Se
o arrebatamento tivesse ocorrido há 100 anos atrás, não
teria havido absolutamente nenhum contexto dentro do qual as pessoas deixadas
para trás poderiam ter entendido o que havia acontecido. O mesmo pode
ser dito de qualquer outra geração anterior, exceto da atual!
Durante
anos circulou a história de um jovem que bebeu um pouco demais, atravessou
o sinal vermelho com seu carro e atingiu a viatura de uma patrulha policial
estacionada ao lado da rua. Vendo-se em situação difícil
para se defender, fez um movimento brusco e disse claramente: "Transporte-me,
Scotty".
Esta
frase, é claro, está relacionada com o meio de transporte do filme
Jornada nas Estrelas, em cujo mundo não se precisa tomar um táxi
ou um ônibus quando se deseja ir a algum lugar. Basta ficar de pé
numa superfície da nave e um feixe de luz é ativado. Ele desintegra
as pessoas em partículas energéticas que são transmitidas
para um novo local onde são recompostas.
A
história do jovem bêbado pode ou não ser verdadeira. Embora
seja engraçada, ela ilustra o impacto das imagens da série Jornada
nas Estrelas sobre nosso mundo: um mundo cada vez mais convencido de que
qualquer coisa que inexiste simplesmente ainda não foi inventada.
Juntos,
uma enorme quantidade de fatores – o rápido avanço da ciência,
a expansão do conhecimento, a crescente confiança nos especialistas
em virtualmente todo e qualquer campo e o contínuo bombardeio de idéias
de ficção científica – têm-nos levado para um mundo
onde não conseguimos diferenciar o possível do plausível,
especialmente quando tecnologias como a do feixe de luz transportador parecem
ser cada vez mais uma possibilidade real.
Na
edição de 23 de outubro de 1998 do The Toronto Star foi
publicado um artigo intitulado: "Transporte-me? Ainda não, mas os
cientistas estão cada vez mais próximos" (p. A3). De acordo
com o artigo: "Talvez eles ainda não possam pedir a Scotty para
transportá-los, mas os pesquisadores da Califórnia afirmaram...
que já tinham completado a primeira experiência ‘total’ de teletransporte.
Eles disseram que conseguiram mover por teletransporte um feixe de luz através
da mesa do laboratório. Ele não foi transportado fisicamente,
mas suas propriedades foram transmitidas a um outro feixe, criando uma réplica
do primeiro. ‘Reivindicamos ser este o primeiro processo honesto de telecinésia’,
disse Jeff Kimble, professor de física no Instituto de Tecnologia da
Califórnia, em entrevista telefônica. Kimble acredita que o teletransporte
quântico poderá vir a transformar a vida diária... O teletransporte
quântico possibilitará a transmissão de informações
à velocidade da luz – a maior possível – sem a barreira de fios
ou cabos".
Mas
o que isto tem a ver com as profecias bíblicas? Bem, em primeiro lugar,
pode fornecer ao mundo um contexto para o futuro desaparecimento de pessoas
da face da terra. Quando acontecer o arrebatamento, uma das primeiras coisas
que talvez venha à mente das pessoas é que uma tecnologia de transporte
por feixes de luz, como a vista nos episódios de Jornada nas Estrelas,
poderia ter algo a ver com o fato.
Imagine
as possibilidades que este contexto de Jornada nas Estrelas, apoiado
por pesquisas tecnológicas, dará ao anticristo, cujo objetivo
é enganar o mundo inteiro, e que terá de começar explicando
o arrebatamento, algo tão inacreditável e sem precedentes. Ele
poderá dizer que os cristãos atrasavam o restante do planeta;
ou que aqueles que ficaram estão aptos para o próximo passo de
iluminação, enquanto os cristãos não estavam. Agora,
com os cristãos fora do caminho, eles já não podem impedir
que o restante do planeta atinja o seu verdadeiro potencial. Ele poderá
ainda dizer ao mundo que os cristãos não desapareceram para sempre,
mas que ele os transportou por feixes de luz para uma célula de permanência
temporária onde serão reeducados. Haveria melhor forma para assegurar
a lealdade das pessoas que de outro modo ficariam imersas em revolta e tristeza?
É
verdade que não sabemos exatamente como se darão os acontecimentos,
mas sabemos que somos a primeira geração que tem o contexto ficcional
e tecnológico para a possível explicação do arrebatamento
pelo anticristo. O contexto pode ter um tremendo impacto sobre nossa interpretação
dos eventos que nos cercam.
Quando
ouvimos que dispositivos fictícios como o transporte por feixes de luz
poderão um dia tornar-se realidade e que os cientistas afirmam ter realizado
o "primeiro processo honesto de telecinésia", as linhas entre
a ficção e a realidade se tornam difusas. E quando as tecnologias
de filmes como Jornada nas Estrelas são apresentadas de maneira
tão convincente, explicadas por cientistas do século 23, freqüentemente
se pode esquecer de que suas palavras foram inventadas por um escritor de ficção.
É possível até que alguém tente lembrar se viu tão
incrível tecnologia em algum filme espacial futurista como Jornada
nas Estrelas ou na CNN!
Afinal,
como as pessoas podem saber se as tecnologias apresentadas nesses filmes não
existem na realidade, ou poderão existir em breve? Portanto, como é
possível definir em nossa época os limites entre a fantasia e
a realidade? O mundo está maduro para o engano do anticristo. (Peter
e Patti Lalonde)
Devemos
lembrar também que o autor de "Jornada nas Estrelas" afirmava
que recebia do seu "espírito-guia" a inspiração
para escrever a série. (Ingo Haake)
fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/jornada_nas_estrelas.html
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