"Temos,
assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em
atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até
que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração"
(2 Pe 1.19).
Profecias bíblicas
se cumprem sempre, sem exceção. Por isso podemos ter absoluta
confiança nelas. Mas quem confia em adivinhações está
perdido!
Só uma coisa é
certa a respeito das adivinhações de videntes, astrólogos
e cartomantes: a cada ano se repete o fiasco da falha do seu cumprimento! Praticamente
todas as previsões para 2003 foram falsas. O "Comitê Para
a Investigação Científica das Alegações dos
Paranormais" na Alemanha comparou 100 prognósticos com a realidade
e verificou que as explicações posteriores dos adivinhos são
completamente contraditórias em relação às previsões
feitas. Muitos de seus prognósticos são formulados de maneira
tão vaga que o exercício da futurologia nem se faz necessário,
pois qualquer um de nós poderia fazer previsões semelhantes usando
simplesmente a lógica e o bom senso. As previsões são tão
genéricas que acabam acertando em algum detalhe. Dois exemplos: em dezembro
de 2002 um astrólogo previu "iminente risco de guerra" para
o Iraque.[1]
O matemático Michael Kunkel (de Mainz/Alemanha), observou
que uma declaração dessas, naquela época, equivalia a afirmar
que o sol iria nascer na manhã seguinte. Relativamente a Israel, um dos
prognósticos para este ano dizia: "Depois de sérios distúrbios,
existe a tendência de que no final de 2004 haja um acordo de paz satisfatório,
de modo a que ambas as partes tenham interesse em cumpri-lo". É
quase impossível falar de maneira mais genérica. Mas é
interessante observar como as pessoas, que nada querem saber da Bíblia,
são enganadas rotineiramente e dão ouvidos a esse tipo de "profecia"
vaga e superficial.
A adivinhação
do futuro pode envolver puro e simples engano visando o lucro fácil.
Por outro lado, além do interesse financeiro, a astrologia, por exemplo,
tem origem espírita e ocultista, diretamente inspirada por Satanás
e seus demônios. Seja como for, ela sempre é mentirosa, pecaminosa
e de origem diabólica. O reformador Martim Lutero declarou, com razão:
"O Diabo também sabe profetizar – e mente ao fazê-lo".
Em Deuteronômio 18.9-11
está escrito: "Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus,
te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações
daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar
pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem
agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico,
nem quem consulte os mortos". A Bíblia com Anotações
de Scofield comenta a respeito:
As oito práticas
anatematizadas para determinação do futuro são estas: 1.
do adivinhador – os métodos são apresentados em Ez 21.21; 2.
do prognosticador – possivelmente referindo-se à feitiçaria ou
astrologia; 3. do agoureiro – aquele que usa prognósticos; 4.
do feiticeiro – aquele que faz uso da magia, de fórmulas ou encantamentos;
5. dos encantadores – Sl 58.4-5; 6. de quem consulta um espírito
adivinhante – veja o número 7; 7. do mágico, geralmente
usado com o número 6 – Is 8.19 descreve a prática; e 8.
do necromante – aquele que procura interrogar os mortos. Duas coisas precisam
ser mantidas em mente: 1) este mandamento tinha aplicações específicas
a Israel que estava entrando na terra; foram feitas para preservar os israelitas
das abominações dos seus predecessores (vv. 9, 12 e 14) e 2) para
se perceber claramente o contraste entre esses falsos profetas e os profetas
como Moisés (vv. 15-19).
Profecia
bíblica
Vejamos as principais diferenças
entre adivinhação e profecia bíblica:
- A adivinhação faz afirmações vagas e genéricas e não esclarece os fatos. A profecia bíblica é a história escrita antes que aconteça. Ela parte do próprio Deus Todo-Poderoso, que tem uma visão panorâmica das eras e as estabeleceu em Seu plano divino. O profeta Isaías O engrandece: "" Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros" (Is 25.1). O próprio Senhor afirma: "lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade" (Is 46.9-10).
- A adivinhação interpreta algum tipo de sinal. A profecia bíblica não depende da nossa interpretação, mas se sustenta exclusivamente em sua própria realização.
- As previsões de astrólogos são especulativas e deixam margem para muitas interpretações. A profecia bíblica acerta em 100% dos casos.
- O apóstolo Pedro escreve: "Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade" (2 Pe 1.16).
Tim LaHaye e Thomas Ice
afirmam:
A
adivinhação interpreta
algum tipo de sinal. |
Falsas religiões
e idéias supersticiosas baseiam-se em fábulas engenhosamente inventadas,
mas a fé cristã está fundamentada na auto-revelação
do próprio Deus aos homens, da forma como a encontramos na Bíblia.
Além disso, Pedro designa a profecia bíblica como "palavra
profética" e diz: "...fazeis bem em atendê-la, como
a uma candeia que brilha em lugar tenebroso..." (2 Pe 1.19). Por que
podemos depositar toda a nossa confiança na palavra profética?
Porque a profecia bíblica, segundo a conclusão de Pedro, não
é a explicação humana dos acontecimentos históricos:
"sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém
de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia
foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de
Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.20-21). Tendo a profecia,
os cristãos possuem um resumo do plano divino para o futuro. Além
disso, como centenas de profecias já se cumpriram literalmente – a maioria
delas relacionadas à primeira vinda de Cristo – sabemos que todas as
promessas em relação ao futuro também se cumprirão
integralmente nos tempos finais e por ocasião da volta de Cristo".[2]
- Adivinhação e interpretação de sinais são baseados em mentiras, enquanto a profecia divina é a mais absoluta verdade. Balaão era um "agoureiro" (Nm 24.1) que Balaque, rei dos moabitas, queria usar para amaldiçoar Israel (Nm 23-24). E justamente esse adivinhador foi obrigado a reconhecer: "Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?" (Nm 23.19).
- A Bíblia contém 6.408 versículos com declarações proféticas, das quais 3.268 já se cumpriram. Não se sabe de nenhum caso em que uma profecia bíblica tivesse se cumprido de forma diferente da profetizada. Esses números equivalem à chance de que ao jogar-se 1.264 dados, todos caiam, sem exceção, com o número 6 para cima. Essa probabilidade é tão pequena que exclui toda e qualquer obra do acaso.[3]
- Conforme o Dr. Roger Liebi, 330 profecias extremamente exatas e específicas referentes ao Messias sofredor se cumpriram literalmente por ocasião da primeira vinda de Cristo.
Dessa abundância de
profecias relacionadas ao nascimento, à vida e à morte de Jesus,
destacamos apenas o exemplo do Salmo 22.16-17: "...traspassaram-me as
mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos..." Não
há dúvida de que essa passagem fala da crucificação,
pois o sofrimento descrito pelo salmista só acontece nesse tipo de morte.
Entre os judeus a crucificação jamais foi uma forma de execução
de condenados à morte e ainda não era conhecida quando o salmo
foi escrito. Bem mais tarde os romanos copiaram dos cartagineses a pena de morte
por crucificação. Portanto, seria muito mais lógico se
o salmista tivesse descrito a morte por apedrejamento ou pela espada. Numa época
tão remota (1000 a.C.), por que ele falou da morte pela cruz, completamente
desconhecida dos judeus? A resposta é que o salmista, inspirado pelo
Espírito de Deus, era um profeta e apontava a morte futura de Jesus.
- A adivinhação cria confusão mental, turva a visão para a verdade bíblica e bloqueia a disposição das pessoas de crerem no Evangelho de Jesus Cristo. Ela embota seus sentidos, prendê-as a falsos ensinos e torna-as inseguras em suas decisões. A profecia divina, entretanto, liberta e dá segurança. Por isso todos deveriam seguir o conselho de Deus: "Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei. Ouvi-me vós..." (Is 46.11b-12a).
- Qualquer pessoa que crê em Jesus Cristo e confia sua vida a Ele tem um futuro seguro e não precisa ter medo de nada. Quem se entrega a Jesus passa a viver sob a bênção da profecia encontrada em João 14.3: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também". (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Notas:
- Idea Spektrum, 1/2 2004.
- Tim LaHaye/Thomas Ice, Countdown zum Finale der Welt.
- Factum, Edição Especial 1995
fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/adivinhacoes.html
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