Melhor não seguir esses caminhos
O professor entrou na sala de aula sentindo-se um pouco angustiado
por mais um relato deprimente sobre como os americanos não estavam
enfrentando como deveriam os fatos da vida econômica, política, social e
educacional.
A impressão que ele tinha da situação poderia ser resumida em duas
palavras: ignorância e indiferença. Então, ele desafiou seus alunos,
perguntando-lhes o que achavam que poderia ser feito para melhorar
aquelas condições. Um deles respondeu rapidamente: “Não sei e não quero
saber”.
A história, logicamente, é apócrifa. Há mais ou menos uma década ela
era contada como piada a americanos que não tolerariam ser acusados de
ignorância ou de indiferença. Infelizmente, aquilo foi naquela época; e
isto é agora. E, embora eu pudesse citar uma porção de ilustrações, vou
me restringir a apenas algumas poucas que terão conseqüências
potencialmente devastadoras para todos nós, a menos que sejamos
chacoalhados de volta ao mundo real com seus problemas reais.
Em setembro de 2010, um vídeo foi contrabandeado do Paquistão. Ele
documentava o apedrejamento público até à morte de uma mulher muçulmana
pelos membros do Taliban. O crime dela foi caminhar junto com um homem
que, presumivelmente, não era seu marido. Sua morte foi excruciantemente
prolongada, uma vez que, um a um, seus executores administravam-lhe a
“justiça” sob a lei islâmica (sharia), a qual interpretam como
sacrossanta à sua religião. Esta é a mesma mentalidade que justifica o
assassinato de cristãos convertidos do islamismo [...] e que realiza
“assassinatos pela honra” no Ocidente, bem como nos países muçulmanos.
A periódica chacina de cristãos na Nigéria e em outras nações
africanas passa quase que despercebida, fazendo-nos imaginar: por que
tais atrocidades estão sendo ignoradas? Para piorar as coisas, a lei da sharia,
que defende tal brutalidade, está sendo promovida em países
não-muçulmanos como uma alternativa legal aceitável ou como suplementar
para imigrantes muçulmanos.
Desventurada ignorância
Parece que a fórmula “a ignorância é legal” está sendo utilizada como
um mecanismo de escape conveniente pelas pessoas que desejam evitar os
fatos desagradáveis da vida. Na realidade, entretanto, a ignorância
nunca é uma solução. Ela apenas adia os tratamentos do problema até que
as horríveis conseqüências assumam o comando das coisas e tornem o
desastre iminente. Alegar ignorância nunca é uma saída. Se você precisa
de uma ilustração prática, tente falar a um policial que ele não deveria
multá-lo por dirigir em alta velocidade porque você ignorava o limite
de velocidade.
Biblicamente, os avisos são claros e sérios. Abordando a questão
daqueles que sofrem e dos que são perseguidos, Provérbios 24 diz:
“Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que
cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, não o
perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta
para a tua alma?” (vv.11-12).
Quantas vezes as pessoas precisam ver o óbvio antes que dêem uma
tépida resposta que seja? Ignorância calculada e autoimposta parece
estar na moda, tanto dentro quanto fora da comunidade cristã.
Indiferença imobilizadora
A apatia inerente à impotência moral e mental autoinduzida tem um
lado ainda mais sério: Conhecer os fatos – consentir com a legitimidade
da questão – e depois escolher ignorá-los é ainda mais pernicioso. Mesmo
assim, testemunhamos essa atitude repetidas vezes em alguns círculos
cristãos evangélicos, especialmente na mistificadora recusa de ensinar o
conselho completo de Deus como nos foi dado em Sua Palavra. É
surpreendente que alguns dos nossos líderes digam, com efeito: “Embora
creiamos nos aspectos proféticos da revelação das Escrituras, evitamos
ensinar sobre os eventos do fim e buscamos uma abordagem mais adequada e
relacionada com a vida”.
Parece que a fórmula “a ignorância é legal” está sendo utilizada como um mecanismo de escape pelas pessoas que desejam evitar os fatos desagradáveis da vida.
Dado o fato de que o mundo está caindo aos pedaços ao nosso redor e
que a única fonte confiável da verdade relativamente ao que está
acontecendo, onde estamos indo, e à nossa esperança para o futuro está
na Palavra de Deus, a indiferença à verdade da profecia é uma ofensa
espiritualmente condenável. Não temos o direito de extirpar importantes
partes da revelação divina porque preferimos algo mais otimista e mais
palatável. Este é um dos erros mais egrégios da Teologia da
Substituição: Ela suprime porções indispensáveis das Escrituras ao
declarar que Israel está nacionalmente morto, em favor de uma fórmula
sobreposta que declara que a Igreja é o Israel espiritual.
Os americanos estão agora se perguntando sobriamente se existe um
futuro para [seu] país ou se ele se transformará em algo repressivo e
irreconhecível. Sem o mapa da Bíblia para o futuro, existe um vazio. Com
a Bíblia, esse vazio é preenchido pelas promessas de Deus que vão se
desenrolando visivelmente. Ser indiferente em comunicar tais verdades
imutáveis não é uma opção.
O âmago da questão
O que coloca o cristianismo em separado, como uma fé de esperança sem
precedentes, pela qual os cristãos, há mais de 2.000 anos, têm estado
dispostos a dar a sua vida? E, por que seus inimigos tentam
incansavelmente exterminar o povo que não lhes faz nenhum mal? Uma
resposta é que a nossa fé é incomparável. Nenhuma quantidade de inveja
ou de animosidade pode destruir nem diminuir seu apelo e atração às
almas, cujo coração está faminto e cansado do mundo. Além disso, nenhuma
ameaça de pena de morte, ou nenhum esquadrão de ataque é necessário
para manter os crentes em Jesus dentro do aprisco.
Considere o ministério de Jesus à mulher que foi pega em adultério,
relatado em João 8. Os zelosos fariseus e escribas condenaram-na e
exigiram que ela fosse apedrejada. Mas Jesus os dispersou, dizendo que,
se houvesse um dentre eles que fosse completamente limpo de pecados,
este poderia atirar-lhe a primeira pedra.
“Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria
consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos
até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.
Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher,
perguntou-lhe: Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te
condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu
tampouco te condeno; vai e não peques mais” (vv.9-11).
Não houve naquele dia um círculo de carrascos furiosos apedrejando a
pobre mulher até à morte. Diante de Jesus, ela encontrou graça e
misericórdia, com uma admoestação para ser pura.
Quando nos lembramos da ressurreição de nosso Senhor, deveríamos
também nos recordar que foi Maria Madalena, a mulher que anteriormente
estivera possessa de demônios, e que fora liberta de um passado de má
reputação, que primeiro se encontrou com o Salvador ressurreto do lado
de fora do sepulcro aberto. Sim, existe mesmo uma diferença entre o
cristianismo e todas as outras crenças. E não podemos ser ignorantes ou
estar indiferentes a essa diferença, porque é uma diferença que
transforma vidas. (Elwood McQuaid – Israel My Glory)
Elwood McQuaid é consultor editorial de The Friends of Israel.
fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/indiferenca.html
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