
dessa vez está claro que trata-se de uma rebelião humana.
Milhões
de crianças sem dúvida nascerão durante esse período de mil anos e é certo que
grandes números crerão em Cristo e o receberão como seu Salvador (mas milhões
de outros, nascidos durante esse tempo, não farão isso e serão esses que
seguirão o Diabo e serão finalmente devorados pelo fogo — Apocalipse 20:9). Quando
os santos do Milênio morrerão e serão julgados? De acordo com Hebreus 9:27, a
morte deve preceder o julgamento, de modo que essa é uma pergunta legítima.
Mais uma vez, devemos "ler entre as linhas" para chegarmos a uma
conclusão. Após a rebelião, Satanás será finalmente e para sempre lançado no
lago de fogo "onde estão a besta e o falso profeta". Lembre-se que a
besta e o falso profeta foram lançados no fogo antes do Milênio e agora a
trindade maligna estará reunida pela primeira vez desde o período da
Tribulação! O versículo 11 fala então do "Grande Trono Branco" onde
Cristo se assentará para o julgamento. Prosseguindo com o versículo 12 lemos:
"E
vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e
abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos
foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas
obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram
os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a
morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E
aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de
fogo."
[Apocalipse 20:12-15, ênfase adicionada].
Minha
opinião é que a aplicação precípua dessa passagem trata dos perdidos de todos
os tempos, por causa da ênfase repetida na palavra "mortos". Essa
interpretação constituiu a crença e o ensino de pastores conservadores por
séculos, mas ficamos com o problema dos santos do Milênio! O que acontecerá com
eles? Permita-me sugerir que outra trasladação instantânea — outro
arrebatamento — poderá ocorrer nesse ponto com os justos eleitos recebendo seus
corpos glorificados e sendo julgados ao mesmo tempo? Observe a construção do
versículo 15 — como deixa aberta a possibilidade de que o nome de alguém seja
encontrado no Livro da Vida.
"E
aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de
fogo."
O
"aquele" é importante, porque caso 100% dos que serão julgados fossem
perdidos, parece provável que o Espírito Santo teria afirmado "Uma vez que
ninguém foi achado..."
Antes que
esqueçamos, observe que o versículo 12 menciona dois tipos de livros: "...
os livros foram abertos e outro livro foi aberto..." O outro livro é
identificado como sendo o livro da vida que contém os nomes de todos os eleitos
por Deus para a vida eterna. Mas o que são os livros, plural? Aparentemente
eles contêm o registro completo da vida de cada indivíduo, de acordo com a
seguinte declaração do Senhor:
"Mas
eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar
conta no dia do juízo." [Mateus 12:36].
Isso se
refere necessariamente aos perdidos, porque a palavra do Senhor em João 5:24
diz:
"Na
verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que
me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte
para a vida."
Deus
julgará as obras de cada crente e concederá galardões se eles forem merecidos,
mas a vida do incrédulo será julgada e a punição aplicada de imediato. Em que
grupo você estará?
Se você
nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele
é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da
Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em
Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a
ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter
a certeza de que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. Se quiser
saber como nascer de novo, vá para nossa Página da Salvação agora.
Esperamos
que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e
advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do
Anticristo, nas notícias do dia-a-dia.
Fale
conosco direcionando sua mensagem a um dos membros da equipe de
voluntários.
Se
desejar visitar o site "The Cutting Edge", dê um clique aqui: http://www.cuttingedge.org
Que Deus
o abençoe.
Autor: Pr. Ron Riffe
Tradução:
Lucia Cortez
Data da
publicação: 23/2/2003
Revisão:
V. D. M. — Campo Grande / MS e http://www.TextoExato.com
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