Por: Pr. Fernando César
“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros,
nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos,
nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino
de Deus. E é o que alguns de vocês têm sido (...)” (1 Coríntios 6:9-11) (grifo meu).
Sempre
que cito, em algum texto ou ministração, a palavra adultério
preocupe-me em explicar os significados dela. Adulterar é modificar,
alterar, uma forma original criada, com o intuito de tirar proveito
próprio.
É um gesto de traição contra DEUS, contra aquilo que ELE criou, uniu, testemunhou, afirmou.
Mas o adultério não é apenas e exatamente uma ação concretizada. Ao pensar em cometê-lo, já denota a presença da raiz desse mal.
O primeiro caso de adultério nas Sagradas Escrituras aparece logo no Éden. DEUS havia dito: “De
toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que
dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:16-17). Adiante, a serpente apareceu tentando adulterar a forma original concebida pelo Criador, dizendo: “(...) Certamente não morrereis” (Gênesis 3:4).
A
partir desse caso, tudo o que representasse uma tentativa de readaptar o
que DEUS fez, determinou ou criou, viria a ser adultério. Assim foi
ampliado para o casamento. DEUS disse: “Portanto deixará o homem seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gênesis 2:24).
O homem e a mulher que deixaram a casa dos seus pais, apegaram-se um ao
outro e se tornaram uma carne apenas. Hoje os casos de adultério são
frequentes no mundo e dentro dos templos religiosos. Quantos já
repudiaram o cônjuge ou já desistiram do casamento inicial, e contraíram
uma nova aliança sexual com um novo parceiro? Isso até já se tornou
comum em nossos dias.
As
pessoas se tornaram adúlteras conscientes ou involuntariamente. Como
escrevi certa vez, o pecado do adultério não deixará de existir pelo
fato de o praticante desconhecer, ignorar. Um furto não deixará de ser
furto se a pessoa que estiver furtando não souber que tal ação
representa um crime e um pecado. Assim, da mesma forma, um ignorante
deixará de sê-lo quando a Verdade bíblica for revelada a ele. Naquele
instante, ele terá duas opções: a de se arrepender e abandonar tudo o
que está errado aos olhos de DEUS ou a de saber e permanecer no erro.
Sabedor da Verdade, deixará de ser julgado como os ignorantes serão,
para ser julgado como uma pessoa que, um dia, soube da Verdade, mas que
não quis abrir mão da mentira, de um viver errado. Tanto o ignorante
quanto o não ignorante, que não abandonou as práticas pecaminosas, serão
julgados da mesma maneira e irão para o mesmo fim: o tormento eterno.
Voltando
ao conceito inicial, muitas traduções da Bíblia representam a
manifestação clara de adultério. Afirmo isso com muita tristeza e com a
autoridade de quem já avaliou pelo menos cinco traduções e as comparou
com a publicação mais fiel ao texto original. Essas traduções não
representaram, somente, uma adaptação à linguagem, ao tempo, às culturas
e às sociedades, mas uma agressão feita, propositalmente, com
finalidades espúrias. Os textos de Mateus 5:32 e 19:9 ocupam um lugar de
destaque dessas mudanças malignas. JESUS CRISTO sabia que isso poderia
vir a acontecer. Veja o que ELE disse e o apóstolo João registrou: “Porque
eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste
livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre
ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar
quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do
livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste
livro” (Apocalipse 22:18-19).
O
mesmo JESUS, em debate com os fariseus e escribas, orientou a todos a
olharem sempre para o princípio de tudo, para o que DEUS criou no início
(Mateus 19:4 e 8). Olhar para o princípio é beber da água pura,
incontaminável e conhecer o que, de fato, DEUS criou e como criou. O
princípio é o correto; é aquilo que deve nortear a nossa vida. O
princípio e o válido é o casamento em que o homem e a mulher deixaram a
casa dos seus pais e se tornaram uma só carne; ou seja, o primeiro
casamento de ambos.
À
proporção que o tempo passa, mais essa expressão (primeiro casamento de
ambos) vai entrando em desuso na sociedade como o todo, que tende a
aceitar as coisas que se tornaram comuns. É o homem, religioso ou não,
que entra no ritmo do que é comum, ainda que esse comum seja algo
completamente perdido, fora da direção de DEUS. As mentes e os corações
andam tão contaminados que as pessoas não conseguem mais nem perceberem o
antro profundo da mentira e do engano em que estão introduzidas. E as
poucas que continuam olhando para o princípio vão se tornando arcaicas,
ultrapassadas, loucas, desajuizadas. Mas DEUS julgará umas e outras.
Mas
enquanto estão vivas, quero reafirmar para todas as que estão em
segundo, terceiro, quarto ou quinto “casamento” que JESUS é a esperança
de regeneração e de salvação. JESUS busca os corações, hoje adúlteros,
que venha a se derramar diante DELE, porque ELE os fará olhar para o
princípio de tudo e os purificará, se eles desejarem abandonarem o
pecado.
Ainda
há esperança! Arrependa-se verdadeiramente e abandone o adultério, o
corpo do homem ou da mulher que não pertence a você. DEUS quer colocar
todas as peças no lugar correto. E não haverá como entrar no Céu, se as
vidas não estiverem ajustadas conforme a Palavra do PAI. Largue mão de
sentimentos, de emoção, de comodidade, de vida aparentemente tranquila e
feliz, para se ajustar ao padrão do Reino de DEUS, cuja porta é
estreita demais.
Que o SENHOR nos abençoe!
fonte:http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/estudos_show.asp?id=11059
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