Wallace Sousa
Quando estava me lembrando do verso de Tiago sobre a oração (Tg 5.16 –
Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.), me veio à mente esse
tema de discutir como deve ser nossa oração, e passo a lhes brindar com
aquilo que Deus me trouxe a refletir.
Primeiro, vamos tentar entender um pouco essas duas pequenas palavras
que se parecem, e até são dadas como similares nos dicionários, mas que
têm conotação bem diferente na boca daqueles que fazem uso constante
delas: gerentes, administradores, executivos, etc.
Vamos pegar a opinião de alguém que entende do assunto para esclarecer o tema:
***
Em um mundo globalizado de competição acirrada, tornar-se mais produtivo
é um tema corriqueiro nas organizações. E, ao falar em produtividade,
inevitavelmente devemos levar em consideração os conceitos mais amplos
de eficiência e eficácia.
Às vezes ocorre confusão no entendimento da diferença entre estes
importantes conceitos, levando algumas pessoas a acreditar que se está
falando da mesma coisa.
Assim, o propósito da coluna desta semana é explicar e diferenciar os conceitos de eficácia e eficiência.
Eficiência trata de como fazer, não do que fazer. Trata de fazer certo a
coisa, e não fazer a coisa certa. Quando se fala em eficiência, está se
falando em produtividade, em fazer mais com o mínimo de recursos
possíveis.
Já a eficácia trata do que fazer, de fazer as coisas certas, da decisão
de que caminho seguir. Eficácia está relacionada à escolha e, depois de
escolhido o que fazer, fazer esta coisa de forma produtiva leva à
eficiência. A eficácia é o grau em que os resultados de uma organização
correspondem às necessidades e aos desejos do ambiente externo.
Tratando-se dos níveis de decisões da empresa, a eficácia está
relacionada ao nível tático (gerencial, logo abaixo do estratégico), e a
eficiência ao nível operacional (como realizar as operações com menos
recursos – menos tempo, menor orçamento, menos pessoas, menos
matéria-prima, etc.).
Para fins de analogia e exemplificação, podemos dizer que a eficiência é
cavar, com perfeição técnica, um poço artesiano; eficácia é encontrar a
água.
Fonte: A Diferença entre Eficiência e Eficácia acessado em 26/01/2010, às 13:57
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Feito isto, passemos então a analisar o tema sob o prisma da oração, que é nosso foco e nossa vivência.
Oração
O que é oração? O que é orar? Deixando de lado os conceitos
rebuscados e excessivamente teológicos, orar é falar com Deus, e oração é
o produto desse diálogo. Hoje em dia, vemos [e fazemos...] muitas vezes
um monólogo, e não um diálogo. E, não raras vezes vezes, vemos esse
monólogo exercitado de forma monótona, dominado pela fala de um verbo
só: PEDIR.
Mas, orar é só isso, pedir? É a vontade do Senhor do Universo que seus
súditos cheguem-se a Ele apenas, repetidamente e tão-somente para pedir?
Me prove na Bíblia e lhe dou razão. Não, a Bíblia não restringe a
oração somente a pedir. De relance, posso me lembrar de alguns verbos
que expressam o ato de orar a Deus: clamar, gemer, pedir, bater, escutar
e atender (no sentido de prestar atenção). Há mais, claro, e você pode
enriquecer seu vocabulário orante com uma pesquisa oratória profícua,
principalmente se se debruçar nos Salmos, de Davi ou não.
Por vezes, as pessoas pensam em oração em termos de eficiência: quanto
tempo oramos, quanto tempo ficamos de joelhos, em que posição oramos,
que palavras usamos na oração, etc. Em resumo, ao orarmos não devemos
ter como prioridade o como em detrimento do porquê ou do para que.
De que adianta orar, digamos, 2h e achar que cumpriu sua parte se não
houve resposta para a oração? Evidentemente, obter a resposta não quer
dizer receber um SIM, mas receber a certeza de que Deus ouviu nossa
oração e teremos a resposta a ela, mesmo que essa resposta seja não ou espere.
Quando Jesus disse que se pedíssemos algo em Seu nome, Ele nos
atenderia, estava falando de eficácia, de resultado, de objetivo, e não
de forma, dos meios. Os meios são importantes? Sim, e o principal deles é
orar em o Nome de Jesus. Quer ver outro aspecto importante de esperar o
resultado de sua oração? João, o apóstolo do amor ou apóstolo amado é
quem nos responde:
- E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos. 1Jo 5.14, 15 (grifos acrescentados)
Podemos achar, no Antigo Testamento, alguma referência sobre devermos
orar com eficácia, ou seja, orar esperando receber resposta ou orar até receber resposta? Sim, podemos:
- E será que antes que clamem eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei. Is 65.24;
- Nós, pois, jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus, e ele nos atendeu. Ed 8.23;
- Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes. Jr 33.3 (grifos acrescentados)
Da próxima vez que for orar a Deus, ore como quem espera resposta a sua
oração, não como se estivesse repetindo palavras ao vento, ou realizando
alguma obra de forma automática ou autômata, porque nosso Deus é um
Deus vivo, e que responde as orações de Seus filhos, na verdade, Ele tem
prazer em responder suas orações, principalmente aquelas que fazem uso
da riqueza vocabular, fugindo do paradigma empobrecido do “PEDIR, PEDIR e
PEDIR” e obedecendo a regra joanina “segundo a Sua vontade”.
Se você procurar orar com eficácia, cfe. Tg 5.16, tenha certeza que suas
orações terão destino diferente daquelas que fazia quando pensava
apenas em orar de forma eficiente.
Abraços, a paz do Senhor.
fonte:http://www.atendanarocha.com/2014/05/uma-oracao-eficiente-ou-eficaz.html#more
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