Wilma Rejane
Sabemos que o Dia dos Pais é uma data comercial e como cristãos, devemos
remir o tempo, aproveitar as oportunidades para falar do amor de Deus e
do Seu plano salvífico. Assim sendo, Dia dos Pais deixa de ser comércio
para ser regresso. Um regresso ao significado de ser pai. É dia de
ouvir sermões sobre pais perfeitos, modelos,ideais. É dia de ouvir sobre
o que fazer e/ou deixar de fazer para ter um lar abençoado e dentro dos
padrões Bíblicos. É muito bom ter esses parâmetros, viver deles, pois a
Bíblia é a única e verdadeira regra de fé e comportamento deixada por
Deus. E de tão real e verdadeira que é a Bíblia, ela não omitiu o fato
de que mesmo nas famílias de pais tementes e obedientes a Deus,
existiram filhos desobedientes e de comportamento reprováveis. Quem
sabe, esse seja o consolo que muitos pais cristãos precisam: pais que
sofrem a dor e a decepção de terem os filhos desviados do Evangelho.
Há uma galeria considerável de homens tementes a Deus, amados,
obedientes, que viveram conflitos e decepções em seus lares, não
obstante serem exemplos de fé e relacionamento com Deus.
Filho de Isaac: Esaú e sua vida amorosa causou profundo desgosto
aos pais: “ Ora, sendo Esaú da idade de quarenta anos, tomou por mulher a
Judite, filha de Beeri, heteu, e a Besamote, filha de Emon, heteu. E
estas foram para para Isaque e Rebeca uma amargura de espírito” Gênesis
26: 34 - 35. E pensar que Isaac, seu pai, procurou agradar a Deus
escolhendo uma esposa entre seu povo, sob diligente oração.
Filhos de Jacó: Diná, a única filha de Jacó foi estuprada e seus
irmãos Simeão e Levi em vingança matam Siquém (o estuprador) e Hamon
(seu pai). Jacó sofre também com o golpe de seus filhos que movidos por
inveja, vendem o irmão José como escravo e simulam sua morte.
Jó: Era reto, temente a Deus e desviava-se do mal (Jó 1:1).
Constantemente oferecia holocaustos a Deus por seus filhos, porque
temia que não fossem fiéis a Deus ( Jó 1:5) . É um breve exemplo de pai
que ora para manter a paz e harmonia no lar. Mas um dia a tragédia
devastou sua família, estes filhos morreram, ficando ele e a esposa
sozinhos.
Davi: Absalão era seu terceiro filho e tentou usurpar o reinado de seu pai (II Samuel 15), Davi o amava e perdoou a traição.
Não desanime, ainda não acabou...
O bom é saber que enquanto essas desgraças aconteciam, Deus trabalhava
para que as recompensas a esses pais fossem muito maiores do que o
sofrimento familiar. Deus converteu o passado em um futuro de
restituição. De todas as fraquezas surgiram forças capazes de devolver a
alegria e comprovar a fidelidade de Deus.
Quem sabe, esses desertos poderiam ter sido evitados. Ou não. O
inevitável é perceber a providência Divina na vida desses homens,
vejamos:
Filhos de Isaac: Esaú se tornou próspero, pai de príncipes
(Gênesis 36: 40 a 43) e viveu tempo de paz com seu irmão Jacó e seus
pais (Gênesis 33). Jacó foi ainda mais próspero, em todos os sentidos.
Porque Deus é bom e fiel para com os que o amam.
Filhos de Jacó: deram origem a nação de Israel (doze tribos),
foram todos abençoados pelo Pai através de profecias que se cumpriram
(Gênesis 49). Em vida, Jacó vive tempo de grande felicidade familiar ao
reencontrar seu filho José como governador do Egito e reunir a família
em reconciliação (Gênesis 47). Bem aventurado foi Jacó que deixou para
trás um passado de lutas e decepções para viver as promessas de Deus em
seus dias. Porque Deus jamais esquece seus filhos.
Jó: Sobre ele se diz: “O Senhor abençoou o final da vida de Jó
mais do que o início. Ele teve catorze mil ovelhas, seis mil camelos,
mil juntas de boi e mil jumentos. Também teve ainda sete filhos e três
filhas. À primeira filha deu o nome de Jemima, à segunda o de Quézia e à
terceira o de Quéren-Hapuque. Em parte alguma daquela terra havia
mulheres tão bonitas como as filhas de Jó, e seu pai lhes deu herança
junto com os seus irmãos. Depois disso Jó viveu cento e quarenta anos;
viu seus filhos e os descendentes deles até a quarta geração. E então
morreu, em idade muito avançada.”Jó 42:12 a 17. Porque do Senhor é a
terra e a sua plenitude (Salmo 24) e Ele tem poder para devolver em
abundância aquilo que o inimigo roubou.
Davi: Quanta honra a desse pai! Um bem sucedido rei de israel que
antecede a Jesus na genealogia messiânica: “Livro da geração de Jesus
Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” (Mateus 1:1). Davi não
desapareceu nas páginas da Bíblia, da história mundial, ele permanece
como um referencial de fé e coragem de grande amor a Deus. Viveu tantas
lutas, mas apesar das fraquezas anelou por Deus, buscou a Deus como a
maior motivação para sua vida. Teve filhos que o amarguraram, mas na
velhice se alegrou com seu filho Salomão em um reino de paz. Davi viveu o
bastante para testemunhar da fidelidade de Deus agindo em sua vida,
renovando suas forças. Porque “As misericórdias do Senhor são a causa de
não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;Novas
são cada manhã; grande é a tua fidelidade.”Lamentações 3:22-23
Aba Pai
Agora imaginemos Deus: O Pai Perfeito, Aquele que doou as coisas mais
preciosas do mundo para seus filhos, coisas que dinheiro jamais poderá
comprar. Um Pai que abre diariamente seus tesouros de paz, amor,
sabedoria, dons, vida, presenteando seus filhos. E esses filhos, apesar
de tão dependentes, ignoram o Pai, negam-no.
Esse Pai Perfeito também fez um Plano Perfeito para transformar um
passado de angústias. Um plano que restitui até mesmo o futuro porque
concede uma eternidade de glória em um corpo incorruptível. Deus Pai
enviou seu filho Unigênito ao mundo para nos dar uma filiação Divina.
Deus se tornou homem, em Cristo, para que nos tornássemos divinos na
morte. Jesus venceu a morte e nos garante essa mesma vitória. Esse
prêmio é único, de um Pai sem igual, mas tem filhos que O rejeitam.
Deus é o maior modelo de Pai e no Salmo 68:5 diz “Pai de órfãos e juiz
de viúvas é Deus Pai no seu lugar Santo”. Pai se traduz em 'ab (Strong 1): antepassado, provedor, produtor. O Espírito Santo nos ensina a chamarmos Deus de Aba
(Romanos 8:15), é assim que as crianças judaicas chamam seus pais. Esse
Aba Pai é a súplica de um filho que não sabe viver sem o Pai. É a
maneira amorosa de se dizer que Deus é acessível, é antes de nós e
produz em nós a vida.
Aba Pai, como crianças suplicamos: Tua graça, Teu amor porque sem Ti
nada somos. Sem Ti ser Pai seria uma simples nomenclatura, terrena e
falha.
Deus o abençoe
fonte:http://www.atendanarocha.com/2014/08/pai-nosso.html#more
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