Nada a esconder, nada a temer?
Os Estados Unidos estão liderando a Europa e o restante do mundo em direção a uma nova era de vigilância. Na esteira dos atentados de setembro de 2001, os EUA têm produzido tecnologias de segurança que vão desde a coleta de dados nos aeroportos até sistemas de biometria para identificar os visitantes que chegam ao país. Essas tecnologias têm sido exportadas e adotadas ao redor do globo. Entretanto, enquanto a cultura americana libertária e antigovernamental talvez protegerá seus cidadãos dos piores excessos da vigilância das autoridades, os europeus poderão não ter a mesma sorte.
O público britânico, com sua confiança instintiva no governo, tem se mostrado indiferente diante do avanço da vigilância. Mais preocupado em se sentir seguro do que estar em segurança, ele não tem reagido aos relatórios do próprio governo que sugerem que a proliferação de câmaras de vigilância não teve "efeito sobre os crimes violentos" ou o terrorismo.
As atitudes européias com relação à privacidade variam muito, mas os europeus ocidentais tendem a suspeitar menos da autoridade governamental centralizada do que os americanos. Quando o governo dos EUA anunciou o programa US-VISIT, que exige que todos os estrangeiros que chegam ao país sejam fotografados, tenham suas impressões digitais coletadas e suas informações biométricas incluídas em um banco de dados, não houve protestos oficiais da França e da Alemanha, pois ambos os países já estão planejando coletar as impressões digitais de quem solicitar um visto de entrada. O Brasil, em contraste, retaliou, impondo a identificação de visitantes americanos.
A deferência maior dos europeus à autoridade governamental levou países como a Alemanha e a Grã-Bretanha a adotar medidas de vigilância após 11/9/2001 que, de certa forma, foram além das normas impostas pelos EUA. Em 2002, por exemplo, a Alemanha aprovou uma lei que autoriza o governo a criar um banco de dados centralizado com informações pessoais sobre estrangeiros, incluindo suas impressões digitais e sua filiação religiosa. A lei também autoriza a inclusão de dados biométricos, como impressões digitais, nas cédulas de identidade dos alemães. Além disso, ela apóia explicitamente a coleta de dados em ampla escala, exigindo que as agências governamentais repassem os dados pessoais à polícia federal.
Na Grã-Bretanha, onde se é ainda menos desconfiado com a vigilância governamental do que na Alemanha, devido à experiência diferente com relação ao fascismo e ao comunismo, o aumento do poder de vigilância tem sido maior. Leis antiterroristas aprovadas em 2000 e 2001 permitem que a polícia prenda sem mandato quaisquer pessoas suspeitas de terrorismo. Elas podem ficar detidas durante 48 horas sem direito à presença de um advogado. A polícia também pode tirar impressões digitais, fotografar e procurar sinais característicos no corpo dos suspeitos sem o consentimento destes. Qualquer estrangeiro suspeito de terrorismo pode ser detido por tempo indeterminado sem julgamento. (Newsweek, edição européia)
Quando lemos artigos sobre
segurança internacional e combate ao terrorismo, devemos ter em mente
duas palavras: "controle" e "identificação".
Se formos realistas, concluiremos que esses procedimentos de segurança
são praticamente inúteis. Os terroristas conhecem como eles funcionam
e simplesmente procuram por alguma falha inevitável no esquema para escaparem
da identificação.
O terrorismo sempre está
um passo à frente, apesar dos governos prometerem proteção
aos cidadãos. Os ataques de 11 de setembro nos EUA revelaram a completa
falha de todo o sistema. Parece que a maioria não percebe que a tecnologia
teve pouca relação com os atos terroristas, que foram cometidos
utilizando estiletes como armas. Tais atentados poderiam ser repetidos? Terroristas
que atenderem a todas as exigências de segurança podem embarcar
num avião e dominar a tripulação, inutilizando completamente
toda a sofisticada tecnologia implantada em nome da proteção contra
atentados.
Portanto, a questão
é: qual a verdadeira razão da preocupação global
com a segurança? Ela é cada vez mais destacada para que se cumpram
as profecias bíblicas! Os cidadãos de todos os países estão
sendo educados para se submeterem a esses procedimentos. Realizando-os, os governos
ganham experiência na coleta de informações pessoais e,
finalmente, poderão implantar o controle total sobre os indivíduos.
Não importa a nação em que vivemos e o tipo de governo
que temos – no final das contas se cumprirá o que Apocalipse 13.16 diz
sobre a marca da besta. (Arno Froese - http://www.chamada.com.br)
fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/controle_total.html
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