Deus cria o homem e o coloca no jardim do Éden. Cercado de abundante e maravilhoso esplendor verde, em um complemento perfeito.
Havia também duas árvores excepcionais que foram plantadas no jardim, a Árvore da vida, e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.
Deus incentiva o homem a comer de todos os frutos do jardim, mas especificamente, com instruções claras, proíbe Adão de comer do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.
Enganada pela serpente, Eva come do fruto proibido e convence Adão de fazer o mesmo. Adão e Eva são punidos e exilados do jardim.
Havia também duas árvores excepcionais que foram plantadas no jardim, a Árvore da vida, e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.
Deus incentiva o homem a comer de todos os frutos do jardim, mas especificamente, com instruções claras, proíbe Adão de comer do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.
Enganada pela serpente, Eva come do fruto proibido e convence Adão de fazer o mesmo. Adão e Eva são punidos e exilados do jardim.
Há muitas questões que envolvem a natureza do
fruto proibido, e o que ele representaria na história da queda do homem.
É difícil e ao mesmo tempo intrigante,
saber o motivo da proibição aos primeiros seres humanos, da aquisição do
conhecimento do bem e do mal.
Afinal de contas, que tipo de conhecimento estava
associado com a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal? Que razões Deus
teria para conservar este conhecimento
restrito ao Seu domínio?
O Fruto Proibido
Abravanel (1437 – 1508),
filósofo, judeu Português, comentarista da Torah, dizia que o
conhecimento representado pelo fruto proibido, nada tinha a ver com o
conhecimento básico da moralidade. O conhecimento moral, insistia ele, é
essencial para que existisse liberdade de escolha, por isso já fazia
parte da consciência humana desde a sua
criação.
Abravanel sugeria que o fruto da Árvore estava em
íntima conexão com a busca pelo prazer físico e ganho material. Quando
Adão e Eva comem da
Árvore, eles deixam a missão original que Deus os havia dado.
Eles deixam para trás a busca pela perfeição
espiritual e se lançam em um mundo imerso no materialismo. De acordo com
Abravanel, a narrativa bíblica sobre a
desobediência de Adão e Eva, nos exorta a mantermos a perspectiva
correta em nossas vidas, ao resistir as tentações do mundo físico, e ao
nos dedicarmos a uma profunda busca pelo que
é espiritual.
A Vestimenta da Alma
Seguindo os passos de Abravanel, Malbim, Rabino Russo(1809 – 1879), traz uma fascinante e novo entendimento deste texto bíblico. Segundo Malbim, o homem é
constituído de alma e corpo. A alma era para ser a parte central do ser humano, enquanto que o corpo servia como a "vestimenta" da alma, permitindo a sua expressão no mundo
físico.
Quando Adão e Eva comem da Ávore Proibida, eles
fazem com que o corpo assuma a parte central do ser. Depois de terem
pecado, a Torah conta que Adão e Eva
reconhecem que fisicamente estavam nús. Agora, o corpo, que
originalmente era a "roupa" da alma, precisa ele mesmo de ser vestido.
Quem Decide o Bem e o Mal?
Maimônides, em seu livro Guide to the Perplexed (Guia para os Perplexos), demonstra uma outra abordagem para esta história, cheia de significados. Ele sugere
que antes do pecado, o homem existia inserido no domínio do "Verdadeiro ou Falso". Depois do pecado, o homem entra para o reino do "bem e do mal".
E há uma grande diferença entre esses dois mundos.
Isso porque "Verdadeiro ou Falso" são termos objetivos, diretos. Já o
"Bem e o Mal", podem ser entendidos
como fenômenos subjetivos, de classificação relativa à opinião de quem
os julgam.
Quando Deus planta a Árvore do Conhecimento do Bem
e do Mal, e põe o homem no jardim e o instrui sobre a proibição de
comer do seu fruto, era como se Ele
estivesse dizendo para Adão: "A sua tarefa é seguir a minha
vontade. O definir o que é bom e o que é mal permanece como minha
prerrogativa. Eu vou determinar o que é certo e o que é
errado."
Da mesma forma, a tentação da serpente à Eva, em outras palavras seria "Se você comer desta Árvore, você será como Deus. Você decidirá o que é bom e o que é
mau."
E daquele momento em diante, uma batalha se
inicia, e que de várias maneiras se conecta com o destino da história da
raça humana. Como apartir de então, a
humanidade julgaria o bem e o mal? Objetivamente ou subjetivamente?
As sociedades humanas tem o direito de determinar o
que seria "bom" e o que seria "mau", usando para isso os seus próprios
parâmetros?
Vamos pensar, mesmo que por apenas um momento, em
uma sociedade do mundo antigo. E essa sociedade, conclui que os
recém-nascidos que forem considerados fracos
devem ser mortos, pois eles não contribuiriam para o desenvolvimento da
comunidade e ainda iriam demandar muitos dos seus preciosos recursos.
Essa determinação seria moral ou não, dentro do que eles julgam como bem e mal?
Se nós aceitarmos que cada sociedade tem o direito
de determinar sobre ela mesma o que seria considerado moral ou não, e
de decidir o que seria bem e mal, dentro
do contexto de sua compreensão filosófica, então a verdadeira moralidade
deixaria de existir.
Se não houver um padrão objetivo do que é o certo e
o errado, do que é o bem e o mal, então tudo se tornará subjetivo,
objeto da aceitação das sociedades, algo
que vai mudando de tempos em tempos. O que era imoral no passado, não
será mais no futuro e assim por diante.
Mas esta passagem do Gênesis nos transmite a
mensagem de que a moralidade objetiva e real foi mandada e definida por
Deus, desde a criação no princípio. Deus
cria a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e proíbe que o homem coma
de seu fruto. O que Ele queria dizer com isto?
Deus estava lembrando a Adão e Eva, e a todos os
seus descendentes, que a determinação do que é bem e mal, do certo e do
errado, é uma prerrogativa
divina. Deus é quem decide sobre o que é moral e o que é imoral. E isto deve permanecer sob o Seu controle.
O problema surge, quando no jardim do Éden, ou através dos tempos, nós usurpamos tomar de Deus esta prerrogativa.
"Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte." Provérbios 16:25
Quanta tristeza vem sendo causada, por toda a
trajetória humana, justamente porque nós temos invocado o direito de
definir o bem e o mal.
A Lei de Deus é a Referência Moral
- "Não terás outros deuses diante de mim." Êxodo 20:3
- "Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra." Êxodo 20:4
- "Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão." Êxodo 20:7
- "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra." Êxodo 20:8-9
- "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá." Êxodo 20:12
- "Não matarás." Êxodo 20:13
- "Não adulterarás." Êxodo 20:14
- "Não furtarás." Êxodo 20:15
- "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo." Êxodo 20:16
- "Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo." Êxodo 20:17
fonte:http://www.rudecruz.com/estudos-biblicos/antigo-testamento/genesis/bem-e-mal-quem-decide-estudo-biblico.php
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