O campo de batalhas e a cidade sobre o monte

Wallace Sousa

Esta mensagem foi confeccionada em setembro de 2009, para um pequeno grupo (eu e mais 2 irmãos) e depois para um boletim informativo de Os Gideões Internacionais do Brasil. Mas, esses dias, o Senhor me incomodou para resgatá-la e publicá-la.

Bem, eis a mensagem, e você vai decidir se fiz mal em deixá-la tanto tempo “esquecida” ou se ela deveria mesmo ficar esquecida, e não mereceria ser trazida a lume.

Carregar a cruz não é para qualquer um…

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte. Mateus 7.7

Amados irmãos, paz do Senhor Jesus, nossa viva esperança, não apenas no presente como também no futuro.

Queridos, faz alguns meses que assisti a um filme interessante sobre a 2ª Guerra Mundial, travada entre o Japão e os Estados Unidos, numa pequena ilha do Pacífico chamada Iwo Jima, que significa “ilha de enxofre” ou “ilha vulcânica”. Nessa ilha foi travada uma feroz batalha que ceifou milhares de vidas de ambos os lados, cujas perdas não se podem justificar pelos resultados obtidos.

Os que esperam no Senhor - Isaías 40

 
Wilma Rejane

Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão. Isaías 40:29-31

Você já ouviu falar em Sayeret Matkal?  É uma unidade especial do exército israelense que figura entre as melhores do mundo. Esse exército, trabalha o ano inteiro, nos bastidores, de forma silenciosa e secreta, é convocado apenas para operações especiais, quando o exército comum já esgotou suas forças e recursos. O Sayeret é a força renovada que os inimigos não esperavam encontrar em seu caminho.

Quando colocamos nossa confiança no Senhor Deus, Ele nos capacita  e habilita nas esperas. Porque de todas as formas, fomos chamados a esperar: Estamos sempre aguardando algo, quer seja na dimensão material ou espiritual. Coisas que consideramos importantes para nós e para outros. Esperar é algo que pode cansar e no mundo conturbado, imediatista em que vivemos, esperar pode também significar perder tempo.

A Outra Face de Esaú - Rejeitado Por Deus?

 esaú e isaque
O Antigo Testamento é um texto escrito de um modo sutil, sem muitos detalhes sobre o círculo íntimo da vida dos personagens que apresenta em suas histórias.

Entretanto, quando se refere a Esaú, e sobre como perdera a benção de Isaque para seu irmão Jacó, temos neste episódio uma das cenas mais emocionalmente tocantes do Antigo Testamento.

Jacó, vestido com as roupas de Esaú, toma a benção de seu irmão mais velho. Ele deixa o local onde Isaque, que já não enxergava mais, pois era avançado em idade, estava. Logo em seguida se dá esta cena emocionante:
"E aconteceu que, acabando Isaque de abençoar a Jacó, apenas Jacó acabava de sair da presença de Isaque seu pai, veio Esaú, seu irmão, da sua caça; E fez também ele um guisado saboroso, e trouxe-o a seu pai; e disse a seu pai: Levanta-te, meu pai, e come da caça de teu filho, para que me abençoe a tua alma.

E disse-lhe Isaque seu pai: Quem és tu? E ele disse: Eu sou teu filho, o teu primogênito Esaú. Então estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande, e disse: Quem, pois, é aquele que apanhou a caça, e ma trouxe? E comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o, e ele será bendito.

Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai. E ele disse: Veio teu irmão com sutileza, e tomou a tua bênção.

Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bênção. E perguntou: Não reservaste, pois, para mim nenhuma bênção?

Então respondeu Isaque a Esaú dizendo: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora, meu filho?

E disse Esaú a seu pai: Tens uma só bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai. E levantou Esaú a sua voz, e chorou." Gênesis 27:30-38

Claro que este acontecimento é notável, e emocionante de se ler, porém o que é ainda mais intrigante é a forma que a Bíblia usa a linguagem para descrever esta dramática cena, acentuando-a e potencializando-a. Em geral a Bíblia não revela muitos detalhes, suas descrições são mínimas, especialmente sobre as emoções dos seus personagens.
O Antigo Testamento, é mais como se fosse um rádio do que uma televisão. É convidativo a que seus leitores participem da história, usando de sua imaginação. Mas esta passagem é diferente, em sua expliciticidade e em sua profundidade psicológica do drama de Esaú.
Como expectadores, nós acabamos simpatizando com o caso de Isaque e Esaú. Podemos sentir a surpresa de Isaque ao perceber que havia sido enganado. Nos identificamos também com Esaú, cuja primeira reação não foi de traição ou desejo de vingança, mas de profunda e cortante dor na alma, ("Abençoa-me também a mim, meu pai") .

As Bençãos de Abraão e Jacó e a Benção de Esaú

 esaú e jacó
Jacó está prestes a encontrar com seu irmão Esaú, depois de vinte e dois anos, para enfrentar o constrangimento que o acompanha desde então.

A narrativa se torna cheia de suspense e apreensão pelo que pode acontecer, Jacó está tomado pelo temor do mal que seu irmão pode lhe causar.

Ele divide sua família e seus empregados em dois grupos, assim pelo menos um poderia sobreviver. Ele envia seus familiares a atravessar o Jaboque, envia presentes a Esaú, dobra seus joelhos e ora. É então que uma das cenas mais dramáticas da bíblia acontece:
"Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu. E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele." Gênesis 32:24-25
É muito enigmática esta luta de Jacó com este homem desconhecido, há um mistério intrigante nesta história. Ela acontece à noite e se estende até o amanhecer, sem nenhuma explicação mais detalhada. Nem ao menos o nome do oponente de Jacó é conhecido.
O texto diz que é um "homem"; o profeta Oséias fala de um anjo; Jacó não tem dúvida, era Deus, e chama o local de Peniel, "porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva" Gênesis 32:30.
O evento que acontece no dia seguinte não é menos surpreendente. A narrativa cria uma atmosfera tensa e imprevisível. Logo nos preparamos para um confronto possivelmente violento. Mas quando Esaú aparece, todo temor de Jacó se mostra infundado.
Ele corre, se lança ao pescoço de seu irmão, o abraça fortemente e chora! Toda raiva, rancor, ou desejo de vingança tinham desaparecido da alma de Esaú, o que era muito compatível com o seu caráter, pois Esaú era um homem dado às emoções apenas momentâneas.

A Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal

 a arvore do conhecimento do bem e do mal
Desde o princípio do mundo, a humanidade tem enfrentado, de uma forma ou de outra, as mesmas tentações que confrontaram Ha-adam (Adão) e Ḥavva (Eva).
O Gênesis descreve o desafio que eles passaram para alcançar uma bem-aventurada existência espiritual com Deus o criador, no Jardim do Éden.
Eles foram expressamente proibidos de comer do fruto da עֵץ הַדַּעַת טוֹב וָרָע "Etz Ha-Daat tov Vera", árvore do conhecimento do bem e do mal.
O fruto parecia ser delicioso e irresistível aos olhos de Eva, "E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento" Gênesis 3:6.
Este mesmo desafio por qual passaram Adão e Eva, ecoa e ressoa através do tempo. Cada geração tem a sua própria Etz Ha-Daat tov Vera que muda e varia de interpretação, de acordo com as situações e com o meio em que a humanidade se envolve pela história adentro.
A nossa geração também tem a sua "árvore do conhecimento do bem e do mal" que está sempre nos tentando a provar dos seus frutos ilícitos, com suas "facilidades" e "liberdades", apelos para "pegar um atalho", dar um "jeitinho", ou mesmo curtir "uma onda". E o apelo tem se mostrado tragicamente irresistível para muitos, principalmente para nossa juventude.

Gênesis

 
O Gênesis é o primeiro livro da bíblia. Alef א é a primeira letra do alfabeto hebraico, utilizado originalmente para registrar o Gênesis.

Alef é também a primeira letra usada para se escrever a palavra Deus (אל El). É interessante constatar que o nome do primeiro homem, Adão אָדָם , também começava com a letra alef.

Por isso muitos estudiosos da Torah (os livros de Moisés), acreditam que esta letra representa um paradoxo entre Deus e o homem.

E esta idéia de paradoxo vai para além da letra alef, não ficando restrita a sua forma física, mas também no fato de que alef representa o número 1 (um) e ao mesmo tempo, representa o número 1000 (mil). Então aqui se forma o paradoxo entre unidade e pluralidade, expressado com mais detalhes logo abaixo.

No nível do mundo material, o número um representa o princípio de todos os processos. Tudo tem seu início em 1 (um). Um bom exemplo seria o sistema binário usado nas linguagens de computador.
Todas as mensagens, páginas da internet, vídeos e imagens são transformados em códigos que contém apenas os algarismos zero e um, para que as memórias dos computadores possam entender.
Apesar dessas máquinas computadorizadas parecerem bem complicadas, todos os seus processos se baseiam em séries ilimitadas de zeros e uns. O número um representa o princípio de todas as ações e atos realizados neste mundo físico.
No nível da alma o número um representa o corpo unificado de todos os filhos de Deus, de todo o seu povo. Embora cada um de nós tenhamos a nossa individualidade, formamos em Cristo um único corpo, unidos em espírito. Este é o corpo místico de Jesus, aqueles que crêem no seu nome, formados de um só pensamento e um só espírito.
O poder do povo de Deus vem com a unificação e a reunião de todos os filhos de Deus, que reinarão para sempre com Ele.
Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;

Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós. Efésios 4:3-6

Havia trevas sobre a face do abismo


Wilma Rejane

Ap. 11:1 Então surgirá nas nuvens o Filho de Deus, com poder e glória.

A vida é bela é um filme italiano que retrata o País durante a Segunda Guerra Mundial. O judeu Guido, é mandado para um campo de concentração, juntamente com seu filho, o pequeno Giosuè. Guido é um homem simples, inteligente e espirituoso, um pai amoroso, e graças a isso consegue fazer com que seu filho acredite que ambos estão participando de um jogo, sem que o menino perceba os horrores do holocausto. Em meio à terrível realidade, Guido extraiu beleza para proporcionar felicidade ao filho.

Alguém poderia acusar Guido de irreal e enganoso, porém relembro com ele que a vida é mesmo bela e que é possível do caos fazer viver ou reviver a felicidade: “No princípio criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus haja luz; e houve luz”. Gn 1:1-4.


Há sempre beleza para os que amam, do caos nasceu o Paraíso, não foi assim que surgiu o Éden? Quem poderia imaginar que no sofrimento da Cruz, do Cristo humilhado, ferido e injustiçado estaria a Redenção da humanidade? Quais foram os olhos que viram na fragilidade do Jesus ferido e ensanguentado a minha e a sua salvação? Não desanime diante dos cenários em "holocausto". Confie no Senhor e como Guido, veja beleza através dos olhos da fé. Chame a existência o que está no coração de Deus, porque Ele quer que sejamos felizes.

"Porque eu bem sei os pensamentos que tenho sobre vós, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então me invocareis, e ireis a mim; e eu vos ouvirei. E buscar- me-eis e me encontrareis, quando me buscardes de todo o vosso coração " Jr 29:11-13 

Sei que nesse momento, em todos os lugares do mundo, existem pessoas passando pela "face de abismos", são situações que resultam em tristezas e angústias. E mesmo sabendo o quão falhos e imperfeitos somos, convido-os a crer que Jesus é real e presente e se interessa de modo amoroso, por cada um de nós. O que temos que fazer? Orar, buscar o Senhor com todo o coração, de modo simples e verdadeiro.  Esse gesto de fé promove tranquilidade e paz ao coração.

Peço que se puder, e quiser, assista esse  vídeo testemunho . Jesus foi invocado e veio em socorro a um homem desesperado. A Luz dizimou as trevas do abismo porque para o Filho de Deus, não há distância ou circunstâncias impossíveis.
 
fonte;http://www.atendanarocha.com/2014/02/e-deus-disse-haja-luz-e-houve-luz.html#more

A Sarça Ardente e Moisés - A Sarça Ardia Mas Não Se Consumia

 moisés e a sarça ardente
Moisés está em Midiã, tinha escapado do Egito, onde ele, ao intervir para proteger um escravo Israelita, acabou matando um feitor Egípcio. Moisés se veste, fala e tem a aparência de um Egípcio.
“Um homem egípcio nos livrou da mão dos pastores” Êxodo 2:19, dizem as filhas de Jetro quando Moisés as defendeu do tratamento rude que recebiam de pastores locais.
Ele se casa com uma das filhas de Jetro e se estabelece em Midiã para viver como um pastor. E passa a ter uma vida calma, anônima, longe de Faraó e dos Israelitas.

A Sarça Ardente

Mas essa nova vida, agora passada quase que em câmera lenta, muito característica de interior, repentinamente começa a acelerar e mudar. Moisés estava pastoreando suas ovelhas, e seus olhos captam a visão de um estranho fenômeno:
“E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.

E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima. E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui.

E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.” Êxodo 3:1-6
Deus fala, a Moisés, que Ele tem ouvido o clamor do Seu povo, e que em resposta a esse clamor, e à promessa que havia feito aos patriarcas, Ele traria o fim a essa escravidão. E chama Moisés para lidera-los. O drama do Êxodo está prestes a começar.

A História de Moisés – Tire as Sandálias de Teus Pés

 tire as sandálias de teus pés pois o lugar que pisas é terra santa
Pastoreando as ovelhas de seu sogro, Jetro, Moisés chega ao Monte חֹרֵב Chorev, “Horeb”, também conhecido como Monte Sinai.
Lá, uma estranha aparição chama a atenção de Moisés: uma sarça que mesmo em chamas, não era consumida pelo fogo.
Quando Moisés se vira para ver melhor o que ocorria, uma voz, repentina, começa a falar:
“Moisés, Moisés... Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa.” Êxodo 3:4-5
Em uma análise superficial do texto, percebemos que as primeiras palavras de Deus a Moisés soam um tanto desapontadoras. O episódio da Sarça Ardente é o primeiro encontro entre Deus e Moisés, e é a partir deste encontro que ele é introduzido a sua divina e histórica missão.
Talvez, palavras que o identificassem, como “Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”, fossem mais significantes para o início de um diálogo.
Ou, quem sabe, Deus poderia ter começado, explicando a importância histórica e espiritual da jornada que Moisés estava para começar, liderando o Seu povo para a terra prometida.
Mas essas são apenas especulações humanas. Deus, o Senhor, o Supremo Poder e Conhecimento, sabe de todas as coisas, e Ele tem a sua própria e perfeita maneira de se relacionar com seus servos.
Mas mesmo sabendo disso, ainda assim fica uma indagação sobre essa abertura de conversação que Ele usou para com Moisés.
Porque, então, Deus inicia seu relacionamento com Moisés com esses, aparentemente, estranhos mandamentos “Não te aproximes daqui...Tira as sandálias dos teus pés”? Será que há significados mais profundos para essas palavras?

O rabino Rambam chama a atenção para um grande contraste que emerge dos dois encontros entre Deus e Moisés no Sinai. Um contraste que mostra o crescimento de Moisés no seu ministério profético.
No estabelecimento de sua jornada, Moisés é comandado a não se aproximar da sarça ardente. Tempos depois, entretanto, quando ele retorna ao Sinai, já com os Israelitas que haviam sido libertados do Egito, o Êxodo registra:
“E o povo estava em pé de longe. Moisés, porém, se chegou à escuridão, onde Deus estava.” Êxodo 20:21
A habilidade de Moisés em se aproximar de Deus não surgiu como algo repentino, mas ao contrário, vai se desenvolvendo à medida que sua jornada espiritual progride.

Lançaram sortes sobre as vestes de Jesus


Wilma Rejane

João 19:23-24 "Então os soldados, quando eles tinham crucificado Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, para cada soldado uma parte, e também a túnica. A túnica era sem costura, tecida em uma peça. Pelo que disseram entre si: "Não vamos rasgá-la, mas deitemos sorte sobre ela, de quem será", para que a Escritura se cumprisse : "Eles dividiram minhas roupas entre si, e para a minha túnica lançaram sortes. " Cumprimento da profecia do Salmo 28:11.

Havia uma lei romana que as roupas usadas pelos condenados na hora da execução, se tornavam propriedade dos executores. Assim,os quatro soldados que acompanharam Jesus em sua crucificação, dividiram entre si suas vestes. Um homem judeu, da época de Jesus, normalmente usava quatro peças de roupa: turbante, cinto, túnica e capa externa. A capa externa usada por Jesus, foi confeccionada de forma cuidadosa e especial, de modo a identificá-Lo como um sumo sacerdote. Nela não havia remendos nem costuras laterais. Esse modelo de veste pode ser visto no livro de Êxodo:

"Também farás o manto do éfode, todo de azul. E a abertura da cabeça estará no meio dele; esta abertura terá uma borda de obra tecida ao redor; para que não se rompa. E nas suas bordas farás romãs de azul, e de púrpura, e de carmesim, ao redor das suas bordas; e campainhas de ouro no meio delas ao redor." Êxodo 28:31-33

Esse era o manto usado pelos sumos sacerdotes, autorizados a oferecer sacrifícios a Deus, em favor do povo. Jesus vestia esse manto sem costuras e com franjas nas bordas. A ausência de costuras na peça, indicava integridade espiritual, pureza. As franjas nas bordas era recomendação Divina, para todo israelita. Confeccionada na cor azul e branca, simbolizava o céu. Ao olhar para as franjas, os judeus deveriam recordar de que havia um Deus e seus mandamentos não poderiam ser esquecidos. A diferença entre as bordas das roupas de um judeu comum, para as bordas das roupas do manto dos sacerdotes, estava nos adereços: pequenas campainhas em ouro puro e romãs bordadas, indicando vigilância e suavidade, bálsamo.

Haviam muitos outros detalhes nas vestes sacerdotais, por exemplo o peitoral com pedras preciosas, Urim e Tumim, significando respectivamente Luzes e Perfeição. Essas pedras eram usadas em ocasiões especias para julgamentos, como prova da imparcialidade humana e direção de Deus, as pedras eram lançadas e interpretadas como mensagens de Deus. Não devemos somar ao Urim e Tumim, atributos supersticiosos e aleatórios, foram criados para serem carregados no peitoral dos sumos sacerdotes, como providenciais ordenados e sob responsabilidades sagradas.

Fizemos todo esse passeio pela história do Antigo Testamento, da aliança entre Deus e Israel, para compreendermos o significado das vestes de Jesus, que mereceu destaque em todos os Evangelhos:Mateus 27:35, 36, Marcos 15:24, Lucas 23:34, João 19:23, 24.

A Tragédia de Rúben, Bila, José e Jacó - Relacionamento Entre Pais e Filhos

 josé é vendido por seus irmãos
Rúben é o maior "poderia ter sido" de todo o Pentateuco.

Isso é revelado por seu pai Jacó, em suas últimas palavras, antes de morrer, e em sua benção final, que nos traz uma síntese muito rica da perspectiva que ele enxergava cada um dos seus filhos:

"Rúben, tu és meu primogênito, minha força e o princípio de meu vigor, o mais excelente em alteza e o mais excelente em poder.

Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama." Gênesis 49:3-4

Potencial Não Aproveitado

A vida de Rúben escreve uma história de um enorme potencial não aproveitado, de virtudes não praticadas, de grandeza tão próxima, mas não alcançada. Nesta passagem Vayeshev, nós temos alguns flashes, indicações de como um fracasso desta monta pode ocorrer com um homem que tinha tudo para herdar a liderança de toda uma nação, mas que a deixou escapar.
A Torah parece apresentar a vida de Rúben em uma espécie de descrição "quadro a quadro", mostrando as decisões equivocadas que ele tomou quando foi confrontado com desafios que envolviam ética e moralidade.
A passagem bíblica, usa como plano de fundo os primeiros anos da história de José, filho de Jacó com sua segunda esposa Raquel. Jacó, um homem que naturalmente deixa transparecer seus sentimentos, não consegue evitar de mostrar seu favoritismo por seu filho mais novo, para a decepção geral de seus outros filhos.
A resenha que temos de José, enquanto adolescente, não é muito cativante. Ele conta histórias sobre seus irmãos, ao seu pai. Ele sonha que sua família se curva diante dele, e pior, ele conta estes sonhos, na presença de todos. José acaba assim, por adquirir uma "ar" de criança mimada.
Jacó não só tolera o seu comportamento, como também o presenteia com um manto ricamente decorado, a famosa "túnica de várias cores", uma visão que parecia ser fonte de constante provocação para seus irmãos.
"E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. Gênesis 37:3

E aconteceu que, chegando José a seus irmãos, tiraram de José a sua túnica, a túnica de várias cores, que trazia." Gênesis 37:23

Rúben Salva José da Morte?

A narrativa se aprofunda, e trona-se tensa. Os irmãos de José estão apascentando as suas ovelhas, bem longe de casa. Jacó o envia para ver se estava tudo bem com eles. Todo o futuro dos filhos de Israel estava na dependência de como este encontro se daria.
Os irmãos de José o avistam ainda ao longe, e a visão do manto de muitas cores causa-lhes inveja e muita raiva.
Eles percebem que estando sozinhos, sem ninguém que pudesse testemunhar, poderiam matar José e inventar uma história que não poderia ser contestada. Todos concordam, apenas Rúben levanta a sua voz e protesta.
E é neste ponto, que a Torah (os livros de Moisés), faz algo que não se repete em nenhum outro episódio nas escrituras.
Ela faz uma afirmação, que construída literalmente, não é tão verdadeira como deveria ser - aqui funciona quase que totalmente como uma ironia - "E ouvindo-o Rúben, livrou-o das suas mãos, e disse: Não lhe tiremos a vida" Gênesis 37:21.
Obviamente, Rúben não "salvou" José da fúria de seus irmãos como se supõe que deveria, ao lermos o texto bíblico acima citado.
O que Rúben faz na realidade, é uma tentativa de salvar José das mãos de seus irmãos! A frase "E ouvindo-o Rúben, livrou-o das suas mãos", nos fala daquilo que poderia ter sido, mas que por uma razão ou outra, não foi.
O plano de Rúben era muito simples. Ele pediu que seus irmãos não matassem José, mas que o deixassem morrer em uma cova.
"Também lhes disse Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e não lanceis mãos nele;" Gênesis 37:22
E novamente no texto, acontece algo não usual, pois a Torah não costuma descrever o pensamento de um dos seus personagens, revelando a intenção de Rúben: "[Rúben] isto disse para livrá-lo das mãos deles e para torná-lo a seu pai" Gênesis 37:22.
Rúben não tinha nenhuma intenção de deixar seu irmão morrer. Seu plano era de persuadir seus irmãos a deixar que José ficasse naquele poço, e quando eles se distraíssem e fossem fazer alguma outra coisa, ele voltaria e resgataria a José e o devolveria ao seu pai.
Os acontecimentos seguintes são um tanto obscuros, apesar de irem se tornando mais claros à medida que os fatos se desenvolvem. Enquanto Rúben estava em algum outro lugar, por sugestão de Judá, José é retirado da cova e vendido para uma caravana de mercadores, que o levam para ser revendido como escravo no Egito.
"Então Judá disse aos seus irmãos: Que proveito haverá que matemos a nosso irmão e escondamos o seu sangue? Vinde e vendamo-lo a estes ismaelitas, e não seja nossa mão sobre ele; porque ele é nosso irmão, nossa carne. E seus irmãos obedeceram." Gênesis 37:26-27
Rúben, sem saber do que havia acontecido, retorna ao poço, mas percebe que seu irmão já não estava mais lá, e ele entra em desespero:
"Voltando, pois, Rúben à cova, eis que José não estava na cova; então rasgou as suas vestes. E voltou a seus irmãos e disse: O menino não está; e eu aonde irei?" Gênesis 37:29-30
jacó dá o manto a josé 
José Recebe o Manto de Muitas Cores.


Adão e Eva - Mensagem do Primeiro Casamento Bíblico

  adao e eva primeiro csamento biblico
Deus cria todas as suas criaturas em pares - Macho e Fêmea - exceto o homem. Somente depois que Adão é criado em solidão é que Deus declara:

"Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea [eizer k'negdo, em hebraico] para ele." Gênesis 2:18.

Deus traz os animais até Adão para que ele os dê nomes. E nesse processo, como já previsto, o homem não é capaz de encontrar uma compania pessoal, dentro do reino animal.

A Criação de Eva

Deus, então, faz com que caia sobre Adam אדם [Adão] um sono "pesado" e forma Chava חַוָּה [Eva], de uma porção do corpo de ha-adam, de sua costela, encerrando carne em seu lugar. Quando acorda, Adão proclama:
"Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." Gênesis 2:23-24
O primeiro homem agora toma consciência de que finalmente encontrou a compania que tanto procurava. Esta é a mensagem que a Torah nos traz sobre o primeiro casamento bíblico.
Porém há questões muito mais profundas nesta passagem, que parecem estar intimamente ligadas ao sentido das palavras escolhidas por seu autor. Há perguntas que podemos fazer, neste texto, que trazem significâncias belíssimas para o amor, a união sagrada e eterna entre dois seres.
Deus quer aqui nos ensinar algo realmente profundo, o real significado do casamento bíblico, a volta ao estado original, quando Adão e Eva formavam um só corpo, uma só carne.

Não É Bom Que O Homem Esteja Só

É interessante ver que um Deus Todo Poderoso não pode chegar a percepções atrasadas. Obviamente que Deus sabe desde o princípio que o homem precisava de compania. Porque, então, Deus não criou Eva, ao mesmo tempo que Adão?
O termo em hebraico que Deus usa para descrever a primeira mulher, uma ajudadora idônea, [em hebraico eizer k'negdo], é também profundamente intrigante, e até mesmo auto-contraditório.
A palavra eizer significa ajuda, enquanto que k'negdo - que vem da raiz hebraica neged - significa em oposição.
Assim, porque Deus criaria uma "ajuda em oposição" a Adão? Qual mensagem estas palavras querem nos passar, no que diz respeito a parceria estabelecida entre o homem e a mulher? E finalmente, porque Deus põe os animais diante de Adão para serem nomeados, justamente neste contexto de percepção da solidão do homem?
Deus sabe que Adão não irá encontrar compania no reino animal. O que Ele quer que aprendamos com isso, qual seria então o propósito deste exercício?

A Origem da Queda do Homem - Eva, a Serpente e o Fruto Proibido

 adao e eva no jardim do éden
"E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,

Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" Gênesis 2:16-17.

"E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus:

Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais (do hebraico pen-namut פן־נמות)" Gênesis 3:2-3.
Sempre que o Gênesis repete uma conversação ou um evento, é motivo para vermos uma sinalização importante no texto. Tendo em consideração que tudo o que foi escrito na bíblia tem um propósito, podemos acreditar que existe uma camada de interpretação muito poderosa por de trás das redundâncias bíblicas.
Assim, se compararmos a ordem que Deus deu a Adão, para não comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, com a resposta que Eva deu à serpente, teremos bons e tênues indícios da origem da queda do homem, que nos trazem importantes ensinamentos e significantes mensagens.
A Torah registra duas versões do mandamento divino dado ao homem. Primeiramente, encontramos este mandamento em sua forma original, quando Adão o recebeu diretamente do Criador. Mais tarde, na história da criação, Eva o repete para a serpente, revelando algumas inconsistências no seu entendimento.
Com isso, qual seria a necessidade dessas duas versões serem registradas com todos os detalhes? Não seria muito mais simples a Torah afirmar "e Eva repetiu o mandamento divino para a serpente"?

 

A salvação é somente pela fé ou pela fé mais as obras?

 
Pergunta: "A salvação é somente pela fé ou pela fé mais as obras?"

Esta talvez seja a mais importante pergunta em toda a Teologia Cristã. Esta pergunta motivou a Reforma: a separação entre a igreja Protestante e a igreja Católica. Nesta pergunta está a diferença crucial entre o Cristianismo Bíblico e a maioria dos cultos “Cristãos”. A salvação se dá somente pela fé ou pela fé mais as obras? Sou salvo apenas por crer em Jesus ou tenho que crer em Jesus e fazer certas coisas?

A questão da fé somente ou fé mais as obras se faz difícil por causa de algumas passagens bíblicas de difícil correlação. Compare Romanos 3:28, 5:1 e Gálatas 3:24 com Tiago 2:24. Há quem veja uma diferença entre Paulo (a Salvação é somente pela fé) e Tiago (a Salvação é pela fé mais as obras). Na verdade, Paulo e Tiago, de maneira alguma, discordam entre si. O único ponto de discordância que alguns afirmam existir é a respeito da relação entre fé e obras. Paulo dogmaticamente diz que a justificação se dá somente pela fé (Efésios 2:8-9) enquanto Tiago aparentemente está dizendo que a justificação é pela fé mais as obras. Este aparente problema é resolvido ao examinarmos com precisão sobre o que discorre Tiago. Tiago está negando a crença de que a pessoa possa ter fé sem produzir quaisquer boas obras (Tiago 2:17-18). Tiago está enfatizando o argumento de que a fé genuína em Cristo produzirá uma vida transformada e boas obras (Tiago 2:20-26). Tiago não está dizendo que a justificação se dá pela fé mais as obras, mas, ao invés disso, diz que a pessoa que é verdadeiramente justificada pela fé produzirá boas obras em sua vida. Se uma pessoa afirma ser crente, mas não produz boas obras em sua vida - então ela provavelmente não tem fé genuína em Cristo (Tiago 2:14, 17, 20, 26).

Paulo escreve o mesmo. O bom fruto que os crentes devem produzir em suas vidas é citado em Gálatas 5:22-23. Logo depois de nos dizer que somos salvos pela fé, não por obras (Efésios 2:8,9), Paulo nos informa que fomos criados para as boas obras (Efésios 2:10). Paulo espera tanto de uma vida transformada quanto Tiago. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Coríntios 5:17)! Tiago e Paulo não discordam em seus ensinamentos sobre a salvação. Eles abordam o mesmo assunto sob diferentes prismas. Paulo simplesmente enfatizou que a justificação vem somente pela fé enquanto Tiago enfatizou o fato de que a fé em Cristo produz boas obras.

www.gotquestions.org/Portugues/somente-a-fe.html

É a Bíblia verdadeiramente a Palavra de Deus?


Pergunta: "É a Bíblia verdadeiramente a Palavra de Deus?"

Resposta:
Nossa resposta a esta pergunta não irá apenas determinar como vemos a Bíblia e sua importância para nossas vidas, mas também, ao final, provocar em nós um impacto eterno. Se a Bíblia é de fato a palavra de Deus, devemos então estimá-la, estudá-la, obedecer-lhe e nela confiar. Se a Bíblia é a Palavra de Deus, dispensá-la, então, é dispensar o próprio Deus.

O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidência e exemplo de Seu amor por nós. O termo “revelação” significa simplesmente que Deus comunicou à humanidade como Ele é e como nós podemos ter um correto relacionamento com Ele. São coisas que não poderíamos saber se Deus, na Bíblia, não as tivesse revelado divinamente a nós. Embora a revelação de Deus sobre Si mesmo tenha sido dada progressivamente, ao longo de aproximadamente 1500 anos, ela sempre conteve tudo que o homem precisava saber sobre Deus para com Ele ter um bom relacionamento. Se a Bíblia é realmente a Palavra de Deus, é portanto a autoridade final sobre todas as questões de fé, prática religiosa e moral.

A pergunta que devemos fazer a nós mesmos é: como podemos saber que a Bíblia é a Palavra de Deus e não simplesmente um bom livro? O que é único sobre a Bíblia que a separa de todos os outros livros religiosos já escritos? Existe alguma evidência de que a Bíblia é realmente a Palavra de Deus? Estes são os tipos de perguntas que merecem análise se formos seriamente examinar a afirmação bíblica de que a Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e prática.

Quais são os atributos de Deus? Como é Deus?

 
Pergunta: "Quais são os atributos de Deus? Como é Deus?"

A boa notícia, quando tentamos responder a esta pergunta, é que há muito que pode ser encontrado sobre Deus! Aqueles que examinarem esta explicação podem achar melhor ler o texto inteiramente; depois voltar e procurar pelas passagens Bíblicas selecionadas para elucidação. As referências às Escrituras são completamente necessárias, porque sem a autoridade da Bíblia, este monte de palavras não seria nem um pouco melhor do que a opinião dos homens, a qual por si só é quase sempre incorreta para entender Deus (Jó 42:7). Nem precisamos dizer o quanto é importante para nós tentarmos entender a natureza de Deus! Se não o fizermos, provavelmente vamos nos levantar, procurar e adorar falsos deuses contrários a Sua vontade (Êxodo 20:3-5).

Apenas o que o próprio Deus escolheu de Si mesmo para ser revelado pode ser conhecido. Um dos atributos ou qualidades de Deus é “luz”, o que significa que Ele próprio Se revela (Isaías 60:19, Tiago 1:17). A realidade de que Deus revelou conhecimento sobre Si próprio não deve ser negligenciada, a fim de que nenhum de nós perca a oportunidade de entrar em Seu descanso (Hebreus 4:1). A Criação, a Bíblia e o Verbo feito carne (Jesus Cristo) irão nos ajudar a entender como é Deus.

Vamos começar por entender que Deus é nosso Criador e que nós somos parte da Sua criação (Gênesis 1:1; Salmos 24:1). Deus disse que o homem é criado a Sua imagem. O homem está acima do resto da criação e recebeu domínio sobre ela (Gênesis 1:26-28). A criação se deteriorou pela 'queda', mas ainda assim nos dá um flash, uma rápida idéia da obra de Deus (Gênesis 3:17-18; Romanos 1:19-20). Considerando a vastidão, complexidade, beleza e ordem da criação, nós podemos ter uma idéia da grandiosidade e magnificência de Deus.

Deus existe? Existem evidências da existência de Deus?

 
Pergunta: "Deus existe? Existem evidências da existência de Deus?"

Deus existe? Eu acho interessante o fato de se dar tanta atenção a este debate. As últimas pesquisas nos informam de que mais de 90% das pessoas no mundo de hoje acreditam na existência de Deus ou de algum poder superior. Mesmo assim, de alguma forma, a responsabilidade de provar que Deus realmente existe é posta sobre aqueles que acreditam que Deus existe. Para mim, deveria ser o contrário.

No entanto, não se pode provar ou deixar de provar a existência de Deus. A Bíblia até mesmo diz que nós devemos aceitar por fé o fato de que Deus existe: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6). Se Deus assim o desejasse, Ele poderia simplesmente aparecer e provar para o mundo inteiro que Ele existe. Mas se Ele fizesse isso, não haveria mais necessidade de existir fé. “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:29).

O que a Bíblia diz sobre o purgatório?

 
Pergunta: "O que a Bíblia diz sobre o purgatório?"

De acordo com a Enciclopédia Católica, o purgatório é “um lugar ou condição de punição temporal para aqueles que, deixando esta vida na graça de Deus, não estão inteiramente livres de erros veniais, ou não pagaram completamente a satisfação devida pelas suas transgressões”. Para resumir, na teologia católica, o purgatório é um lugar para onde uma alma cristã vai depois da morte, a fim de ser purificada dos pecados que não foram completamente pagos durante a vida. Esta doutrina do purgatório está de acordo com a Bíblia? Absolutamente não!

Jesus morreu para pagar por todos os nossos pecados (Romanos 5:8). Isaías 53:5 declara: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Jesus sofreu pelos nossos pecados para que nós fossemos livrados do sofrimento. Dizer que nós também devemos sofrer pelos nossos pecados é dizer que o sofrimento de Jesus foi insuficiente. Dizer que nós devemos pagar pelos nossos pecados nos purificando no purgatório é negar a suficiência do pagamento feito pelo sacrifício de Jesus (I João 2:2). A idéia de que nós temos que sofrer pelos nossos pecados após a morte é contrário a tudo o que a Bíblia diz sobre a salvação.

O que acontece quando bebês e crianças pequenas morrem?


Pergunta: "O que acontece quando bebês e crianças pequenas morrem? Onde encontro a idade de responsabilização na Bíblia?"

A Bíblia nos diz que mesmo se um bebê ou criança não cometeu pecado pessoal, todas as pessoas, incluindo bebês e crianças, são culpadas diante de Deus por causa do pecado herdado e imputado. Pecado herdado é aquele que é passado adiante pelos pais. Em Salmos 51:5, Davi escreveu: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” Davi reconhecia que, mesmo na concepção, já era pecador. Até mesmo o fato de que bebês morrem demonstra que até bebês são influenciados pelo pecado de Adão, já que as mortes física e espiritual foram o resultado do pecado original de Adão.

Cada pessoa, bebê ou adulto, é culpada diante de Deus; cada pessoa tem ofendido a santidade de Deus. A única forma que Deus pode ser justo e ao mesmo tempo justificar uma pessoa é só quando aquela pessoa recebe perdão através de fé em Cristo. Cristo é o único caminho. João 14:6 registra o que Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” Pedro também disse em Atos 4:12: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” Salvação é uma escolha individual.

Caim e Abel - Violência em Nome de Deus?

 caim e abel a violência em nome da religião
Após ter criado o universo, cheio de ordem e luz, Deus vê os seres humanos, sua mais preciosa criação, transformá-lo em um lugar de caos e trevas.

"Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração" Gênesis 6:6.

Religião e violência estão ligados desde o princípio da história da raça humana. Os primeiros dois filhos de Adão e Eva, Caim e Abel, trazem uma oferta a Deus.

A oferta de Abel é aceita, a de Caim não é. O primeiro ato de culto leva ao primeiro assassinato. Religião tem a ver com muitas coisas, menos com segurança.
No melhor dela, pode levar os seres humanos a se tornarem "um pouco menor do que os anjos", Hebreus 2:7. Mas no seu pior, pode levá-los a serem a mais poderosa arma de destruição de vidas no mundo.

Religião e Violência

Rene Girard, filósofo e historiador francês, estudioso do mimetismo, a origem da violência humana, considera que a religião foi criada na tentativa de afastar a violência de um determinado grupo, fazendo-a recair sobre um indivíduo de fora deste grupo.
Para Girard, o ato mais primitivo da espécie humana é o sacrifício humano, que constituía a figura muito conhecida do "bode expiatório".
Pensadores pós-modernistas vão além, e acreditam que o ato próprio da definição de si mesmo, envolve primeiro a criação do "outro" . Para que exista um "nós", tem que existir um "eles" - aquelas pessoas que não são como nós somos, que não tem a mesma filosofia de vida, nem os mesmos valores que temos.
extremista homem bomba no afeganistão 
Atentado Suicida No Afeganistão, em Nome da Religião.

Assim, a humanidade se divide entre os "amigos" e os estranhos, os "irmãos" e os demais. E nós, quase que sem pensar, passamos a projetar os nossos medos sobre as pessoas que não são como nós.
Eles passam a ser vistos como "ameaçadores", hostís e demoníacos. Muitas vezes o processo de auto-definição envolve exclusão, que leva à violência (física ou moral), e as religiões, de uma maneira geral pelo mundo afora, estão cheias de fundamentos que hostilizam aqueles que não se identificam com seus "princípios".
A abordagem do Gênesis sobre este tema é ao mesmo tempo simples e profundo. Lendo a história de Caim e Abel, frequentemente nós nos perguntamos: Porque Deus aceitou a oferta de Abel, e não a de Caim? Não foi a escolha de uma ao invés da outra que motivou a violência de um irmão para com o outro?

E Falou Caim Com Seu Irmão Abel

  caim falando com abel
“E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.” Gênesis 4:8

A história da segunda geração da raça humana se revela tragicamente. Caim קַיִן (Kayn) e Abel הֶבֶל (Hevel), os filhos de Adão e Eva, trazem cada um a sua oferta a Deus.

Deus aceita a oferta de Abel, mas rejeita Caim e seus esforços. Incapaz de lidar com rejeição divina, aparentemente sem razão, um furioso Caim emerge, ataca e mata o seu irmão, eliminado para sempre o seu rival em potencial.
Deus, em resposta a este terrível homicídio, decreta que Caim viveria, apartir de então, exilado, expulso da convivência social da época.
Analisando o texto de Gênesis 4:8, podemos perceber que há uma omissão intrigante, notadamente logo no momento clímax da história dos dois irmãos. A Torah afirma, “E falou ( ויאמר va'yomer ) Caim com o seu irmão Abel”, porém não é registrada nenhuma pista do conteúdo da conversa ocorrida entre os filhos de Adam e Chava.
E o que Caim teria dito a Abel? Porque o Gênesis inicia essa conversação, mas não faz o seu registro por completo? Note que em hebraico temos duas palavras que possuem o significado da palavra "falou", va'yedaber e va'yomer.
A palavra hebraica va'yedaber (falou) é usada para simplesmente informar que uma conversa foi iniciada. Mas no texto em estudo, a palavra utilizada é va'yomer (falou), que na Torah sempre se refere a um tipo específico de comunicação verbal, e que invariavelmente é seguido pelo texto da conversa em questão.
Mas nesta passagem, o texto da possível conversa que teria ocorrido entre Caim e Abel, não é registrado. Qual seria o motivo?

 

Uma dose diária de coragem - Atos 23:11

 
Wilma Rejane
O Senhor, pondo-se do lado dele disse: Coragem! At 23:11

Esse verso do livro de Atos, me fez parar e refletir sobre o valor da coragem e a fidelidade de Deus. Paulo havia sido encarcerado e aguardava sentença , os fariseus conspiravam contra ele e no meio da noite o Senhor Jesus lhe aparece com essa palavra: “ Paulo, você não está sozinho estou contigo, coragem”! Creio que após ouvir isso, o apostolo recobrou as forças e fortaleceu a fé. Tenho trazido a memória essa palavra, porque é necessário manter a coragem diante dos problemas e do cotidiano.

Pv 24:10: Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena.

A palavra coragem, tem origem em uma língua pré-histórica e hipotética, era falada por guerreiros conquistadores. Coragem vem de cor e coração. O idioma latino, originado do indo-europeu, revela que a palavra cor indica: ânimo, disposição, qualidade espiritual de bravura e tenacidade. Coragem está diretamente ligada a "cor do coração" ânimo do ser, da alma, do entendimento.

A Escravidão dos Hebreus no Egito

a escravidao dos hebreus no egito
O cumprimento do plano divino para os filhos de Israel, como foi prometido a Abraão, está no coração do texto que abre a primeira porção (parasha), do livro do Êxodo.
A promessa recebida pelo pai da fé dizia que Israel se tornaria em uma grande nação e que herdaria a terra de Canaã.
E somos logo informados de que embora os filhos de Jacó fossem apenas setenta pessoas quando desceram ao Egito, “os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.” Êxodo 1:7
Os Israelitas, que foram inicialmente bem-vindos ao Egito na era patriarcal, agora começam a experimentar uma dolorosa mudança após a morte de José. Um novo Faraó inicia uma campanha de perseguição aos descendentes de Jacó, transformando-os em um grupo de escravos.
Faraó elabora um malicioso plano, detalhado em várias fases, para destruir os filhos de Israel, que são lentamente roubados de seu senso de valor próprio, da sua autoconfiança, sendo transformados inconscientemente em participantes de sua própria escravização.

E Viu Deus que Era Bom, Gênesis 1:10

 ceu e terra
Deus olha a obra de suas mãos, em vários pontos do processo da criação, e o Gênesis declara:

"E viu Deus que era bom" Gênesis 1:10.

Entretanto, esta frase que é completamente omitida no segundo dia da criação, é mencionada duas vezes no terceiro dia, e está notavelmente ausente no grande evento da criação do homem.

E no fim dos seis dias da criação do mundo físico, a Torah afirma:
"E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom" Gênesis 1:31
Cada palavra escrita na bíblia foi divinamente escolhida para transmitir uma idéia, um ensinamento, uma lição essencial de vida. "E viu Deus que era bom", tem em si mensagens muito significantes para nós. Como sempre, a palavra de Deus abre um leque de boas possibilidades.
Mas qual seria a mensagem que o Gênesis quer nos mostrar nesta passagem? Que idéias estariam presentes neste pequeno texto, mas de dimensões espirituais enormes?
Quando nós humanos produzimos alguma coisa, frequentemente temos que parar, voltar e revisar todo o processo para sabermos se o que estamos produzindo se adequa à nossa intenção. Mas para Deus, que tudo sabe e que conhece o final de tudo antes mesmo de começar, revisar é algo totalmente desnecessário.
O Deus perfeito não comete erros, tudo é feito conforme a sua vontade. Como Ele poderia então primeiro criar, e só depois ver e se certificar que sua criação era boa? E há ainda o fato de que esse reconhecimento (E viu Deus que era bom) não é usado consistentemente no texto. Será que essas variações querem nos transmitir algo importante?

Bem e Mal - Quem Decide?

 caminho do bem e do mal
Deus cria o homem e o coloca no jardim do Éden. Cercado de abundante e maravilhoso esplendor verde, em um complemento perfeito.

Havia também duas árvores excepcionais que foram plantadas no jardim, a Árvore da vida, e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.

Deus incentiva o homem a comer de todos os frutos do jardim, mas especificamente, com instruções claras, proíbe Adão de comer do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.

Enganada pela serpente, Eva come do fruto proibido e convence Adão de fazer o mesmo. Adão e Eva são punidos e exilados do jardim.
Há muitas questões que envolvem a natureza do fruto proibido, e o que ele representaria na história da queda do homem. É difícil e ao mesmo tempo intrigante, saber o motivo da proibição aos primeiros seres humanos, da aquisição do conhecimento do bem e do mal.
Afinal de contas, que tipo de conhecimento estava associado com a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal? Que razões Deus teria para conservar este conhecimento restrito ao Seu domínio?

O Fruto Proibido

Abravanel (1437 – 1508), filósofo, judeu Português, comentarista da Torah, dizia que o conhecimento representado pelo fruto proibido, nada tinha a ver com o conhecimento básico da moralidade. O conhecimento moral, insistia ele, é essencial para que existisse liberdade de escolha, por isso já fazia parte da consciência humana desde a sua criação.
Abravanel sugeria que o fruto da Árvore estava em íntima conexão com a busca pelo prazer físico e ganho material. Quando Adão e Eva comem da Árvore, eles deixam a missão original que Deus os havia dado.
Eles deixam para trás a busca pela perfeição espiritual e se lançam em um mundo imerso no materialismo. De acordo com Abravanel, a narrativa bíblica sobre a desobediência de Adão e Eva, nos exorta a mantermos a perspectiva correta em nossas vidas, ao resistir as tentações do mundo físico, e ao nos dedicarmos a uma profunda busca pelo que é espiritual.

A constante esperança de Jó



Wilma Rejane

O livro de Jó traz um dado curioso, a palavra esperança aparece mais do que em qualquer outro livro da Bíblia. Quais seriam as esperanças de um homem arrasado por um turbilhão de acontecimentos catastróficos? Morte dos filhos, perda dos bens e da saúde. Solidão e dor. Como olhar para um futuro próspero, com o presente destruído? Jó fora consolado por sua esperança, uma expectativa cultivada por ele mesmo, porque ninguém mais foi capaz de lhe proporcionar tal consolo.

Jó tinha convicção de que apesar dos dias de luto, e da incompreensão do sofrimento que lhe sobreveio, Deus poderia mudar sua sorte. Assim, ele apela para o tribunal Divino, quer ouvir de Deus uma sentença de libertação da dor, e mesmo quando fala na morte mantém a esperança na misericórdia Divina. Ele retira forças da dor e declara que a morte não o vencerá,  sua esperança se cumprirá:

" Quem dera que as minhas palavras fossem escritas! Que fossem gravadas num livro! Que, com pena de ferro, e com chumbo, fossem para sempre esculpidas na rocha! Pois eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra . E depois de consumida esta minha pele, então fora da minha carne verei a Deus; vê-lo-ei ao meu lado, e os meus olhos o contemplarão, e não mais como adversário. O meu coração desfalece dentro de mim!" Jó 19:23-27

Um coração despedaçado, contudo em oração constante, regado por esperança. E por que conhecemos a história desse servo valoroso de Deus? Porque suas palavras, foram escritas no livro Sagrado de Deus, na Bíblia. O Redentor se apresentou para Jó, o levantou do pó e o reergueu. E ele viu a Deus com os próprios olhos, O contemplou em vida : "Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos." Jó 42:5. Deus ouvia a Jó e cumpriu suas petições.

Os ecos do mundo

De forma explicita a palavra esperança, aparece pelo menos oito vezes nos relatos de Jó, de forma implícita, podemos dizer que a esperança é constante nas palavras de Jó, nos diálogos com os amigos Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú. Estes procuravam a causa do sofrimento de Jó, acusando-o de pecador. Buscavam de todas as formas desfalecer a esperança de Jó, porque não conseguiam ver outro desfecho para ele, além da morte:


Bildade: “ São assim as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; a esperança perecerá” (8:13).

Jó: “Onde está a minha esperança? Quem poderá ver alguma esperança para mim? (17:15).

Quantas pessoas hoje não vivem ou já viveram situações semelhantes a de Jó? De sofrimento profundo, perdas de pessoas amadas, status social, amigos, bens. Deus deixou que a história de Jó fosse escrita e conhecida para devolver ânimos e esperança aos que atravessam vales escuros. Jó se agarrou a esperança, como um náufrago se agarra ao bote salva vidas. Ele conservou a fé na fidelidade Divina, mesmo quando os martelos da sentença de morte ecoavam em seus ouvidos.
Clique aqui para colocar este site aos seus favoritos!