Quando a União Soviética desmoronou, em 1991, muitos disseram: “O urso
está morto!” Mas o urso russo não morreu; ele simplesmente hibernou e hoje está
acordando com grande fúria, uma vez que o primeiro-ministro Vladimir Putin
tenta restaurar à nação moderna a glória anterior da Mãe Rússia.
O “urso” russo tem
estado ocupado fazendo novos amigos. Os mais significativos são os países
islâmicos dedicados à destruição de Israel, com os quais a Rússia está
formando alianças. O mais notável de todos eles é a Pérsia, ou seja, o Irã dos
dias modernos.
Olhando milhares de anos à frente, através das
lentes da história profética (a profecia é simplesmente a história antecipada),
o profeta Ezequiel viu vários eventos surpreendentes (Ez 36-39), alguns dos
quais nos avisam para mantermos os olhos voltados para o urso.
Primeiro, Ezequiel
disse que o povo de Israel, espalhado por todo o mundo, retornaria à terra de
Israel, sua antiga pátria, dada a ele por Deus. E os judeus já retornaram.
Vieram da Europa, da Rússia, da Etiópia, da América, de nações da antiga União
Soviética, e de um grande número de outros países para os quais haviam sido
espalhados.
E, segundo, em 14 de
maio de 1948, aconteceu um milagre que tanto os eruditos quanto os céticos
haviam dito que era impossível: Israel renasceu como nação.
A invasão vindoura
Entretanto, Ezequiel escreveu sobre uma ainda
futura guerra na qual a Rússia (chamada “Magogue”, Ez 38.1-4) e uma coalizão de
nações (todas atualmente islâmicas) virão contra Israel em uma tentativa de
destruí-lo: “a Pérsia, a Etiópia e a Líbia estão com eles, todos com escudo
e capacete” (v.5).
A primeira nação que as Escrituras mencionam na
coalizão é a Pérsia, agora chamada de Irã. O estudioso da Bíblia David Jeremiah
escreveu o seguinte:
As muitas alianças de Vladimir Putin da Rússia:
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Putin aplaude enquanto o chefe da corporação nuclear estatal da Rússia troca documentos com o ministro do Exterior do Japão.
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Putin com o príncipe-herdeiro dos Emirados Árabes Unidos, xeique Mohamed bin Zayued Al Nahyan.
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O próximo país que Ezequiel cita é a Pérsia, nome que aparece trinta e cinco vezes no Antigo Testamento. Para nós é fácil identificar a Pérsia, porque ela reteve o nome que tinha nos tempos da Antigüidade até o ano de 1935, quando se tornou a nação do Irã. Aproximadamente quatro décadas e meia mais tarde, o Irã trocou seu nome oficial para República Islâmica do Irã. Hoje, com sua população de 70 milhões de habitantes, o Irã tornou-se o viveiro para o desenvolvimento rápido do islamismo militante e do ódio anti-semita.[1]
A realidade do aquecimento das relações do urso
russo com o Irã é evidente a partir das manchetes na mídia:
• “A Rússia Planeja Mais Cinco Usinas Nucleares
no Irã” – por Peter Baker, The Washington Post, 27 de julho de 2002.
• “Em Israel, Putin Defende Negócios com a Síria
e o Irã” – por Molly Moore, Washington Post Foreign Service, 29 de abril de
2005.
• “O Kremlin Está Pronto Para Defender o Irã” –
por Mikhail Zyar e Dmitri Sidorov, Mosnews.com, 13 de setembro de 2005. Os
autores dizem que o Irã quer “aliados confiáveis como a Rússia e a China”.
• “A Rússia Faz Acordo de um Bilhão de Dólares em
Armas Com o Irã” – Associated Press, 2 de dezembro de 2005. Esse artigo,
publicado pelo site da FOX News, chama a Rússia de “o aliado-chave do
Irã”.
Durante anos, a Rússia não ficou feliz por ter de
sentar-se nos bancos de trás do ônibus, por assim dizer. No ano passado, depois
dela ter invadido a Geórgia, Robert Baer escreveu na revista Time que a
Rússia quer um império:
A invasão da Geórgia pela Rússia tem menos a ver com a Ossétia do Sul do que com uma Rússia que nunca se perdoou por perder um império – ou por ser tratada como uma potência de segunda categoria durante todos esses anos. O ressentimento da Rússia apenas cresceu à medida que os preços do petróleo aumentaram. (...) Ao invadir seu país vizinho, a Rússia cruzou o Rubicão. (...) A questão agora é: o que mais ela está tramando por causa daqueles 17 anos de humilhação? Uma coisa deveríamos aguardar com certeza: agora mesmo Moscou está lançando olhares para o Irã, a rota mais direta para a restauração de sua influência no Oriente Médio.[2]
Resgate e redenção
Que chances o pequenino Israel teria contra o urso
russo e seus muitos filhotes islâmicos? A resposta está em Ezequiel 38.18: “Naquele
dia, quando vier Gogue contra a terra de Israel, diz o Senhor Deus, a minha
indignação será mui grande”. Deus ficará enfurecido, Se levantará em defesa
de Israel e finalmente destroçará a coalizão (Ez 38.18-39.10).
O resultado do resgate divino será a redenção de
Israel:
“Saberão que eu
sou o Senhor, seu Deus, quando virem que eu os fiz ir para o cativeiro entre as
nações, e os tornei a ajuntar para voltarem à sua terra, e que lá não deixarei
a nenhum deles. Já não esconderei deles o meu rosto, pois derramarei o meu
Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus” (Ez 39.28-29).
Deus não esquecerá as promessas de Sua aliança;
Ele não abandonará o povo de Sua aliança.
A Rússia e o Irã estão em marcha, e têm más
intenções com relação a Israel. Mas o Deus que fez os judeus retornar será o
Deus do resgate e da redenção de Israel. (Patrick Neff - Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br)
Patrick
Neff é o diretor dos ministérios eclesiásticos de The Friends of Israel.
Notas:
- David Jeremiah, What in the World is Going On? Nashville, TN: Thomas Nelson, 2008). 167.
fonte:http://www.beth-shalom.com.br/artigos/imagens/alianca.jpg
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