Pergunta: “O professor Richard Dawkins, de Oxford (Inglaterra), tem sido tão comentado ultimamente que resolvi ler seu livro, Deus, um Delírio.[1] Em um dos capítulos, ele contesta a precisão histórica dos quatro evangelhos, aponta muitas supostas contradições, diz até que os escritores dos evangelhos são desconhecidos e que “é quase certo que nunca conheceram Jesus pessoalmente”. No final, afirma que os evangelhos são uma ficção! Eu sou uma pessoa simples (Dawkins diria que sou “não-intelectual”) e não tenho nenhum problema em confiar em versos bíblicos como “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus” e “Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem”, mas me preocupo com muita gente que pode ter a fé abalada pelas mentiras de Dawkins. Essas pessoas precisam de comprovações para ajudá-las a ver a verdade. Será que vale a pena um cristão comum como eu, que tem apenas a Bíblia e um certificado de ensino médio, tentar se colocar contra esse ateu tão instruído?”.
Resposta: É claro que sim! Cristo afirmou: “Se vós permanecerdes na minha palavra [...] conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.31-32).
Sua confiança não está depositada na instrução ou inteligência que
recebeu. Lembre-se de como Davi repreendeu o exército de Israel que
estava tremendo diante de Golias, com medo de partir para o confronto
direto: “Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (1 Samuel 17.26b).
Ele não foi se aproximando do gigante devagar, repleto de admiração ou
medo; ele foi correndo, cheio de ousadia e confiança. Quando os
filisteus zombaram dele, Davi gritou: “Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo, o Senhor te entregará nas minhas mãos” (1 Samuel 17.45-46). Hoje em dia, estamos precisando dessa mesma confiança inabalável no Senhor!
Se você realmente conhece a Deus, conhece Sua Palavra e
está andando com Ele, já tem tudo de que precisa para envergonhar
Dawkins. Não se deixe intimidar por esse homem. Ele está blefando. Ele
não é nenhum especialista na “precisão histórica” dos quatro evangelhos.
Ele leu alguns críticos que partem do pressuposto de que a Bíblia não é
o que afirma ser e então tentam provar isso.
Já foram escritos muitos livros que provam a historicidade
da Bíblia e revelam claramente que as alegações de Dawkins contra a
Palavra de Deus são mentiras. Eu mesmo já escrevi muito sobre as provas
irrefutáveis da autenticidade da Bíblia. Mas vamos tentar aqui uma
abordagem mais simples. Acompanhe meu raciocínio:
As alegações dos críticos que atacam a autoria da Bíblia
são ridículas. Eles literalmente acusam a Bíblia de ser uma fraude
intencional do princípio ao fim! Eles dizem, por exemplo, que Daniel não
escreveu o livro que traz seu nome. Ele teria sido escrito séculos mais
tarde, por um impostor. E que prova eles têm disso?
Eles estão convencidos de que milagres não acontecem, de
modo que a história dos três hebreus andando no meio de uma fornalha
ardente sem sequer chamuscar os cabelos não pode ser verdade. Daniel
também não poderia ter sobrevivido numa cova de leões famintos; portanto
essa história também é ficção. Essa é a “evidência” que os críticos
apresentam. É claro que é justamente o que Dawkins está procurando, e
ele a passa adiante como se tivesse comprovado pessoalmente tudo que os
críticos disseram.
O Livro de Daniel contém profecias precisas a respeito de
eventos que a história registra e que ocorreram quatro séculos depois da
época de Daniel. Mas os críticos não acreditam em profecia inspirada
por Deus. Portanto, o que o Livro de Daniel diz sobre Antíoco Epifânio,
por exemplo, não poderia ter sido escrito por alguém chamado Daniel, que
viveu nos dias de Nabucodonosor, que foi testemunha ocular e
participante dos acontecimentos narrados no livro que traz seu nome, e
que recebeu de Deus as profecias ali registradas. “Daniel” tem que ser
um impostor desconhecido que viveu 400 anos depois. O Livro de Daniel
precisa ser desacreditado, ou seus leitores começarão a acreditar em
profecia bíblica e milagres – e, conseqüentemente, em Deus. A única
coisa que interessa a Dawkins é desacreditar a Bíblia; ele não quer a
verdade que desmascararia seu ateísmo como a tolice que obviamente é.
O mesmo acontece com tudo o que está escrito na Bíblia,
dizem os ateus. O nível de irracionalidade dessa afirmação é
inacreditável. Ela equivale a dizer, por exemplo, que não existe um só
autor honesto entre os escritores bíblicos; todos eles mentiram! Tudo é
uma enorme fraude, do Gênesis ao Apocalipse. Os discípulos devem ter
sido personagens fictícios; Jesus provavelmente nunca existiu; Paulo
inventou um evangelho diferente do que Jesus pregou... e os absurdos se
sucedem.
Para que uma fraude dessas proporções fosse tão bem coordenada, século após século, alguém
tinha que estar supervisionando a construção da farsa! Ele teria que
ser eterno e ter, pelo menos, acesso intermitente à mente humana. Quem
poderia ser esse personagem?
As mentiras intencionais e a falsidade que os ateus
atribuem aos homens que afirmaram ter sido inspirados por Deus para
escrever as Escrituras não têm a menor credibilidade. Por outro lado, o
que os escritores bíblicos dizem soa genuíno. Pedro jura solenemente: “Porque
não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo
seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos
testemunhas oculares [...]” (2 Pedro 1.16). João diz: “O que era
desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos
próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam [...]
anunciamos também a vós outros [...]” (1 João 1.1-3). E jura solenemente: “Este
é o discípulo que dá testemunho a respeito destas coisas e que as
escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro” (João 21.24).
Os ateus insistem em dizer que isso foi escrito séculos mais tarde por
um impostor fingindo ser João! Que motivo ele teria, e quem lhe pagou
para fazer isso?
Lucas também testifica: “[...] muitos houve que
empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se
realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram
deles testemunhas oculares [...], igualmente a mim me pareceu bem,
depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por
escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que tenhas
plena certeza das verdades em que foste instruído” (Lucas 1.1-4).
Será que Lucas também está mentindo? É preciso mais fé para acreditar
nessa ridícula teoria de conspiração do que para crer na verdade. Além
disso, se todos esses homens mentiram e as profecias foram escritas
depois dos fatos acontecidos, por que eles não escreveram as profecias
de uma forma mais clara, como impostores certamente teriam feito? (Dave
Hunt, The Berean Call - http://www.chamada.com.br)
fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/ateismo_dawkins.html
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