David M. Levy
A Bíblia é única. Não existe livro no
mundo como ela. Ela cobre um período de 1.600 anos (de 1500 a.C. até 100
d.C.) e foi escrita por 40 homens diferentes de todas as condições de
vida. Alguns eram reis, sacerdotes e profetas; outros eram simples
pescadores e agricultores. Alguns possuíam alto grau de educação formal,
como Moisés e o apóstolo Paulo; outros não tinham nenhuma educação
formal.
Mais de 3.000 vezes, esses homens afirmaram que o que escreviam vinha
diretamente de Deus (Moisés: Êx 17.14; Êx 24.4; Êx 34.27; Paulo: 1Co
14.37; Pedro: 2Pe 1.16-21; João 1Jo 4.6). Tão completamente impossíveis
quanto possam parecer estes fatos, os registros falam por si mesmos.
Jesus declarou que o Antigo Testamento é a Palavra de Deus (Mt
5.17-18; Mt 24.15; Lc 24.44; Jo 10.35). Ele confirmou as autorias de
Moisés, do rei Davi, e dos profetas Isaías e Daniel. Ele validou a
verdade de eventos históricos, tais como a criação de Adão e Eva por
Deus, Noé e o Dilúvio universal, a destruição de Sodoma e Gomorra, e
Jonas sendo engolido por um grande peixe.
Quando tentado pelo Diabo, Ele não respondeu com Suas próprias palavras de sabedoria, mas contrapôs cada tentação com um “Está escrito”, seguido por citações das Escrituras hebraicas (Mt 4.4,7,10).
Em Lucas 4.25-27, Jesus confirmou os milagres divinos registrados na
Bíblia hebraica e, relativamente à revelação do Antigo Testamento, Ele
afirmou: “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra
passem, nem um i ou um til passará da Lei, até que tudo se cumpra” (Mt
5.18). Em outras palavras, Jesus afirmou a inspiração, a infalibilidade e a exatidão das Escrituras hebraicas.
Os livros do Antigo Testamento foram canonizados no decorrer da
história de Israel e divididos em três seções: o Pentateuco (os cinco
Livros de Moisés), os Profetas, e os Escritos. Jesus aceitou essas três
divisões e os livros nelas contidos como a Palavra de Deus (Lc 24.44); e
Ele ensinou a autoridade, a confiabilidade, a unidade, a clareza, a
suficiência, a historicidade, a inspiração, a revelação, a inerrância, a
infalibilidade, e a indestrutibilidade do Antigo Testamento.
Uma maneira segura de se provar a precisão e a veracidade da Bíblia é
analisar as profecias das Escrituras hebraicas. O número de eventos
preditos pelos profetas é enorme, e os próprios eventos são tão
específicos que só poderiam ter sido conhecidos e revelados por Deus.
O pastor e teólogo Mark Hitchcock escreveu:
Diferentemente dos profetas autoproclamados de ontem e de hoje, tais como Nostradamus, Edward Cayce, ou Jeanne Dixon, Jesus e os profetas bíblicos não mascatearam predições tão vagas e gerais que podem se ajustar a qualquer situação. As profecias registradas na Bíblia são muito precisas e tão específicas que, quando cumpridas, fica muito claro que existe algo único e especial sobre elas. (...) Mais de um quarto da Bíblia foi profético no momento em que foi escrito. A Bíblia é um livro de profecias. Ela contém cerca de 1.000 profecias, das quais cerca de 500 já foram cumpridas em seus mais ínfimos detalhes. Com este tipo de registros provados – 500 profecias cumpridas com 100% de exatidão – podemos crer com confiança que as restantes 500 profecias ainda por serem cumpridas também o serão, em seu devido tempo. (...) A profecia é a prova mais digna de crédito com relação à singularidade e inspiração divina da Bíblia. (...) Profecias cumpridas também demonstram que o conteúdo da Bíblia não é obra das mãos de homens, mas, pelo contrário, tem suas origens fora de nosso próprio continuum de tempo e espaço.[1]
Por exemplo, 25 escritores judeus forneceram profecias na língua
hebraica apresentando detalhes da vida e do ministério do Messias. O
Messias é a única Pessoa na história cujos ancestrais, nascimento,
caráter, ensino, carreira, recepção, rejeição, morte, sepultamento e
ressurreição foram descritos previamente, registrados pelo menos 500
anos antes de Seu nascimento. Jesus Cristo se encaixa claramente em
todas as profecias, inclusive naquelas que previram o local do
nascimento do Messias (Mq 5.2; Mt 2.1), a maneira de Sua morte (Is 53.8;
Lc 23.46) e Sua ressurreição (Sl 16.10; At 2.29-32).
Existem também inúmeras profecias relacionadas à ruína de Israel (Dt
28.15-68) e à sua restauração (Ez 36.25-37.28). Algumas já foram
cumpridas e outras serão realizadas.
Como você sabe que a Bíblia que nós temos hoje é a Palavra de Deus?
Uma maneira segura de se provar a precisão e a veracidade da Bíblia é analisar as profecias das Escrituras hebraicas. O número de eventos preditos pelos profetas é enorme, e os próprios eventos são tão específicos que só poderiam ter sido conhecidos e revelados por Deus.
Primeiro, os escribas judeus foram meticulosos em copiarem o texto
hebraico e contavam cada letra que escreviam. Se um erro fosse cometido,
o texto não era corrigido, mas imediatamente descartado. A nação de
Israel colecionou e preservou com exatidão os manuscritos da Lei de
Moisés e dos Profetas através dos séculos (Dt 31.26; 1Sm 10.25; 2Rs
23.24; Ne 9.14,26-30; Dn 9.2,6,13).
Segundo, os Manuscritos do Mar Morto proporcionaram evidências desta
extraordinária preservação. Por exemplo, o Livro de Isaías – descoberto
em sua inteireza dentro dos antigos Manuscritos do Mar Morto, que datam
de 125 a.C. a 100 a.C. – contém o mesmo texto de Isaías que possuímos em
nossa Bíblia hoje.
O mesmo pode ser dito a respeito da inspiração e da infalibilidade do
Novo Testamento, que foi escrito depois que Jesus ascendeu aos céus.
Jesus disse que o Espírito Santo guiaria os apóstolos para escreverem o
conteúdo do Novo Testamento (Jo 14.25-26). O Espírito Santo
supervisionou a revelação que os apóstolos escreveram, fornecendo o
conteúdo e garantindo a precisão do Novo Testamento.
Como cada livro foi selecionado para fazer parte do cânon do Novo Testamento?
Havia pelo menos quatro questões básicas que tinham que ser respondidas com um “sim”:
- Foi escrito por um apóstolo, ou o escritor tinha relacionamento chegado a um apóstolo, como Marcos e Lucas?
- O conteúdo era de alto caráter espiritual, que merecesse estar incluído entre os outros livros escritos pelos apóstolos?
- A Igreja universalmente aceitava o livro?
- O livro trazia evidências internas de ser inspirado?
E o que dizer dos textos variantes no Novo Testamento?
Norman L. Geisler, estudioso da Bíblia, escreveu:
Quando uma comparação dos textos variantes do Novo Testamento é feita com alguns dos outros livros que sobreviveram desde a Antiguidade, os resultados são impressionantes. (...) À luz do fato de que há mais de 5.000 manuscritos gregos, cerca de 9.000 versões e traduções, a evidência em favor da integridade do Novo Testamento está mais que comprovada. (...) Assim, o Novo Testamento não tem apenas sobrevivido em mais manuscritos do que qualquer outro livro da Antiguidade, como também tem sobrevivido de uma forma muito mais pura do que quaisquer outros grandes livros, sejam eles obras sacras ou não, uma forma que é mais do que 99% pura.[2]
Com o passar dos séculos, tanto o Antigo Testamento quanto o Novo
Testamento têm sido submetidos a extensas análises microscópicas
realizadas por renomados cientistas, que se especializaram em história
bíblica, literatura, gramática e arqueologia. Embora alguns críticos
textuais tenham apontado o que eles consideram discrepâncias, erros e
contradições na Bíblia, séculos de análises criteriosas nunca provaram
conclusivamente que o texto bíblico esteja errado. Embora os textos
variantes existam entre as cópias, eles são de pouca importância e se
relacionam à ortografia e à ordem de palavras. Eles não afetam a
doutrina principal das Escrituras.
Ter 40 autores diferentes, durante um período de 1.600 anos, que
escreveram um livro unificado, sem erro nem contradição, é fato único
tanto na história antiga quanto na história moderna.
A Bíblia é única em sua história, mensagem, universalidade,
influência, profecias cumpridas, preservação, poder de transformar
vidas, e testemunho em toda a história. A supervisão e a preservação
providencial de Deus nos dá segurança de que hoje possuímos a Palavra de
Deus verbal, inerrante e infalível. Ela permanece única como o Livro
mais singular de todos os tempos. E assim permanecerá para sempre. (David M. Levy - Israel My Glory -http://www.chamada.com.br)
Notas:
- Mark Hitchcock, The Amazing Claims of Biblical Prophecy [As Fantásticas Afirmações da Profecia Bíblica] (Eugene, OR: Harvest House, 2010), 8.
- Norman L. Geisler e William E. Nix, From God to Us: How We Got Our Bible [De Deus Para Nós: Como Obtivemos a Nossa Bíblia] (Chicago: Moody Press, 1972), 180-181.
fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/singular_palavra_de_deus.html
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