Por: Claudio Morandi
Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros. Hebreus 13:4
Há dois
ambientes onde a cruz de Cristo é mais que uma doutrina: um é o
matrimônio e o outro é a igreja. Naturalmente, é muito mais fácil
aceitar que a cruz esteja presente na igreja; mas no matrimônio, como?
O que
significa a cruz? O significado da cruz está muito bem refletido nas
palavras do Senhor no Getsemani. Ele viveu ali a cruz ainda antes de ir
para a cruz física: "Não se faça a minha vontade, mas sim a tua" (Lc. 22:42).
A cruz é negar-se a si mesmo para que se faça a vontade de Deus. E, em
um sentido mais geral, a cruz é negar-se a si mesmo pelo bem do outro.
No
mesmo momento do ato do matrimônio, cada cônjuge recebe em seu coração à
outra pessoa, para vir a ser um só com ela. Até então ele (ou ela)
estava acostumado a pensar por si próprio, a decidir individualmente, e a
procurar o bem próprio. Mas agora tudo muda, tudo deve ser pensado e
decidido em plural, mas em unidade, porque os dois são agora a unidade.
Este é o
primeiro passo no caminho da cruz. Em seguida virão outros muitos, em
cada momento do viver cotidiano. Tudo, em um matrimônio normal, está
marcado pela cruz.
Por
isso Paulo, em 1ª Coríntios 7, admite que o casado tem uma realidade
muito diferente da do solteiro. Enquanto o solteiro cuida das coisas do
Senhor, de como lhe agradar, o casado cuida das coisas do mundo, de como
agradar a sua mulher. Paulo admite, não recrimina.
É
precisamente por isso que Paulo nesse capítulo apresenta o celibato –
sua própria realidade – como a melhor opção para servir ao Senhor. Por
isso aconselha às viúvas que fiquem sozinhas, porque assim serão mais
ditosas. Terão mais liberdade para servir ao Senhor, e sua carga será
menos pesada. Por que mais ditosas? Porque o matrimônio é uma restrição
de si mesmo em benefício do outro, é um exercício permanente do operar
da cruz de Cristo.
Isto é
também aplicável à situação de um matrimônio entre crente e incrédulo. O
crente deve negar-se a si mesmo, em prol da salvação do outro. Às vezes
deverá suportar dores e tribulações, aceitar injustiças e calar na
espera da vindicação do Senhor. Tudo isso é também uma expressão da cruz
de Cristo.
Mas
Paulo vai ainda mais além, até chegar ao âmbito da vida íntima, da vida
sexual. E então estabelece que cada cônjuge olhe o bem do outro e não o
seu próprio. Não a gratificação pessoal, mas sim a do outro.
Quando os judeus escutaram do Senhor as condições do matrimônio cristão, disseram: "Se for assim a condição do homem com a mulher, não convém casar-se" (Mat. 19:10).
É obvio, para eles significava um retrocesso aos seus direitos. Moisés
tinha permitido-lhes o repúdio, e o Senhor resisti a essa possibilidade.
E com isto, o Senhor estabelece que o matrimônio seja uma instância
onde a cruz opere na forma profunda e eficaz.
Como
resultado desta operação, os cônjuges irão sendo transformados na
semelhança de Cristo. Suas almas, antes ensimesmadas e egocêntricas,
começarão a viver na realidade prática a generosidade e o amor de
Cristo.
fonte:http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/estudos_show.asp?id=11060
Que lindo, que cristo possa crescer cada dia mais em nossas vidas...
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