Esta mensagem
lembra muito as palavras do salmista: “Ainda
que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração
e a minha herança para sempre” (Sl 73.26). Quando João Batista recebeu no
cárcere a confirmação de que Jesus Cristo era realmente o Messias aguardado, teve
condições de esperar sua execução sem se desesperar, com o coração consolado.
Em Mateus 11.2-3
lemos: “Quando João ouviu, no cárcere, falar
das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que
estava para vir ou havemos de esperar outro?”
João Batista, cuja
vida apontava para a vinda do Salvador, e, como mensageiro do Messias, tinha a
incumbência de preparar o povo de Israel para receber o Ungido, estava preso
num cárcere. Nessa aflição, enviou dois de seus discípulos a Jesus com a pergunta: “És tu aquele que estava para vir ou havemos
de esperar outro?” De repente, o coração de João começou a ser assaltado
por dúvidas: esse Jesus era de fato o Messias ou eles deveriam esperar outro? Por
que ele começou a duvidar?
Quando viu que Jesus
não libertava os judeus do jugo romano, e quando foi lançado no cárcere e esperava
por sua execução, João Batista começou a duvidar da identidade de Jesus.
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Quando ainda batizava
no Jordão e Jesus veio ter com ele, João
testemunhou com toda a clareza e com certeza inabalável: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29b). “...eu, de fato, vi e tenho testificado que
ele (Jesus) é o filho de Deus”
(v.34). Dois versículos adiante está escrito: “e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!” (v.36). João
não apenas cria em Jesus mas estava plenamente convicto de que esse Jesus era o
Messias, o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus – sem duvidar e sem vacilar!
Esperanças não-cumpridas...
...vêm acompanhadas
de dúvidas. O que João Batista esperava de Jesus? Ele, os discípulos e todo o
povo de Israel esperavam o Messias chegando com poder e glória, libertando Israel
do jugo dos romanos e estabelecendo o prometido reino messiânico. Mas essa expectativa
não estava se concretizando naqueles dias. Ao invés de experimentar triunfo,
alegria e regozijo, João Batista foi preso, jogado no cárcere, subjugado e humilhado.
Por isso, em sua aflição e em suas dúvidas cruéis, João enviou dois de seus discípulos
a Jesus para perguntar se Ele era o Messias prometido.
Seja como for, João
dirigiu suas perguntas à pessoa certa. Ele sabia que somente Jesus poderia fornecer
uma resposta confiável às dúvidas que assaltavam seu coração, dando nova perspectiva
à sua situação nada satisfatória.
Uma resposta maravilhosa e miraculosa
Quando
os dois discípulos, por ordem de João Batista, perguntaram se Jesus era o Messias
prometido ou se deveriam esperar outro, Ele lhes respondeu: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo
e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos
ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho.
E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mt 11.4-6).
Essa era uma resposta
que esclarecia e elucidava o assunto. Mas por que ela foi tão minuciosa e tão
bem explicada? Será que Jesus não poderia ter respondido com palavras mais breves
e mais simples? Por que Ele não disse simplesmente aos enviados: “Digam a João:
sim, eu sou o Messias!” Se Jesus tivesse respondido dessa forma, certamente João
teria ficado satisfeito naquele momento. Mas depois de alguns dias, com a continuidade
de sua aflição pessoal, as mesmas dúvidas voltariam a assaltar sua mente: “Será
que Jesus mentiu para mim? Por que continuo na prisão? O que está acontecendo? Precisamos
esperar por alguém ainda maior que Jesus?” Dúvidas, perguntas, questionamentos
e mais dúvidas, assim como as encontramos com freqüência em muitos casos tratados
no aconselhamento bíblico. E, muitas vezes, o resultado dessas dúvidas e questionamentos
é a revolta contra Jesus! Não foi por acaso que Ele acrescentou à Sua resposta: “E bem-aventurado é aquele que não achar
em mim motivo de tropeço”.
Jesus respondeu
de maneira bem diferente do que nós responderíamos e do que esperaríamos dEle. Sua
resposta consistiu menos de palavras do que de obras. Ele mandou os discípulos olhar
e ver o que estava acontecendo. Jesus também relacionou o que disse às declarações
do profeta Isaías. Este havia profetizado que o Servo do Senhor, o Messias, iria
pregar boas-novas e curar os quebrantados, sarar os cegos e os surdos e proclamar
libertação aos cativos (Is 42.6-7,18; Is 61.1-2). Os dois discípulos de João viram
todas essas coisas acontecendo diante de seus olhos. Mencionando tudo isso, Jesus
deixou claro para João que Ele representava tudo o que havia sido profetizado
acerca do Messias.
O que pesa em seu
coração? Quais os seus questionamentos? Quais as suas dúvidas? O que deixa você
insatisfeito?
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Certeza e confiança através do cumprimento da profecia bíblica
A resposta de Jesus
não foi uma declaração apenas de lábios, não foi um simples sim ou não. Sua resposta
estava embasada em fatos incontestáveis, fatos que permitiam a verificação de
Sua reivindicação de ser o Messias. Essa resposta representava mais do que milhares
de respostas afirmativas:“Sim! Eu sou o Messias!” Agora João tinha certeza absoluta
de que esse Jesus era realmente o Filho do Deus vivo e que ele não precisava esperar
por mais ninguém!
Antes de ser preso,
ele tinha clareza sobre o fato de Jesus ser o Cordeiro de Deus que levaria o pecado
do mundo. Mas quando viu que Jesus não libertava os judeus do jugo romano, e
quando ele mesmo foi lançado no cárcere e esperava por sua execução, começou a
duvidar da identidade de Jesus. Através da resposta dEle, trazida por seus discípulos,
foi reconduzido à sua certeza inicial de que Jesus, e nenhum outro, era o Messias.
Mesmo que suas expectativas
não tivessem se concretizado, mesmo que sua situação pessoal não tivesse mudado
e até piorado, João não se irou contra Deus nem se revoltou contra o Senhor. Ele
estava na prisão e não sabia o que lhe traria o dia de amanhã. Sua incerteza em
relação ao futuro continuava a mesma, mas apesar disso ele tinha condições de
continuar calmo e tranqüilo. Como isso foi possível? Mesmo que a aflição fosse
a mesma, a legítima Palavra de Deus vinda da boca de Jesus lhe concedeu força e
consolo, esperança e certeza! Agora ele podia viver na convicção de que Jesus
era o Messias e que a Palavra de Deus se cumpre – sempre! Diante dessa convicção
nascida na fé, todos os outros assuntos perderam sua importância, e João conseguiu
colocar todas as questões pessoais em segundo plano. Prisão ou palácio, riqueza
ou pobreza, agora apenas uma coisa contava: somente Jesus!
“Não andeis ansiosos
de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições”.
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Quais são as nossas
expectativas? Qual a nossa esperança? O que nós aguardamos? Talvez você esteja
decepcionado porque o Arrebatamento ainda não aconteceu. Você fica irado com Jesus
porque continua desempregado? O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos?
Quais as suas dúvidas? O que deixa você insatisfeito? Jesus diz que “bem-aventurado é aquele que não achar em
mim motivo de tropeço”. Certamente nós também temos muitas razões para estarmos
satisfeitos, tranqüilos e consolados, para sermos gratos. Paulo escreveu palavras
cheias de consolo aos cristãos em Filipos enquanto estava na prisão, não a partir
de um palácio em Roma. Essas palavras até hoje trazem conforto e alento renovado
também a nós, que seguimos o Cordeiro – a cada um de nós pessoalmente, independentemente
das condições em que vivemos e do que estejamos passando: “Alegrai-vos sempre no Senhor;
outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens.
Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam
conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com
ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o
vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.4-7).
Deveríamos confortar
e estimular uns aos outros continuamente com essas afirmações, assim como João
se alegrou sobremaneira com as palavras que Jesus mandou dizer-lhe! Jesus é o
Filho de Deus, Ele cuida de nós, a Palavra se cumpre e Cristo voltará como prometeu
(Jo 14.2-3; veja 1 Ts 4.16-18). Até que estejamos para sempre na glória com
Ele, pratiquemos o que está escrito em Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante
de Deus, as vossas petições...” Então “a
paz de Deus, que excede todo o entendimento” guardará nossos corações e nossas
mentes “em Cristo Jesus” (v. 7). (Thomas Lieth - http://www.chamada.com.br)
fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/certeza_consolo.html
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