O Gênesis é o primeiro livro da bíblia. Alef א é a primeira letra do alfabeto hebraico, utilizado originalmente para registrar o Gênesis.
Alef é também a primeira letra usada para se escrever a palavra Deus (אל El). É interessante constatar que o nome do primeiro homem, Adão אָדָם , também começava com a letra alef.
Por isso muitos estudiosos da Torah (os livros de Moisés), acreditam que esta letra representa um paradoxo entre Deus e o homem.
E esta idéia de paradoxo vai para além da letra alef, não ficando restrita a sua forma física, mas também no fato de que alef representa o número 1 (um) e ao mesmo tempo, representa o número 1000 (mil). Então aqui se forma o paradoxo entre unidade e pluralidade, expressado com mais detalhes logo abaixo.
Alef é também a primeira letra usada para se escrever a palavra Deus (אל El). É interessante constatar que o nome do primeiro homem, Adão אָדָם , também começava com a letra alef.
Por isso muitos estudiosos da Torah (os livros de Moisés), acreditam que esta letra representa um paradoxo entre Deus e o homem.
E esta idéia de paradoxo vai para além da letra alef, não ficando restrita a sua forma física, mas também no fato de que alef representa o número 1 (um) e ao mesmo tempo, representa o número 1000 (mil). Então aqui se forma o paradoxo entre unidade e pluralidade, expressado com mais detalhes logo abaixo.
No nível do mundo material, o número um representa
o princípio de todos os processos. Tudo tem seu início em 1 (um). Um
bom exemplo seria o sistema binário
usado nas linguagens de computador.
Todas as mensagens, páginas da internet, vídeos e
imagens são transformados em códigos que contém apenas os algarismos
zero e um, para que as memórias dos
computadores possam entender.
Apesar dessas máquinas computadorizadas parecerem
bem complicadas, todos os seus processos se baseiam em séries ilimitadas
de zeros e uns. O número um representa
o princípio de todas as ações e atos realizados neste mundo físico.
No nível da alma o número um representa o corpo
unificado de todos os filhos de Deus, de todo o seu povo. Embora cada um
de nós tenhamos a nossa individualidade,
formamos em Cristo um único corpo, unidos em espírito. Este é o corpo
místico de Jesus, aqueles que crêem no seu nome, formados de um só
pensamento e um só espírito.
O poder do povo de Deus vem com a unificação e a reunião de todos os filhos de Deus, que reinarão para sempre com Ele.
Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós. Efésios 4:3-6
O Senhor Nosso Deus é Um
No nível espiritual, o número um se assemelha ao
fato de que Deus é um. A profissão de fé monoteísta que nós herdamos do
judaísmo diz:
שמע ישראל י-ה-ו-ה אלוהינו י-ה-ו-ה אחד, "Shemá Yisra'el Ado-nai Elohêinu Ado-nai Echad", "Ouve ó Israel Adonai nosso Deus é um".
Deus é único, ímpar, e essa unicidade revela que
não há outro Deus, há apenas e somente um Deus. Assim o sentido básico
que alef traz, é que o infinto Deus se
relaciona com um mundo finito, especialmente com o ser humano, de forma
única e plural ao mesmo tempo.
Alef tem uma forma muito característica, composta
de um traço que se assemelha a uma contra-barra (vav diagonal), com dois
prolongamentos semelhantes a uma vírgula, chamados
yod, um na parte superior da contra-barra e outro em sentido invertido,
na parte inferior.
A Letra Hebraica Alef Representa a União Entre Deus e o Homem
A contra-barra separa e ao mesmo tempo conecta os
dois yods. O yod superior simboliza Deus, e o yod inferior simboliza o
homem. A contra-barra é a palavra de
Deus que permite esta união entre Deus e o homem.
Por isso é tão importante estudarmos e conhecermos
a palavra de Deus. Para muitos o livro do Gênesis tem se tornado em
mito, em contos alegóricos sem maiores
verdades ou sem muita profundidade. Entretanto, se examinarmos com a
devida atenção, descubriremos mensagens poderosíssimas no Gênesis.
Aliás, cada porção da bíblia correspondia a
uma estação do ano judaico.
O outono é Gênesis, Bereshit, com todas as histórias do princípio, o nascimento do mundo, da humanidade e do povo de Deus. O inverno é
Êxodo, Shemot, a história do exílio e da redenção, escravidão e
liberdade e do início de uma longa jornada pelo deserto à caminho da
terra prometida.
A primavera é Levítico, Vayikra,
com suas leis e sacrifícios, e seus dois maiores mandamentos éticos e
morais, amar o nosso próximo como a nós
mesmos, e um mandamento ainda maior - amar o estrangeiro, aquele que é
distante, que não é igual ou semelhante a nós, aquele que é de cultura
diferente, de entendimento diferente,
de visão diferente da nossa, tem que ser amado de igual forma.
Números, Bemidbar, fala da Shavuot, do hebraico: שבועות, "[sete] semanas",
é o nome da festa judaica também
conhecida como Festa das Colheitas ou Festa das Prímicias. A festa é
também chamada de Pentecostes e celebra a revelação da Torá ao povo de
Israel, por volta de 1300 AC.
E mostra a história dos Israelitas no meio do
deserto, cometendo vários erros e rebeliões. Talvez seja a mais
realística narrativa sobre a formação e o
nascimento de uma nação.
O verão é Deuteronômio, Devarim, um lindo livro de Moisés, escrito no seu último mês de vida. Uma visão magnífica da história do povo de Israel,
e do seu destino a se tornar o povo da aliança e a guardar a fé no Deus vivo.
A perspectiva do tempo para os hebreus era cíclica
e linear. Nós somos parte da natureza e seus rítmos. Há os ciclos das
estações do ano e também há os ciclos
da vida humana, conforme avançamos desde nosso nascimento, até a
maturidade, e depois para a idade da sabedoria e da experiência.
E assim, podemos ver em parte, a próxima geração,
que irá dar sequência a história deste mundo, quando não estivermos mais
por aqui. Nós somos parte da história
também, onde o tempo tem eventos que não se repetem, em que cada fase
não será exatamente igual a nenhuma outra que passou, ou que ainda
acontecerá.
Os hebreus entendiam o tempo como um misto destas
duas compreensões acima citadas, entre o eterno e o efêmero (um ciclo
muito pequeno de tempo).
Gênesis um Livro de Princípios
Gênesis, Bereshit, o livro do princípio, como seu
nome sugere, fala da origem do universo, do nascimento da humanidade, e
da chamada de Abraão para se tornar
uma grande nação, o povo de Israel. Mas isto não é tudo que o Gênesis é,
não podemos correr o risco de perder o total significado deste livro
magnífico.
Maimônides, rabino e filósofo judeu espanhol (1135-1204), faz uma afirmação fundamental de que Reshit não significa "princípio" apenas no
sentido cronológico da história. O hebraico tem outras palavras para significar o início de uma sequência cronológica.
Reshit tem um significado
implícito que culmina na parte que influencia o todo, a verdade
fundamental que serve como a fundação do mundo da fé,
o conceito básico de justiça e misericórdia. Gênesis é a obra
fundamental da fé, é a filosofia da condição humana sob a soberania de
Deus.
Isto porque não há outro livro como o de Gênesis.
Ele não é um mito, nem um livro de história geral, nem um livro sobre
teologia. Gênesis é mais sobre seres
humanos e suas relações com Deus, do que sobre o próprio Deus. A
teologia no Gênesis é mais implícita do que explícita, é preciso sentir,
perceber a espiritualidade nas suas
entrelinhas.
São suas narrativas que fazem do Gênesis um dos
mais conhecidos e influentes livros de toda a história da civilização
humana. São poucos aqueles que podem
compreender a filosofia em seu estado clássico, mas todo mundo é capaz
de entender histórias de vidas, de pessoas comuns como nós.
É por isso que a Torah utiliza esta forma de
ensinar os princípios básicos do relacionamento entre Deus e o homem,
por meio de histórias, pois histórias são de
alcance universal.
O Gênesis é um livro escrito para todos! Aproveite, e cresça no conhecimento do Senhor, leia e estude o Gênesis!
fonte: http://www.rudecruz.com/estudos-biblicos/antigo-testamento/genesis/o-livro-de-genesis-o-senhor-nosso-deus-e-um-estudo-biblico.php
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