Desde o princípio do mundo, a humanidade tem
enfrentado, de uma forma ou de outra, as mesmas tentações que
confrontaram Ha-adam (Adão) e Ḥavva (Eva).
O Gênesis descreve o desafio que eles passaram
para alcançar uma bem-aventurada existência espiritual com Deus o
criador, no Jardim do Éden.
Eles foram expressamente proibidos de comer do fruto da עֵץ הַדַּעַת טוֹב וָרָע "Etz Ha-Daat tov Vera", árvore do conhecimento do bem e do mal.
O fruto parecia ser delicioso e irresistível aos olhos de Eva, "E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore
desejável para dar entendimento" Gênesis 3:6.
Este mesmo desafio por qual passaram Adão e Eva, ecoa e ressoa através do tempo. Cada geração tem a sua própria Etz Ha-Daat tov Vera que muda e
varia de interpretação, de acordo com as situações e com o meio em que a humanidade se envolve pela história adentro.
A nossa geração também tem a sua "árvore do
conhecimento do bem e do mal" que está sempre nos tentando a provar dos
seus frutos ilícitos, com suas "facilidades"
e "liberdades", apelos para "pegar um atalho", dar um "jeitinho", ou
mesmo curtir "uma onda". E o apelo tem se mostrado tragicamente
irresistível para muitos, principalmente para
nossa juventude.
E a religiosidade não têm demonstrado uma eficácia
comprovada para impedir que esses jovens se rendam à atração da
tentação. Esta é uma geração que vem sendo
alimentada com um senso de individualismo muito forte. Liberdade de
expressão e liberdade de escolha são os valores mais elevados da nossa
sociedade.
Como então podemos proteger a nós mesmos e os
nossos filhos do brilho tentador da atual "árvore do conhecimento" cujos
"frutos" parecem ser tão saborosos e bons
aos olhos humanos? Não seria esta uma tarefa muito complexa?
Um grande estudioso da Torah, Moshe Rabbeinu, deixa em uma das suas mensagens, uma resposta muito apropriada para este tema:
"Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos mando; Porém a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus" Deuteronômio 11:26-28.
Viver nos caminhos do nosso Senhor e fazer a sua
vontade define uma vida de bênção. Viver fora da vontade de Deus define
uma vida de maldição. Aqui Moshe
Rabbeinu desenha a arena da vida e apresenta os desafios que nós
humanos, em todas as idades e em todas as sociedades somos forçados a
lutar.
Como poderemos absorver e viver com esta tão
magnífica mensagem que o texto bíblico nos traz, quando todos os nossos
sentidos e sentimentos parecem estar tão
atraídos e inclinados a provar do fruto proibido, e a não guardar os
mandamentos do Senhor? Mais uma vez ficamos diante de algo complexo de
se fazer.
O mesmo texto bíblico contém as explicações a este questionamento, pois diz:
"E agora, Israel, o que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o temas e andes em seus caminhos; que ames e sirvas ao Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma", Deuteronômio 10:12.
O Talmud explica que a palavra "apenas" que inicia a resposta, expressa um pedido muito simples, temer a Deus e andar nos seus caminhos, que é
imediatamente seguida por diversas e complexas demandas espirituais.
É aqui que se estabelece esse paradoxo entre um
princípio simples e um desenvolvimento complexo, que vem logo em
seguida. O complexo segue o simples, e o
simples de se fazer é seguido pelo complexo, algo que pode ser ilustrado
pela seguinte narrativa:
"Um pai e mãe amorosos estavam às lágrimas ao ver a
vida do seu filho doente se esvaindo enquanto ele estava deitado na
cama. Sua temperatura subia cada
vez mais, em uma febre que roubava-lhe o apetite. Ele recusava as
refeições deliciosas que eles colocavam diante dele, bem como os
remédios.
Todas as exortações e apelos eram em vão. Então, pediram a um especialista para vir a sua casa para tratar do filho amado. O especialista veio e viu que o prognóstico da criança era muito sério. Ele tirou um remédio forte de sua pasta e disse à criança que ele "apenas" iria pedir-lhe para tomar o medicamento uma única vez.
Ouvindo que este era um pedido, para tomar o remédio apenas uma vez, a criança concordou com relutância e bebeu uma medida do elixir da vida. Enquanto o médico caminhava em direção à porta, a mãe da criança começou a chorar. - "Dr." , ela exclamou: - "ele só concordou em tomar o remédio "apenas" desta vez.
"- O que vamos fazer hoje à noite depois que você for embora? "
- "Não se preocupe ", disse o médico. - "Agora que ele bebeu este medicamento, seu apetite será restaurado. Uma vez que ele comece a ingerir alimentos, ele vai recuperar o apreço pelo sabor da comida. Em pouco tempo, você pode ter certeza que ele estará disposto a tomar o medicamento necessário a cada dia, até que ele esteja totalmente recuperado".
Todas as exortações e apelos eram em vão. Então, pediram a um especialista para vir a sua casa para tratar do filho amado. O especialista veio e viu que o prognóstico da criança era muito sério. Ele tirou um remédio forte de sua pasta e disse à criança que ele "apenas" iria pedir-lhe para tomar o medicamento uma única vez.
Ouvindo que este era um pedido, para tomar o remédio apenas uma vez, a criança concordou com relutância e bebeu uma medida do elixir da vida. Enquanto o médico caminhava em direção à porta, a mãe da criança começou a chorar. - "Dr." , ela exclamou: - "ele só concordou em tomar o remédio "apenas" desta vez.
"- O que vamos fazer hoje à noite depois que você for embora? "
- "Não se preocupe ", disse o médico. - "Agora que ele bebeu este medicamento, seu apetite será restaurado. Uma vez que ele comece a ingerir alimentos, ele vai recuperar o apreço pelo sabor da comida. Em pouco tempo, você pode ter certeza que ele estará disposto a tomar o medicamento necessário a cada dia, até que ele esteja totalmente recuperado".
Por meio desta parábola, o pregador judeu russo
Dubna Maggid explica o significado do texto onde Deus faz um pedido ao
povo de Israel para "apenas"
"temer" a Deus e "andar" nos seus caminhos.
Se apenas "temermos e andarmos" com nosso criador uma única vez, nós seremos curados e naturalmente estaremos inclinados a continuar o nosso
caminho em direção ao crescimento espiritual, sendo presenteados com as bênçãos daqueles que possuem uma vida espiritual.
Uma vez que tenhamos experimentado a sublime
alegria de conhecer Deus, tendo um diálogo amoroso com Ele; uma vez que
sintamos o prazer de louvá-lo em espírito e
em verdade, compartilhando e ajudando o próximo, nós encontraremos suas
preciosas bênçãos espirituais, gozo e alegria de estar na Sua
maravilhosa presença.
Então, o fascínio da "nossa árvore do
conhecimento" se revelará deveras artificial, perdendo o seu efeito
atrativo. E poderemos distinguir muito bem entre
bênção e maldição.
Apenas depois que tivermos
experimentado a luz e o prazer do caminho que conduz à vida espiritual é
que seremos capazes de fazer uma clara
distinção de nossas escolhas na vida, rejeitando todos os aparentes
prazeres e facilidades, atalhos e caminhos tortuosos que o mundo nos
oferece.
Porque apenas um pouquinho de luz acaba com uma grande porção de trevas. A luz é a palavra de Deus. Leia, estude, medite e ela o ajudará a
derrubar a "arvore do conhecimento do bem e do mal" deste século.
fonte:http://www.rudecruz.com/estudos-biblicos/antigo-testamento/genesis/a-arvore-do-conhecimento-do-bem-e-do-mal-estudo-biblico.php
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