É ingênuo pensar que os antigos povos
mencionados na bíblia eram simplesmente umas espécies de bárbaros sem
nenhum conhecimento. Ao contrário, é possível mostrar que,
principalmente, a comitiva de Israel liderada por Moisés tinha muitos
valores e por meio de seu líder esbanjavam conhecimento linguístico,
literário, histórico, artístico, jurídico, geográfico, matemático,
religioso, enfim, a lista é grande. Vejamos um exemplo de conhecimento
matemático.
"Para o resgate dos primeiros 273 filhos dos israelitas que excedem
o número de levitas, recolha sessenta gramas de prata (...) Assim
Moisés recolheu a prata para o resgate daqueles que excederam o número
de levitas. (...) ele recolheu prata no peso de quase dezesseis quilos e
meio." Números 3.46-50.
Perceba que os acontecimentos são de 3.500 a.C. aprox. Moisés e a
comitiva de Israel mostram aqui conhecer Matemática quando fazem e
descrevem um cálculo exato de multiplicação. Ou seja, a 3.500 anos atrás
eles dominavam a multiplicação 273 x 60 = 16.380, ou seja, tinham
16.380 gramas.
Mais ainda, sabiam realizar conversões e usar unidades como padrão
de medida. Assim, podiam falar também em 16 quilos e 380 gramas, mas,
preferiram falar usando o arredondamento, também um recurso matemático
interessante, então tinham quase 16 quilos e meio.
O texto bem analisado na íntegra, mostra ainda que era comum usar
uma unidade de medida padrão, que no caso valia 12 gramas. Essa unidade
padrão chamava-se siclo. Então em alguns textos temos que a quantia, em
siclos, era de 1.365. Ou seja, os 16.380 gramas divididos por doze
(siclo) era igual 1.365.
Algumas deduções, portanto, ficam inevitáveis. Se eles podiam
realizar a multiplicação desses números poderiam realizar qualquer outra
multiplicação. Se sabiam multiplicar certamente sabiam somar, pois a
multiplicação é uma consequência da soma. E se sabiam multiplicar sabiam
também dividir, pois a divisão é o inverso da multiplicação. Se sabiam
dividir sabiam também subtrair, pois a divisão também traz a idéia de
retiradas de parcelas iguais. Enfim, as quatro operações estavam bem
estabelecidas.
Além disso, as conversões e o estabelecimento de medida padrão
implica o conhecimento de proporções e a estruturação de um sistema de
medidas, que no caso, tinha a base 12 (duodecimal) e não nossa base
decimal. Assim, todo o processo de contagem já estava estruturado.
Não devemos subestimar muito a capacidade e precisão de informações
que os antigos israelitas possuiam. Certamente eles tinham e estavam
formando uma cultura simplesmente abençoada que influenciaria o mundo
todo.
Uma utilidade ainda maior é direcionada a alguns críticos que não
acreditam que houvesse possibilidade daquele povo produzir uma
literatura de qualidade nem mesmo transmitir informações confiáveis.
Ledo engano. Tais coisas eam plenamente possíveis e, na verdade, foram
feitas.
fonte:http://teologiacritica.blogspot.com.br/2012/03/matematica-na-biblia.html
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